Congresso dos EUA pede investigação de veto da entrada da Andretti na Fórmula 1

12 membros do Congresso dos Estados Unidos acusaram a Fórmula 1 de "ações anticompetitivas" por terem vetado a entrada da Andretti no grid da categoria

Depois de ver a candidatura da Andretti à uma vaga na Fórmula 1 ser rejeitada pela Formula One Management (FOM) e equipes, 12 membros do Congresso dos Estados Unidos enviaram uma carta ao Liberty Media, grupo que detém os direitos comerciais da categoria, exigindo maiores explicações sobre os motivos do veto. Os políticos alegam que tal decisão pode estar em desacordo com a lei antitruste norte-americana.

Em outubro do ano passado, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) aprovou a entrada da Andretti no grid da principal classe do esporte a motor já a partir de 2025. No entanto, em janeiro de 2024, a Fórmula 1 emitiu um comunicado alegando que “não acreditamos que a candidata tenha mostrado que agregaria valor ao campeonato”, negando a entrada do time de Michael Andretti no curto prazo, mas deixando a porta aberta para 2028, caso a GM, por meio da Cadillac, concretize a promessa de fabricar um motor próprio e embarque no projeto.

Apesar de todas as negativas, o conglomerado americano vem trabalhando arduamente para deixar tudo preparado para uma iminente entrada no grid. Prova maior disso foi a inauguração de uma fábrica em Silverstone, no início de abril, e a busca por profissionais qualificados, além do carro construído com as especificações do regulamento atual e que está em túnel de vento desde outubro do ano passado.

Indignado com as recusas recentes, Mario Andretti, campeão mundial de F1 em 1978 e pai de Michael — um dos idealizadores do projeto —, visitou o Capitólio dos Estados Unidos no início desta semana e se encontrou com o republicano John James, um dos 12 signatários da carta. O ex-piloto quer discutir sobre as possíveis “ações anticompetitivas” por parte da FOM.

Andretti inaugurou unidade em Silverstone Park (Foto: Andretti)

Na carta dirigida ao chefe da Liberty Media, Greg Maffei, os membros do Congresso “escrevem para expressar nossas preocupações com aparentes ações anticompetitivas que poderiam impedir duas empresas americanas, Andretti Global e General Motors, de competirem na Fórmula 1″.

Em seguida, eles alegam que a rejeição da candidatura “parece ser motivada pela atual presença de equipes europeias na Fórmula 1, muitas das quais são afiliadas a fabricantes estrangeiras que competem diretamente com empresas automotivas americanas como a GM. É injusto e errado tentar impedir que empresas americanas ingressem na categoria, o que também poderia violar as leis antitrustes americanas”.

“A participação de todas as equipes de Fórmula 1, incluindo qualquer equipe americana, deve ser baseada no mérito e não apenas limitada à proteção das atuais equipes presentes no grid. Isto se mostra verdadeiro ao considerarmos a presença crescente da Fórmula 1 nos Estados Unidos, incluindo três eventos: em Miami, Flórida; Austin, Texas; e Las Vegas, Nevada”, enfatizaram.

“Continuamos a exercer supervisão sobre este assunto, e com os reguladores federais apropriados, para garantir que quaisquer potenciais violações à lei anticoncorrencial dos Estados Unidos sejam rapidamente investigadas e perseguidas”, finalizaram.

O republicano John James é um dos que assinaram a carta (Foto: AP)

Fórmula 1 retorna de 3 a 5 de maio para a disputa do GP de Miami, o primeiro de três que acontecem nos Estados Unidos na temporada 2024.

Questionamentos dos 12 signatários da carta:

1. Sob que autoridade a FOM procede para rejeitar a admissão da Andretti Global? Qual é a razão para a rejeição por parte da FOM, especialmente no que diz respeito à Andretti Global e à GM, sendo potencialmente a primeira equipe de propriedade totalmente americana?

2. A Lei Antitruste Sherman de 1890 proíbe restrições irracionais à concorrência de mercado para produzir o melhor resultado para o consumidor americano. Como é que a negação da FOM à Andretti Global e à GM, empresas de propriedade americana, se enquadra nos requisitos da Lei Sherman, uma vez que a decisão beneficiará as atuais equipes europeias e as suas afiliadas estrangeiras?

3. Entendemos que a GM pretende reintroduzir a sua marca Cadillac no mercado europeu, o que daria suporte a milhares de empregos no setor automotivo americano, especialmente com o público mundial da Fórmula 1 e o seu efeito nas equipes e patrocinadores. Quanto a entrada da GM e da Andretti nas competições de automobilismo, conquistando uma parte da participação no mercado de corridas, e a entrada da GM no mercado europeu, conquistando a participação de mercado, influenciaram a decisão de negar a admissão à equipe Andretti Global, dado o clamor público das atuais equipes da Fórmula 1 contra uma nova competidora americana?

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