FIA promete maior monitoramento em meio à polêmica do ‘mini-DRS’ da McLaren em Baku

De maneira anônima, um dos chefes de equipe que trabalha na Fórmula 1 afirmou que a McLaren "conseguiu mais desempenho" no GP do Azerbaijão por causa de uma suposta irregularidade na asa traseira do MCL38

Após novas reclamações por parte de algumas equipes da Fórmula 1 em relação à flexibilidade excessiva de componentes que compõem os carros das rivais, sendo a McLaren o principal alvo, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) assegurou que está monitorando de perto a situação e pode, sim, caso seja comprovada qualquer irregularidade, exigir que mudanças sejam feitas.

Tudo começou há algumas semanas, antes mesmo do GP da Bélgica, quando Red Bull e Ferrari solicitaram ao órgão dirigente do esporte a motor que fiscalizasse as asas dianteiras do time papaia e também da Mercedes, sob suspeita de que as mesmas estavam flexionando acima do que é permitido em regulamento. A entidade, por sua vez, não demorou muito e rapidamente garantiu a legalidade dos componentes do MCL38 e do W15.

Porém, o GP do Azerbaijão, realizado no último domingo (15), trouxe uma nova polêmica. Através das câmeras que ficam posicionadas nos carros, foi possível perceber que a asa traseira da McLaren sofre uma distorção quando recebe uma certa quantidade de carga, principalmente durante as retas, e, assim, cria um ‘mini-DRS’, o que pode causar uma redução do arrasto e, consequentemente, aumentar a velocidade. A vitória de Oscar Piastri após conseguir segurar Charles Leclerc durante boa parte da prova acabou servindo de munição para os acusadores pressionarem a FIA pedindo uma fiscalização mais rigorosa.

A federação, por sua vez, garantiu que “está monitorando de perto a flexibilidade da carroceria em todos os carros e garante o direito de solicitar que as equipes façam modificações a qualquer momento durante a temporada. No entanto, se uma equipe passar com sucesso em todos os testes de deflexão e aderir aos regulamentos e diretrizes técnicas, ela será considerada em total conformidade e nenhuma outra ação será tomada”.

Oscar Piastri venceu o GP do Azerbaijão ao se defender muito bem de Charles Leclerc (Foto: AFP)

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“A FIA está atualmente revisando dados e quaisquer evidências adicionais que tenham surgido do GP em Baku e está considerando quaisquer medidas de mitigação para implementação futura. Isso faz parte do processo padrão ao analisar a legalidade técnica, e a FIA retém a autoridade para introduzir mudanças regulatórias durante a temporada, se necessário”, continuou.

Por fim, o órgão ainda deixou claro que não considera legais “designs cujas características estruturais são alteradas por parâmetros secundários, de modo a produzir (enquanto estiver na pista) uma característica de deflexão diferente do que quando parado durante as verificações da FIA. Exemplos de parâmetros secundários podem ser temperatura, carga aerodinâmica, etc.”.

Em entrevista à revista inglesa Autosport no circuito de Marina Bay, onde a F1 disputa o GP de Singapura neste fim de semana, um chefe de equipe, de maneira anônima, falou sobre o uso de truques por parte dos times e garantiu que confia na FIA para tomar as melhores decisões para evitar que qualquer escuderia consiga uma vantagem de maneira irregular.

McLaren entrou na mira das rivais após GP do Azerbaijão (Foto: AFP)

“A elasticidade aerodinâmica tem sido uma questão há muitos e muitos anos, e mesmo que uma asa passe no teste da FIA, os regulamentos permanecem muito claros — o componente não pode ser projetado para flexionar. Nós confiamos na FIA para nos dizer quais são os limites. Claro, tudo vai flexionar até certo ponto, mas o que é aceitável e o que não é?”, questionou.

“Estamos começando a ver extremidades [de componentes] sendo exploradas novamente, e acho que cabe à FIA decidir se isso está de acordo com o regulamento da maneira como está escrito. Há uma grande ideia de quem está fazendo o quê agora, obviamente com um interesse maior na asa traseira da McLaren depois de Baku, eles conseguiram mais desempenho com isso”, explicou.

“É por isso que todo mundo está correndo atrás. Mas só precisamos saber o que é aceitável e o que não é”, finalizou o chefe de equipe.

GRANDE PRÊMIO acompanha AO VIVO e EM TEMPO REAL todas as atividades do GP de Singapura de Fórmula 1 e transmite classificação e corrida em segunda tela, em parceria com a Voz do Esporte, na GPTV, o canal do GP no Youtube. Além disso, debate tudo que aconteceu na pista com o Briefing após treinos livres e classificação, além de antes e depois da corrida. Na sexta-feira (20), o treino livre 1 acontece às 6h30 (de Brasília, GMT-3), enquanto a segunda sessão está marcada para as 10h. No sábado (21), o TL3 abre o dia às 6h30, ao passo que a classificação será às 10h. Por fim, no domingo (2), os pilotos disputam a corrida em Monza a partir das 9h.

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