Stroll diz que “aceitaria sem reclamar” se fosse demitido pelo pai: “Não haveria rancor”

Lance Stroll falou sobre a relação que tem com o pai, Lawrence Stroll, dono da equipe Racing Point. E ao ser questionado sobre a possibilidade de ser dispensado, o jovem canadense de 21 anos disse que entenderia: “É negócio, e às vezes é assim”

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Lance Stroll deve ao pai, Lawrence Stroll, a chance de construir uma carreira no automobilismo, entrar na Fórmula 1 e de permanecer nela até hoje. O bilionário empresário canadense, que tem na sua trajetória de sucesso o toque de Midas ao fortalecer marcas importantes no mundo da moda como Prada, Tommy Hilfiger e Michael Kors, entrou de cabeça no universo da F1. Primeiro, como patrocinador da Williams, onde Lance iniciou sua jornada em 2017. Depois, ao comprar a falida Force India, rebatizá-la como Racing Point e dar ao herdeiro o cockpit de uma equipe de meio de grid, mas com potencial para crescer.

Neste ano, Lawrence investiu cerca de £ 182 milhões (R$ 1,2 bilhão) em ações da Aston Martin, tradicional marca britânica de carros esportivos, a salvou da falência e vai colocá-la no grid da F1 no ano que vem, sendo esta o novo nome da Racing Point.

Nas últimas semanas, o nome de Sebastian Vettel vem sendo ventilado como futura nova estrela da Aston Martin. A dúvida sobre quem seria sacado para dar lugar ao tetracampeão, que vive má fase na Ferrari, parece ser “óbvia” de ser respondida até por Sergio Pérez, que tem contrato com a Racing Point até 2022. “Não demitiria meu filho”, afirmou o mexicano, ainda titular.

LAWRENCE STROLL; LANCE STROLL;
Lawrence Stroll comprou uma equipe para o próprio filho correr na F1 (Foto: Racing Point)

Mas e se Lawrence Stroll decidir pelo improvável e dispensar o filho? “C’est la vie [É a vida, em tradução livre]”, respondeu o canadense de Montreal em entrevista veiculada pelo site Crash.net.

O piloto disse que entenderia se o pai o tirasse da própria equipe. “Existe uma relação de trabalho e existe uma relação de pai e filho. Se ele me tirar da equipe, não haveria rancor. É negócio, e às vezes é assim. Aceitaria sem reclamar, viraria a página e seguiria vivo para lutar no dia seguinte”.

Ao falar sobre a relação com o pai, Lance ressaltou. “Ele é uma pessoa fácil de se conviver, tem um bom relacionamento comigo. Há uma ótima química, não se intromete nas minhas coisas e me dá espaço”.

Sobre o lado chefe de Lawrence, o filho destacou o trabalho feito para tornar a Racing Point cada vez mais forte, o que de fato aconteceu neste ano, ainda que seja cercado de polêmicas por conta da ‘Mercedes rosa’, o RP20 que é um clone do Mercedes W10, carro da equipe hexacampeã usado no ano passado.

“Ele faz o que tem de ser feito nos bastidores para tornar o carro o mais rápido possível e juntar para a equipe as pessoas certas”, contou.

Sobre o fato de ser criticado por ser um piloto pagante e bancado pelos milhões do pai, Stroll deixa claro que não se importa. “Escutei esse barulho todo durante a minha vida, para ser sincero. Então, fico apenas na minha bolha e mantenho as pessoas que importam perto de mim. Tento responder na pista”, finalizou o sétimo colocado no Mundial de Pilotos em 2020.

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