Pérez se diz “muito surpreso” com asa flexível da McLaren: “Não está no regulamento”

No GP do Azerbaijão, realizado no último domingo (15), a McLaren enfim passou a Red Bull no Mundial de Construtores, mas sem deixar de causar uma polêmica. Parte das equipes do grid da Fórmula 1 reclamaram de uma possível asa traseira ilegal no MCL38 em Baku. Segundo os comentários, a peça estava flexível demais, algo que Sergio Pérez reforçou nesta quinta-feira (19) e ainda disse estar surpreso pela legalidade do carro. 

A asa traseira da McLaren foi vista se distorcendo no Azerbaijão quando recebia certa quantidade de carga, especialmente nas retas e em trechos de alta velocidade. Com isso, a equipe acabou se beneficiando de um ‘mini-DRS’ que se criava nestas situações. 

Para Pérez, é nítido que a asa traseira do MCL38 “não está de acordo com o regulamento”. No entanto, com a peça sendo considerada legal, o mexicano acredita que a Red Bull já está estudando os motivos para isso para entender “como isso é permitido”. 

“Acho que está claro que isso não está no regulamento e é um carro legal. Estou bastante surpreso com isso. Dá para ver claramente que a asa está dobrando. Mas obviamente, a FIA faz as verificações e parece que é um carro legal. Além disso, fizeram algumas corridas com essa asa traseira, mas nada aconteceu. Obviamente, não sou um grande especialista em questões técnicas, mas tenho certeza de que a equipe (Red Bull) está analisando como, de repente, isso é permitido. Então, sim, estou muito surpreso”, afirmou. 

No entanto, Pérez pregou foco nos trabalhos dentro da equipe austríaca, algo que é possível controlar, para tentar voltar à ponta do Mundial de Construtores. Atualmente, a Red Bull tem 456 pontos e está em segundo, enquanto a McLaren lidera com 476. 

“Nós nos prejudicamos muito [em Baku] em termos do campeonato. Eles estão à frente agora. Então, acho que se formos capazes de voltar e, com sorte, conseguirmos um forte impulso, isso seria muito bom”, encerrou.

Com a polêmica, a FIA se pronunciou também nesta quinta-feira e afirmou que “está atualmente revisando dados e quaisquer evidências adicionais que tenham surgido do GP em Baku e está considerando quaisquer medidas de mitigação para implementação futura”.

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