CEO vê “grande oportunidade”, mas descarta facilitar entrada de Andretti em F2 e F3

Bruno Michel, CEO das principais categorias de acesso à Fórmula 1, disse que é "fora de cogitação" ampliar os atuais grids de F2 e F3, mas afirmou que a Andretti pode tentar acordo com alguma equipe já existente

Sem desistir de entrar na Fórmula 1, a Andretti avisou recentemente que também tem Fórmula 2 e Fórmula 3 na mira, porém o caminho na base está longe de ser mais fácil. O CEO das categorias, Bruno Michel, explicou que mesmo sendo uma ótima adição, a equipe de Indiana teria de passar pelo mesmo processo das demais escuderias, mas avisou que não está disposto a ampliar o grid atual.

O interesse da Andretti nas classes de suporte foi manifestado pelo dono da equipe, Michael Andretti, na ocasião do lançamento da unidade em Silverstone. O norte-americano explicou que o local seria o centro para as corridas europeias. “Nosso objetivo é ter uma equipe de Fórmula 3 e Fórmula 2 para ajudar a apoiar a equipe de F1 e, talvez, até mesmo uma equipe do WEC (Mundial de Endurance)”, destacou.

Só que o tradicional time do automobilismo americano teria de cumprir os mesmos critérios de avaliação para estar em F2 e F3, de acordo com Michel. O dirigente afirmou que não seria possível acelerar a entrada da escuderia americana “por uma questão de justiça com as outras equipes”.

“A maioria das equipes faz parte da Fórmula 2 há muitos anos. Nas últimas duas temporadas, houve mudanças algumas delas, porque F2 e F3 estão se tornando um negócio muito interessante também para os proprietários de times”, acrescentou à imprensa.

Michael Andretti manifestou interesse na F2 e na F3 (Foto: Indycar)

“Mas tenho de ser justo com as equipes existentes. Claro, Andretti é um bom nome e tem um programa interessante. Não há equipe americana na F2, então é uma grande oportunidade. Mas terá de passar pelo mesmo processo de todos os outros, caso contrário seria completamente injusto com as equipes existentes”, completou.

A questão, no entanto, é um pouco mais complexa, conforme explicou Michel. A F3 conta atualmente com dez equipes, e cada uma possui três carros. São, portanto, 30 pilotos, um grid já inchado e que costuma trazer muita dor de cabeça em circuitos mais curtos. Na Áustria, por exemplo, a classificação do ano passado foi caótica quando todos foram ao mesmo tempo à pista. Em Mônaco, que é ainda menor, o grid é dividido em dois grupos para que não haja engarrafamentos.

Esse seria um problema mais fácil de ser resolvido na F2, que conta com dois pilotos em cada uma das 11 equipes — 22, portanto, só que se trata de uma categoria mais cara, portanto a inclusão de mais equipes implicaria em capacidade financeira para suprir a contratação de pilotos.

“No momento, não estou disposto a aumentar o número de equipes”, frisou o CEO. Outro problema é a falta de vagas na F1. Nas duas últimas temporadas, nem mesmo os campeões da F2 tiveram lugares, portanto não faria sentido aumentar a quantidade de participações no grid da categoria de acesso.

A solução para a Andretti, então, seria a mesma para enfim colocá-la na F1: vincular-se a um time já presente no grid. “Eles podem tentar fechar acordo com uma equipe já existente, ou então podem se candidatar. Sempre há a possibilidade de algum time não continuar ou não ter feito o trabalho adequado, e, nesse caso, há chance de entrar”, concluiu Michel.

A Fórmula 2 retorna em maio, dos dias 17 a 19, com a rodada da Emília-Romanha, a primeira da perna europeia da competição.

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