Sem acordo com Liberty Media, Barcelona abre chance de volta de Zandvoort à Fórmula 1 já a partir de 2020

A informação foi publicada nesta manhã de terça-feira pelo site ‘Motorsport.com’. Segundo o veículo, uma “grande fonte” confirma que Barcelona, um dos tradicionais palcos da F1, vai deixar o calendário a partir do ano que vem e vai ser substituída por Zandvoort, na Holanda, que já tem um acordo encaminhado, mas ainda não assinado com o Liberty Media

Uma mudança significativa no calendário da Fórmula 1 está prestes a ser sacramentada. De acordo com o site norte-americano ‘Motorsport.com’, Zandvoort, na Holanda, vai substituir Barcelona como a primeira corrida da fase europeia do Mundial já a partir da próxima temporada. Impulsionado por Max Verstappen, o ‘mar laranja’ teria assim a chance de assistir a uma etapa da F1 em casa, o que não acontece desde 1985. Por outro lado, Barcelona, que recebe o Mundial desde 1991 e é há tempos o palco dos testes de pré-temporada, perderia sua corrida. A Espanha já realizou 48 GPs e vai sediar o 49º no próximo fim de semana, entre 10 e 12 de maio.
 
De acordo com uma “grande fonte” do veículo, o fim de semana do GP do Azerbaijão serviu para que o Liberty Media e dirigentes holandeses encaminhassem o acordo, que ainda não foi oficialmente assinado, restando detalhes finais. O objetivo de Zandvoort é alocar sua etapa em maio, ocupando justamente o lugar de Barcelona como a primeira corrida no continente europeu no campeonato.
 
Esta é uma fase de definição de contratos que vão expirar em 2019. Barcelona faz parte deste caso, assim como Silverstone, Hockenheim, Monza e México. Em conjunto com o Automóvel Clube da Itália, a F1 anunciou, também nesta terça-feira, um princípio de acordo com Monza, valendo até 2024. Em contrapartida, Silverstone negou, via Twitter, a assinatura de um novo contrato com o Liberty Media.
Barcelona está perto de dar adeus ao calendário da F1, diz o 'Motorsport.com' (Foto: Renault)

Em relação ao GP da Espanha, há, além do desafio financeiro, a perda do apoio do governo local. Outro cenário que preocupa os organizadores diz respeito à ausência de Fernando Alonso, dono de grande capacidade para alavancar as vendas de ingressos. Carlos Sainz, único piloto espanhol no grid da F1, não tem o mesmo apelo do bicampeão.

 
Zandvoort, que foi palco do DTM nos últimos anos, além de receber categorias de base, é um circuito bastante estreito e com necessidades de reformas para se adequar aos padrões da F1. Em outubro, Charlie Whiting, antigo diretor de provas da FIA, morto em março deste ano na Austrália, inspecionou o autódromo holandês e listou a importância de melhorias das suas instalações.
 
“Acho que há um grande potencial em Zandvoort. Algumas coisas precisam ser mudadas, e há uma grande disposição para mudar. Acho que é cedo demais para falar sobre isso. Eles estão vindo até nós com algumas propostas, e vamos ver puramente do ponto de vista do circuito, nada a ver com os elementos comerciais em torno dele, mas do ponto de vista de segurança, acho que algo poderia ser feito”, disse.
 
“Há uma reta longa o bastante para usar bem o DRS e você também manteria os elementos históricos do circuito. Acho que seria um circuito muito legal”, complementou.
 
Lewis Hamilton correu em Zandvoort nos tempos de F3 Europeia e lembrou que uma das dificuldades era para ultrapassar. “Era uma pista incrível quando era mais jovem. Não houve qualquer ultrapassagem lá, então não sei como isso vai ser diferente. Não sei se eles mudaram a pista, mas foi uma pista incrível para pilotar na F1, mas, como eu disse, você não pode ultrapassar lá, mas com as zonas de DRS, não sei”, comentou o pentacampeão mundial.
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