Vettel fatura sonolento GP da Itália, amplia vantagem na liderança e se aproxima do tetra. Massa é 4°

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Se no sábado os jornalistas ficaram sem manchetes por conta de outra exibição de gala de Sebastian Vettel na classificação, neste domingo (8) a situação não mudou muito. E a culpa é do jovem tricampeão, que, mais uma vez, não deu chances a ninguém. A frase é batida, mas absolutamente verdadeira no caso do piloto da Red Bull. Vettel não teve dificuldades para impor um ritmo fortíssimo na Itália e vencer a sexta corrida em 2013, ampliar ainda mais a liderança no Mundial e caminhar sem sustos rumo ao tetracampeonato na F1.

Tal como fez em Spa-Francorchamps há duas semanas, Fernando Alonso tentou novamente oferecer alguma resistência ao rival-mor, mas o segundo lugar foi o máximo que o piloto da Ferrari conseguiu diante dos tifosi. Mark Webber foi o terceiro, com um combativo Felipe Massa em quarto. Nico Hülkenberg botou a Sauber em quinto.

Sebastian Vettel comemora a vitória em Monza (Foto: Getty Images)

Saiba como foi o GP da Itália de F1 neste domingo

A chuva que atingiu a pista de Monza na manhã deste domingo (8) acendeu a luz da atenção nas equipes antes mesmo da largada, tanto que, antes de alinhar no grid, muitos fizeram alguns testes com pneus intermediários, mas, no fim, apesar das condições instáveis do asfalto italiano, todo mundo partiu com pneus slicks, sendo que os dez primeiros saíram calçados com os médios.

Quando as luzes se apagaram, o pole Sebastian Vettel saltou bem na frente e contornou com folga a primeira chicane, enquanto as Ferrari saíram igualmente muito bem da segunda e terceira filas. Felipe Massa superou Mark Webber e Nico Hülkenberg nos primeiros metros e ainda encarou o companheiro Fernando Alonso para garantir o segundo posto. Depois também de passar o alemão da Sauber, o espanhol só bateria o australiano duas voltas depois, em uma bonita manobra por fora na primeira variante.

Mas a largada não passou sem incidentes. Largando do 11° posto, Kimi Räikkönen acabou errando o ponto na primeira chicane e acertou Sergio Pérez, que usou a área de escape para permanecer na disputa. O toque acabou danificando a asa dianteira do finlandês, que precisou ir as boxes logo na passagem seguinte. Paul di Resta também se envolveu em um incidente com Romain Grosjean na primeira curva. Pior para o escocês que saiu da pista, bateu e por lá ficou. A batida foi parar na sala dos comissários. Lewis Hamilton foi outro que cortou a chicane para evitar batidas.

Sebastian Vettel lidera corrida à frente de Felipe Massa (Foto: Getty Images)

Lá na ponta, alheio aos problemas do pelotão intermediário, Vettel já abria distância para Massa, que, por sua vez, já tinha de lidar com um rápido Alonso. E a ultrapassagem na tardou. O bicampeão superou o brasileiro na oitava volta. E a ordem da corrida passou a ser: Vettel, Alonso, Massa, Webber, Hülkenberg, Nico Rosberg, Daniel Ricciardo, Pérez, Jean-Éric Vergne e Jenson Button, que fechava o top-10.

Enquanto isso, Sebastian tratava de construir uma boa vantagem para Alonso, apesar dos avisos da Red Bull com relação a algo na parte dianteira do carro, sem especificar, entretanto, o problema. Na 12ª passagem, o tricampeão já tinha 5s7 para o ferrarista, que vinha cerca de três segundos à frente de Massa. Um pouco mais atrás, Hamilton sofria um furo no pneu dianteiro direito e teve de antecipar a parada no 14° giro. O inglês voltou apenas em 17°.

Com Alonso tentando alcançar Vettel, Massa passava a lidar com a pressão de Webber pelo terceiro posto. Um pouco mais atrás, Vergne, que vinha em nono, acabou abandonando a corrida com problemas no motor.

A largada em Monza foi confusa neste domingo (Foto: Getty Images)

Perto da 20ª passagem, o líder do campeonato somava 6s6 para o espanhol da Ferrari, embora ambos estivessem virando na casa de 1min29s0. Massa já vinha a dez segundos de Vettel, enquanto Webber surgia apenas 1s atrás do brasileiro. Hülkenberg mantinha até com folga a quinta posição, à frente de Rosberg. Ricciardo, Pérez, Button e Grosjean formavam um grupo único para fechar o top-10.

