Williams cita questões com teto de gastos e busca taxa extra para “equilibrar F1”

Chefe da Williams, James Vowles explicou que a equipe ainda gasta com itens básicos e espera reunião por uma nova taxa extra para investimentos maiores — como um túnel de vento, por exemplo

Desde fevereiro deste ano, a equipe técnica da Williams é chefiada por James Vowles, que deixou a Mercedes após 12 anos. Em Grove, o engenheiro tem uma nova experiência e confessou que a equipe está utilizando parte da taxa extra do teto de gastos da Fórmula 1 para coisas básicas — e, por isso, espera nova reunião com F1 e FIA (Federação Internacional de Automobilismo) para aumentar e poder investir com mais força em itens mais relevantes.

Em entrevista à revista inglesa Autosport, Vowles revelou as principais dificuldades da equipe para desenvolver o FW45 desde a sua chegada ao time. “Em primeiro lugar, o espírito da equipe estava alto”, iniciou. “Eles passaram pelo que considero um inverno incrivelmente difícil, quando houve grandes mudanças em todos os níveis de gestão e, até certo ponto, uma falta de visibilidade sobre o que isso significaria”, completou.

“E, para piorar as coisas, foi durante a pandemia, então eles não tinham nem mesmo o benefício de estar todos juntos em um ambiente. Portanto, em muitos aspectos, acho que a equipe realmente sofreu nos últimos 18 meses”, prosseguiu, referindo-se à fase de transição após a venda para a empresa de investimento privado americano, Dorilton Capital, em 2020.

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Williams investe em estrutura básica para volta a ser competitiva na F1 (Foto: Williams)

“Quando comecei a ter conversas com as pessoas, em todas as áreas da organização, estava realmente claro que havia uma vontade de melhorar, melhorar e melhorar. E uma compreensão de que onde estávamos não era bom o suficiente e que tínhamos de ir além disso”, revelou.

Para realizar as melhorias necessárias, a Williams precisa investir pesado. Entretanto, a equipe dá passos curtos nesse caminho devido há dois fatores: o baixo orçamento em comparação com os times de ponta e o teto de gastos, que atualmente é de US$ 135 milhões (R$ 645 milhões, na cotação atual).

“Há um forte desejo de fazer com que a Williams retorne a uma posição competitiva. Mas para isso é necessário investimento. Portanto, o dinheiro está disponível e pronto. O próprio limite de custos é dividido em dois fatores. Há um limite de custos operacionais, que é de cerca de US$ 145 milhões (R$ 670 milhões), que todos conhecem e falam, e talvez mais oculto que isso, há um taxa extra, uma versão de despesas de capital do limite de custos”, explicou.

Citada por Vowles, a taxa extra está atualmente em US$ 36 milhões (R$ 172 milhões), que podem ser distribuídos ao longo de quatro anos. Porém, como a infraestrutura da fábrica em Grove necessita de melhorias urgentes, o benefício da taxa extra já está empenhado.

Albon segurou a pressão até o fim e saiu com o sétimo lugar do Canadá (Foto: AFP)

Para que a Williams e as demais equipes menores diminuam a desvantagem em infraestrutura em comparação com Red Bull, Ferrari, Mercedes e Aston Martin, uma decisão sobre a quantia e o uso da taxa extra deverá ser definida pela FIA e a F1 no final de semana do GP da Bélgica, que acontece entre os dias 28 e 30 de julho.

“A F1, a FIA e outras equipes têm apoiado isso. O que estamos procurando no momento é a capacidade de ter equidade esportiva, a capacidade de ter uma infraestrutura que corresponda aos nossos concorrentes, de forma que não estejamos lutando com uma mão amarrada às costas, mas lutando da mesma forma que outras pessoas estão”, afirmou.

De acordo com o chefe de equipe, uma cota extra maior de US$ 55 milhões (R$ 263 milhões) poderá ser aprovada para investimentos futuros, principalmente na construção ou melhoria do túnel de vento. Isso, claro, se os times tiverem o dinheiro disponível e também justificarem o porquê precisam de um novo túnel de vento.

Em nono lugar no Mundial de Construtores, com apenas sete pontos, a Williams retorna à pista entre os 30 de junho e 2 de julho para a disputa do GP da Áustria, nona etapa da temporada 2023 da F1.

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