Bottas dá de ombros para F1 “menos natural” e vê lado positivo: “Está crescendo”
Um dos pilotos mais experientes do atual grid da Fórmula 1, Valtteri Bottas disse que não se importa com as mudanças aplicadas pelo Liberty Media na categoria nos últimos anos, pois o importante é "promover o esporte"
Valtteri Bottas é um dos pilotos mais experientes do atual grid da Fórmula 1. O finlandês estreou na categoria principal do automobilismo em 2013, pela Williams, e também carimbou passagens pela Mercedes e Sauber nos anos seguintes. Aos 34 anos, o ex-companheiro de Lewis Hamilton viu de perto as mudanças que aconteceram na última década e admitiu que a classe rainha está menos “natural” do que era no passado.
Desde que adquiriu os direitos comerciais da F1 em 2017, o Liberty Media tem investido em estratégias para expandir o alcance e a relevância do esporte em novos mercados. Além disso, a série ‘Drive to Survive’, que estreou em 2019 na Netflix, apresentou uma visão diferente dos bastidores da categoria e atraiu uma quantidade enorme de novos fãs.
Bottas aprova a nova abordagem vista nos últimos anos, mas admitiu que ainda prefere o estilo ‘old school’ da F1. “Obviamente, sempre adorei a essência das corridas, esse lado do esporte que se resume em correr contra os melhores pilotos nos melhores carros”, disse ele ao portal Planet F1.
“Essa é sempre a primeira coisa que ainda acredito estar no DNA da F1, mas, com certeza, há um pouco mais de entretenimento na categoria agora, graças ao Liberty Media. Desde que entraram, eles realmente tornaram o esporte maior”, avaliou Valtteri.
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O companheiro de Guanyu Zhou explicou o que tem sido feito par tornar a categoria mais conhecida, e embora não se importe com as mudanças, revelou que ainda se sente estranho com o novo modelo de entretenimento.
“Para torná-lo maior, sim, você pode precisar de um pouco mais de tempo longe dos pilotos e ver as coisas de um ângulo diferente. Mas não é uma grande distração. Mas sinto que, quando comecei, a F1 era um pouco mais natural, digamos. Mas não me importo, a F1 está crescendo, então são dias felizes”, explicou o piloto da Sauber.
“Não posso dizer que gosto. Mas não me importo com as coisas que eles fazem, está tudo bem. No final das contas, trata-se de promover o esporte”, sublinhou.
Ainda assim, Bottas revelou como os atletas de outras modalidades ficam assustados quando descobrem a quantidade de compromissos que um piloto de F1 tem durante um fim de semana de corrida. Para ele, o tempo dedicado à imprensa acaba sendo longo demais.
“Acredito que, entre todos os esportes, somos os que mais passam tempo conversando com a mídia. Isso tem impressionado os visitantes de diferentes esportes – digamos, seja um tenista, ou quem quer que seja –, pois eles ficam surpresos que damos entrevistas momentos antes da corrida”, declarou o dono do carro #77.
“Os jogadores de futebol, por exemplo, normalmente ficam protegidos da imprensa horas antes do jogo. Mas, para nós, antes de entrarmos no carro, podemos ter a última entrevista e depois vamos correr, então é bem diferente. Mas isso também é algo com o qual você realmente se acostuma”, disse Bottas, antes de finalizar explicando o que ele menos gosta na F1 moderna: “Acho que a carga geral de outros compromissos, fora da corrida”.
A Fórmula 1 volta entre os dias 22 e 24 de março com o GP da Austrália, terceira etapa da temporada 2024. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do fim de semana.
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