Williams justifica escolha por Colapinto e diz que Schumacher “não é especial”

Mesmo com a decisão já tomada a favor de Franco Colapinto, James Vowles não conseguiu fugir das perguntas relacionadas aos motivos de a Williams não ter optado por nomes com mais experiência na Fórmula 1, como Mick Schumacher e Liam Lawson, por exemplo. O chefe do time de Grove não poupou nas palavras, avaliou detalhadamente cada um dos pilotos e justificou a decisão de promover o argentino para competir ao lado de Alexander Albon.

Logan Sargeant já vinha sendo questionado há bastante tempo, mas o acidente durante o TL3 do GP dos Países Baixos e o desempenho ruim no dia seguinte em Zandvoort acabaram sendo a gota d’água. Com a saída do norte-americano, uma vaga ficou disponível na equipe inglesa. Desta forma, tanto Toto Wolff, chefe da Mercedes, quanto Christian Horner, comandante da Red Bull, trataram de se apressar e ofereceram ajuda, colocando Schumacher e Lawson, respectivamente, à disposição.

Quanto ao neozelandês, o dirigente da Williams deixou claro que ele foi rapidamente descartado — não por causa da falta de qualidades, mas, sim, devido a uma exigência da parte dos taurinos. A escuderia dos energéticos só emprestaria Liam caso tivessem a opção de chamá-lo de volta a qualquer instante, por algum motivo de necessidade. Desta forma, Vowles não queria correr o risco de ter de fazer uma outra mudança no decorrer da temporada.

“Se analisarmos as opções disponíveis, havia três nomes na mesa: um era Liam Lawson, um era Mick e outro era Franco. Com Liam, a posição contratual da Red Bull não teria funcionado comigo aqui na Williams, então ele acabou não se tornando uma opção para nós naquela circunstância”, explicou o mandatário ao portal inglês Autosport.

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“Então tínhamos uma escolha difícil entre [Colapinto e] Mick”, continuou. “Mick melhorou muito desde quando estava na Haas, não há dúvidas quanto a isso. Ele é um piloto competente, sei que teve seu momento, mas fez um trabalho incrível com a Alpine, com a Mercedes e com a McLaren nesse meio tempo”, elogiou.

“Então a decisão era: colocamos Mick no carro — e acho que teria feito um bom trabalho — ou investimos em um indivíduo que faz parte da nossa academia, que deu centenas a milhares de voltas em nosso simulador, que guiou o carro e, com base nos dados que podemos ver sobre seu desempenho, está dando passos significativos?”, questionou Vowles.

“Acho que ambos se encaixariam na categoria de ‘bom piloto’, mas não ‘especial’. Acho que temos de ser diretos sobre isso. Mick não é especial, ele seria apenas bom”, afirmou o chefe da Williams. “Acho que [Schumacher] viria com muito mais experiência do que Franco. Mas aqui está o que acredito, o que a Williams acredita e quais são os valores centrais da equipe”, observou.

“A Williams sempre investiu em novas gerações de pilotos e jovens, e o que tenho falado o tempo todo é sobre o investimento no futuro da Williams. E o futuro da Williams não é investir no passado, é investir em talentos que nos permitam avançar como indivíduos. Quando investimos essa quantia de dinheiro em nosso programa, as nossas atitudes também têm de refletir aquilo que falamos”, destacou Vowles.

Além do investimento, o dirigente ainda avaliou o desempenho de Colapinto e o comparou com outros talentos que também estão chegando à F1: Oliver Bearman, que fechou contrato com a Haas para 2025, e Andrea Kimi Antonelli, candidato mais forte para assumir a vaga de Lewis Hamilton na Mercedes.

“Na Fórmula 2, Franco está à frente de Antonelli e de Bearman. Ele está na MP. Com todo o respeito à MP, mas não é a Prema, não é a ART — e ele está fazendo um bom trabalho”, avaliou. “Se acho que realmente o colocamos em uma situação complicada? Claro, 100%. Mas se ouvirmos o que Franco tem a dizer, veremos que ele está pronto para isso, que ele está pronto para o desafio, e ele sabe o que está na frente dele”, finalizou.

O GRANDE PRÊMIO acompanha AO VIVO e EM TEMPO REAL todas as atividades do GP da Itália de Fórmula 1 e transmite classificação e corrida em segunda tela, em parceria com a Voz do Esporte, na GPTV, o canal do GP no Youtube. Além disso, debate tudo que aconteceu na pista com o Briefing após treinos livres e classificação, além de antes e depois da corrida. No sábado (31), o TL3 abre o dia às 7h30 (de Brasília), ao passo que a classificação será às 11h. Por fim, no domingo (1º), os pilotos disputam a corrida em Monza a partir das 10h.

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