Sem acordo entre equipes, F1 rejeita mudança e mantém especificação dos pneus de 2019

As dez equipes do Mundial de F1 se reuniram nesta manhã de sexta-feira (28) em Spielberg, mas não chegaram a um acordo sobre o retorno à especificação dos pneus do ano passado. Assim, tudo continua como antes para a sequência da temporada 2019

Tudo segue como antes na temporada 2019 do Mundial de F1 no que diz respeito aos pneus. Depois de uma reunião envolvendo pilotos, equipes, membros da Pirelli e a direção de prova uma hora antes do início do primeiro treino livre na Áustria, nesta sexta-feira (28), a votação sobre voltar à especificação dos pneus adotada em 2018 terminou em empate: 5 x 5 entre as equipes. Ferrari, Alfa Romeo, Haas, Red Bull e Toro Rosso votaram favoráveis a mudança, enquanto Mercedes, Williams, Racing Point, McLaren e Renault, contra. Como a votação mínima pela mudança seria de sete votos, não há mudanças previstas para a sequência do campeonato quanto aos pneus.
 
O movimento em prol de uma mudança considerável na especificação dos pneus com a temporada em curso começou justamente pelas duas grandes equipes que vêm sendo sumariamente batidas pela Mercedes: Ferrari e Red Bull. As duas escuderias, não apenas insatisfeitas, mas incapazes de tirar a melhor performance dos pneus, queriam o retorno de compostos com camadas mais grossas de borracha, enquanto a Pirelli optou neste ano pela construção de camadas consideravelmente mais finas de borracha.
Sem mudanças na especificação dos pneus da Pirelli para a sequência de 2019 (Foto: Racing Point)

“Os pneus não superaquecem mais e, desse jeito, quase não se desgastam”, disse Mattia Binotto, chefe da Ferrari, em maio. “Todos os GPs viraram corridas de uma parada, e isso é ruim para o espetáculo”, seguiu. Helmut Marko, consultor da Red Bull, concordou: “Não podemos deixar que os pneus decidam tudo. Hoje não importa quão bom seu carro seja. Se você não está na janela [de funcionamento do pneu], você não tem chances”.

 
As duas equipes apontaram a Mercedes como a grande beneficiada com a adoção da nova construção dos pneus para 2019. A escuderia prateada venceu todas as oito corridas do ano até agora e parte com sobras rumo ao hexacampeonato do Mundial de Construtores.
 
“A Mercedes tem uma grande vantagem nesse momento por conta da estupidez que foi a mudança dos pneus”, seguiu Marko. “Temos nove equipes que estão sofrendo e só uma que se beneficia. A volta de aquecimento dos pneus virou mais importante do que a de classificação. Sem a temperatura ideal, está tudo arruinado. Numa corrida, talvez tenhamos o carro mais rápido em um certo momento. Mas aí, se um safety-car entra, os pneus esfriam e você fica acabado”, apontou.
 
A Haas, através de Guenther Steiner, também já fez críticas públicas aos pneus de 2019. A McLaren, vivendo boa fase no pelotão intermediário, defende a permanência dos compostos atuais.
 
Apesar das críticas, a Pirelli já não tinha a intenção de retroceder no meio de 2019. Mudanças, só em 2020, indica o chefe Mario Isola. “Reduzimos a camada dos pneus por questões de segurança. Não vamos mudar isso esse ano. Vamos fazer mudanças em 2020 de acordo com as experiências desse ano. Talvez mudemos a grossura dos pneus”, encerrou.

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