Pérez se preocupa com novas regras da F1 para pneus em 2023: “Coloca pilotos em risco”

Piloto da Red Bull acredita que a redução ainda maior das temperaturas dos cobertores elétricos para a próxima temporada pode comprometer a segurança do piloto em certas situações. Carlos Sainz, por sua vez, minimizou

Com a intenção de tornar a Fórmula 1 mais sustentável e com menor uso de energia, a categoria passou por uma verdadeira revolução técnica para a temporada de 2022. Além das mudanças mais conhecidas nas regras — como o retorno do efeito-solo e o reduzido (e polêmico) teto de gastos —, outras igualmente impactaram a F1.

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É o caso do novo limite de temperatura permitido nos cobertores elétricos que aquecem os pneus. Com plano de acabar com o recurso em 2024, a categoria — junto da Pirelli — vem reduzindo as temperaturas que os times podem utilizar, além do número de cobertores, já que entende que este é um artifício dispensável.

Antes de 2022, os cobertores dos pneus dianteiros podiam ser aquecidos até 100ºC; os traseiros, 80ºC. A partir desta temporada, as temperaturas foram reduzidas e unificadas para todos os compostos: 70ºC. Além disso, houve redução no número de cobertores a serem utilizados. Para 2023, nova alteração: 50ºC.

Sergio Pérez demonstrou preocupação com futuro da F1 (Foto: Red Bull Content Pool)

A decisão dividiu o grid de pilotos da Fórmula 1. Sergio Pérez é do time que mostrou preocupação: tanto com as temperaturas atuais permitidas de aquecimento, quanto para o futuro sem cobertores elétricos.

“Penso que, para mim, a única preocupação é o aquecimento. Às vezes, quando você está atrás do safety-car com esses cobertores de baixa temperatura que temos… Acho que já para o próximo ano, eles estão tentando deixá-la (temperatura) ainda mais fria, o que sinto ser colocar os pilotos em risco”, admitiu ‘Checo’.

“Há algumas situações, alguns cenários, onde pode se tornar bastante perigoso: temperaturas frias de pista, carros de segurança e assim por diante. Pode ser um pouco arriscado para alguns pilotos. Então acho que essa é a única preocupação real que tenho com esses pneus no momento”, completou Pérez.

Já Carlos Sainz amenizou a situação (Foto: Ferrari)

Carlos Sainz, por sua vez, opinou que isso só se tornou uma questão pela falta de experiência dos pilotos com os novos compostos. Vale lembrar que, para 2022, os pneus da F1 ficaram maiores: aro 18, cinco polegadas a mais do que nos últimos anos.

“Acho que é mais difícil, mas apenas porque temos menos experiência com eles. Chegaremos a um ponto em que os entenderemos melhor, mas é apenas o primeiro ano. Toda vez que vamos a uma pista, é a primeira vez que estamos com esses pneus naquela pista. Então, sempre temos surpresas para cada traçado, qual é a janela certa para esses compostos deste ano e coisas do tipo”, disse o espanhol.

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“Mas estou convencido de que, com a experiência que temos este ano, sempre que voltarmos à próxima temporada — se a Pirelli não mudar massivamente os compostos dos pneus e a construção — será muito mais fácil atingir as metas. Acho que é apenas uma questão de experiência com este novo conjunto de pneus”, finalizou o piloto da Ferrari.

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