Williams assume “erro em medição” por desclassificação de Albon em Zandvoort

James Vowles até explicou como funciona o minucioso processo de escaneamento das peças executado pela Williams, mas admitiu que houve falhas, já que as medições do time não estavam compatíveis com as que foram apresentadas pela FIA

Depois dos imensos prejuízos causados pela forte batida de Logan Sargeant durante o TL3, na manhã de sábado (24), a Williams sofreu um novo baque horas depois ao ver Alexander Albon ser desclassificado do grid do GP dos Países Baixos por causa de uma irregularidade no assoalho do FW46. O time de Grove até tentou contestar a decisão da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), mas neste domingo, momentos antes da largada, James Vowles assumiu o erro.

“Fomos desclassificados por causa do assoalho que estava muito largo”, começou o chefe da escuderia. O britânico, porém, explicou que todas as atualizações levadas para Zandvoort passaram por verificações em diversas oportunidades e, por isso, os azuis realmente acreditavam que não havia nada de errado. “Não é a primeira vez que eles são escaneados. Obviamente, temos seguido e cumprido todos esses procedimentos desde que eles foram colocados em prática há vários anos, e nenhum problema havia sido encontrado até agora”, continuou.

“Usamos técnicas de escaneamento em vez de medição física, porque não é apenas um ponto que precisamos estar cientes, mas são alturas e larguras ao longo de alguns formatos bem complexos. Antes de virmos para cá, escaneamos o assoalho e o carro várias vezes. Isso aconteceu na fábrica. Aconteceu aqui na quinta-feira, também. E demonstramos todos esses resultados para a FIA, que indicam que nosso assoalho está dentro da conformidade legal. Mas o que importa é a decisão da FIA, suas medições e seus sistemas, e isso nós aceitamos inteiramente”, acrescentou o dirigente da Williams.

“O que precisamos fazer agora é entender como poderíamos ter errado em nossas próprias medições e o que precisamos mudar em nosso processo com efeito imediato. Há apenas uma área do carro com a qual não estávamos em conformidade, e é uma solução fácil. Mas, independentemente disso, regras são regras”, reconheceu.

James Vowles reconheceu erro da Williams em desclassificação de Alexander Albon (Foto: Marco Miltenburg)

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“Não podemos passar horas de trabalho desenvolvendo um pacote de atualização, não podemos pedir aos nossos pilotos que deem tudo de si para garantir alguns pontos, para então jogar tudo fora por não estarmos completamente dentro dos limites do regulamento. Não há ninguém realmente responsável por isso, a não ser nós mesmos. Ninguém mais tem qualquer responsabilidade. Precisamos entender o que aconteceu e resolver imediatamente”, afirmou Vowles.

Falando especificamente sobre o desempenho em pista, James gostou do que viu durante os dois primeiros dias de atividades da Fórmula 1 no circuito neerlandês. De acordo com o dirigente, as atualizações aplicadas no bólido azul surtiram o efeito que era esperado e, por isso, ele espera ver a Williams mais competitiva nesta e nas próximas etapas do certame.

“O desempenho do carro foi positivo. Estamos em uma situação em que a atualização está produzindo bons resultados e, em um pelotão intermediário onde todos estão muito próximos, conseguimos colocar o carro no Q3, de volta a uma posição em que podemos pensar em pontos para a corrida de hoje”, celebrou. Isso também é sustentado pela boa simulação de corrida na sexta-feira que, novamente, foi positiva. Estávamos em uma situação, de fato, às vezes, em que nosso ritmo de corrida estava se sobrepondo à Ferrari, o que é uma situação muito diferente da que estávamos no começo da temporada”, apontou.

Williams está otimista com o resultado das atualizações (Foto: Williams)

“Além deste fim de semana — onde sinto que temos um carro forte o suficiente para avançarmos pelo grid —, temos mais nove corridas em que temos de entregar, semana após semana, com perfeição, para marcar pontos e lutar para subir no campeonato”, finalizou o chefe da Williams.

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