Senna, Schumacher e Barrichello: às vésperas do GP 1000, pilotos falam sobre primeiras lembranças na F1

 

A chance de fazer parte de um momento histórico do esporte a motor faz com que os pilotos da geração atual da F1 se recordem de quem um dia os inspirou. E na entrevista coletiva oficial do GP da China, a milésima corrida da história do Mundial, o nome de Ayrton Senna, que morreu há quase 25 anos durante acidente no GP de San Marino, foi bastante lembrado. Convidados à conferência de imprensa nesta quinta-feira (11) em Xangai, Romain Grosjean, Sergio Pérez, Kimi Räikkönen e Alexander Albon foram questionados sobre suas primeiras lembranças a respeito da F1. 

 

Grosjean viajou pouco mais de 30 anos no túnel do tempo para recordar do emblemático fim de semana do GP de Mônaco de 1988 e pôde presenciar, ainda quando criança, o início de uma das maiores rivalidades de todos os tempos. 

“Comecei assistindo com meu pai há muito tempo. Foi na época da batalha entre Ayrton Senna e Alain Prost, e era empolgante assistir. Meu pai era um apaixonado por carros e um dia me levou para assistir uma corrida, não uma corrida de F1, e eu vi os carros e pensei que era isso que eu gostaria de fazer”, disse o franco-suíço, hoje com 32 anos.

 

“Então tive sorte em 1988 de ir para o GP de Mônaco na quinta-feira de treino livre, vi o carro e ouvi o ronco do motor, e aquilo foi único e especial”, descreveu o piloto da Haas.

 

Pérez, de 29 anos, também tem em Senna sua primeira lembrança na F1. Mas é uma lembrança bem mais triste em relação a de Grosjean. “Para mim, foi parecido. Lembro da primeira vez que assisti a uma corrida com meu pai, que foi em 1994, quando Ayrton sofreu seu acidente. Foi a primeira corrida que vi e foi um momento muito impactante, mais para meu pai do que para mim”.

 

“Sendo do México, a F1 nunca foi muito grande, já fazia algum tempo que não tínhamos pilotos… Mas como família, nós sempre amamos o esporte, e sempre quis ser um piloto de F1”, comentou.

 

Já Kimi Räikkönen, o piloto mais velho em atividade na F1, com 39 anos, preferiu ressaltar um dos ídolos locais na Finlândia. “Não sei em que ano foi, nos anos 80, Keke estava correndo e estourou o pneu… Sempre torci pelos finlandeses e nunca, nunca mesmo acreditava, quando criança, que isso poderia acontecer”.

 

Dentre os quatro integrantes na mesa, Alexander Albon é o mais novo, com apenas 23 anos. Assim, suas primeiras lembranças remetem aos tempos em que a Ferrari dominava a F1, no início da década de 2000. Mais precisamente em 2002, o anglo-tailandês tem sua primeira grande lembrança do esporte do qual viria a fazer parte 17 anos depois.

 

“Meu herói foi Michael Schumacher, esse foi o cara que eu sempre observei. Eu era louco pela Ferrari. Nem sei se devo dizer isso ou não, estava em Silverstone e tive de preencher os três primeiros que terminariam a corrida. Coloquei Michael, Rubens e Montoya, e por algum motivo, aquilo aconteceu de verdade na corrida. Ganhei o prêmio e tive a chance de conhecer Michael e Rubens. Eu era um fã hardcore”, brincou o jovem da Toro Rosso.

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