A partir do giro 21, Alonso passou a virar voltas mais rápidas que o líder, tirando entre quatro e cinco décimos, fazendo a diferença para o rival cair em 5s7. Enquanto isso, Grosjean e Button optaram por trocar os pneus, Lewis Hamilton, apenas em 15°, cravava a melhor volta da corrida e Hülkenberg acelerava o ritmo em quinto.

E mais agitação nos boxes. Ricciardo e Pérez também foram visitar os pits no 23° giro, enquanto a Red Bull também chamava Sebastian. O alemão parou na abertura da passagem seguinte, para calçar os compostos duros. Logo foi a vez do australiano. Já a Ferrari preferiu deixar Alonso mais um pouco na pista. Mas a tática não se aplicou a Felipe, que parou na 25ª volta. O brasileiro voltou com pneus duros, mas acabou perdendo posição para Webber.

Ainda na pista, Alonso liderava, com Rosberg em segundo. Vettel era o terceiro e já andava muito mais veloz que o adversário ferrarista. E aí, no giro 27, o espanhol finalmente foi aos pits. Voltou com pneus duros e viu um Webber bem mais próximo. A estratégia, então, dos líderes já evidenciava a opção por apenas uma parada no GP italiano.

Assim, com o fim das paradas entre os ponteiros, a ordem da corrida era: Vettel, Alonso, Webber, Massa, Räikkönen, Hülkenberg, Rosberg, Hamilton, Ricciardo e Button, no top-10. O finlandês da Lotus, que havia visitado os boxes ainda na primeira volta, precisou voltar na volta 30. Enquanto isso, Hamilton e Hülkenberg travavam um bom duelo pelo quinto lugar, que seria vencido pelo inglês em seguida.

Lá na frente, Vettel já vinha confortáveis dez segundos para Alonso. Webber vinha em terceiro, 2s atrás do asturiano. Massa era quarto, a um segundo do australiano. Hamilton, Hülkenberg, Rosberg, Ricciardo, Button e Pérez completavam os dez primeiros.

Fernando Alonso à frente de Webber em 2° lugar (Foto: Getty Images)

O britânico da Mercedes, que vinha em tática diferente, passava a ser o homem mais rápido da pista e foi assim até a segunda parada de box. Na pista, enquanto Vettel passeava tranquilo na ponta, Alonso já lidava com a pressão de Webber. Massa vinha em quarto, apenas observando de longe a batalha do companheiro de Ferrari contra o australiano da Red Bull.

No pelotão intermediário, Hamilton passava Esteban Gutiérrez para assumir o 13° posto e já começava a ir atrás de Adrian Sutil, que havia sido ultrapassado por Räikkönen uma volta antes. O finlandês, por sua vez, também já pressionava Sergio Pérez pelo décimo lugar. Mais à frente, Grosjean superava Button e assumia a oitava colocação.

Entre os ponteiros, Vettel comandava tranquilo a prova, enquanto Alonso tentava segurar o ímpeto de Mark Webber, que não aliviava muito, apesar dos avisos da Red Bull quanto a possíveis falhas do câmbio. Massa se mantinha ainda em quarto. Hülkenberg fechava o top-5. Rosberg era sexto, seguido por Ricciardo e Grosjean. E assim foi até o fim.

As últimas voltas ainda viram uma briga interessante entre Hamilton, Button, Räikkönen e Pérez, sendo que o inglês acabou ‘vencedor’ ao superar os três e cruzar em nono, com o ex-parceiro de McLaren em décimo.  

Vettel e Alonso se cumprimentam após a corrida em Monza (Foto: Getty Images)

Lá na ponta, Vettel cruzava a linha de chegada na frente pela sexta vez em 2013, a terceira em Monza, para igualar o número de vitórias na F1 do maior rival até o momento, Fernando Alonso. Agora, os dois maiores pilotos da atualidade possuem 32 triunfos na mais importante categoria do automobilismo mundial.

Assim, com Sebastian líder e 53 pontos à frente de Alonso, o vice, a F1 deixa a Europa e segue rumo a Cingapura, onde daqui a duas semanas acontece o GP noturno na pista urbana de Marina Bay. 

	A classificação do Mundial de Pilotos
	A classificação do Mundial de Construtores

F1, GP da Itália, Monza, final:

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