Congresso dos EUA abre investigação e questiona F1 sobre recusa da Andretti
Líder do Comitê Judicial da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos pediu documentos e informações relacionadas à decisão da Fórmula 1 de rejeitar a entrada da Andretti como equipe
Presidente do Comitê Judicial da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Jim Jordan abriu uma investigação e escreveu uma carta cobrando explicações aos donos da Fórmula 1 sobre a decisão que bloqueou a entrada da Andretti no grid do Mundial a partir de 2026, anunciada no último dia 31 de janeiro.
Em carta endereçada a Steffano Domenicali, CEO da Fórmula 1, e a Greg Maffei, CEO do Liberty Media, Jordan afirma que quer respostas para garantir que nenhum comportamento anticompetitivo ilegal ocorreu. Ele também pede documentos e informações relacionadas à decisão.
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Outra solicitação de Jim é de todos as comunicações entre a F1 e as equipes sobre a inscrição de novos times. Ele pediu uma reunião o mais rápido possível, sendo o mais tardar em 21 de maio.
“O Comitê do Judiciário é responsável por examinar a suficiência das leis federais de concorrência para proteger contra monopólios e outras restrições injustas ao comércio”, escreveu. “As ligas esportivas, como a Fórmula 1, operam em uma área notável da legislação antitruste, na qual é necessário algum grau de conluio para a criação do produto”, seguiu.
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Ainda na carta, Jordan afirma que não aceitou algumas das explicações dadas pela F1, classificando-as como “pretextuais, arbitrárias e não relacionadas à adequação” da Andretti como equipe. Um dos argumentos dados por Jim é que a justificativa de que os americanos não seriam competitivos não é condizente, já que nem todos os times brigam por vitórias e pódios na atualidade.
Na última semana, às vésperas do GP de Miami, 12 membros do Congresso dos Estados Unidos enviaram uma carta ao Liberty Media, grupo que detém os direitos comerciais da categoria, exigindo maiores explicações sobre os motivos do veto. Os políticos alegam que tal decisão pode estar em desacordo com a lei antitruste norte-americana.
Em outubro do ano passado, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) aprovou a entrada da Andretti no grid da principal classe do esporte a motor já a partir de 2025. No entanto, em janeiro de 2024, a Fórmula 1 emitiu um comunicado alegando que “não acreditamos que a candidata tenha mostrado que agregaria valor ao campeonato”, negando a entrada do time de Michael Andretti no curto prazo, mas deixando a porta aberta para 2028, caso a GM, por meio da Cadillac, concretize a promessa de fabricar um motor próprio e embarque no projeto.
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