Williams vê “situação insuportável” e teme falta de peças sobressalentes para Las Vegas
O chefe da Williams, James Vowles, afirmou que "equipe nenhuma no grid consegue suportar" os inúmeros acidentes enfrentados pelos britânicos num espaço de pouco mais de uma semana
A Williams admitiu que se vê em uma situação “insuportável” com os inúmeros acidentes sofridos por Alexander Albon e Franco Colapinto nas duas últimas corridas da temporada 2024 da Fórmula 1, tanto que James Vowles não sabe se os dois carros terão as mesmas especificações em Las Vegas. Nas palavras do dirigente, as cinco batidas num curto espaço de tempo “é algo que ninguém no grid consegue suportar”, sobretudo uma equipe em processo de reconstrução.
O calvário da Williams começou ainda no TL1 do GP da Cidade do México. Albon vinha em volta rápida quando deu de cara com Oliver Bearman trazendo o carro para fora do traçado, porém perdeu a traseira e não conseguiu desviar. Depois, ainda na largada, o tailandês acertou Yuki Tsunoda e abandonou.
Em São Paulo, a chuva potencializou o clima de caos. Na classificação, jogada para a manhã de domingo, Colapinto bateu de leve, enquanto a pancada de Albon o tirou da corrida que aconteceu na sequência. O argentino, todavia, escapou forte na subida da Junção e destruiu o outro carro da Williams.
Ainda em Interlagos, Vowles falou sobre o “tremendo trabalho pela frente” para reparar os dois bólidos antes da tripleta final da temporada, que começa em Las Vegas. Em análise pós-corrida, deu mais detalhes da atual situação do time de Grove. “Não há equipe alguma no grid que possa lidar com cinco acidentes graves em dois fins de semana de corrida.”
“Simplesmente o número de peças sobressalentes que temos não é suficiente para suportar todo esse desgaste”, reconheceu. “Tenho grandes esperanças para Las Vegas. Fomos rápidos lá no ano passado e estou confiante de que o carro funcionará bem. Portanto, faremos o máximo possível para que os dois tenham a melhor especificação possível, com peças de reposição suficientes para que isso aconteça”, completou, enfatizando que “é difícil prever o que acontecerá”.
“Ainda estamos recebendo os itens do Brasil e determinando o que precisa ser feito em termos de construção e montagem para termos o melhor cenário possível”, explicou. E os acidentes foram ainda mais dolorosos por conta do pódio duplo da então rival direta, Alpine, com Esteban Ocon e Pierre Gasly em segundo e terceiro, respectivamente.
“O fim de semana no Brasil foi provavelmente o mais brutal de que eu me lembre em toda a minha carreira. Em um espaço de sete dias, pouco mais que isso, tivemos cinco acidentes graves. É uma quantidade que quase ninguém pode suportar no grid”, lamentou.
“Esta equipe está passando por um processo de reconstrução para que possa vencer corridas no futuro. Isso não acontece da noite para o dia. Isso não acontece sem mudanças significativas em toda a organização, e essa corrida é apenas um pontinho nesse grande esquema de um programa de vários anos”, seguiu.
“O que aconteceu no último fim de semana é doloroso, mas isso não mudou nosso destino. Na verdade, isso me enraizou ainda mais no fato de que o que temos de fazer para alcançá-lo é significativo, mas podemos alcançá-lo juntos como uma equipe”, encerrou Vowles.
A Fórmula 1 agora volta às pistas para o GP de Las Vegas, nos Estados Unidos, entre os dias 21 e 24 de novembro.
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