Diretor-técnico da F2 vê testes de Barcelona como “fim do entendimento sobre novo carro”

Os testes em Barcelona foram cruciais para o resto do ano, na visão de Pierre-Alain Michot, já que as equipes puderam trabalhar com os dados da pré-temporada e também das primeiras rodadas

Os testes coletivos realizados em Barcelona há duas semanas colocaram um fim na fase de aprendizado das equipes da Fórmula 2 quanto ao entendimento do novo carro. Esta é a análise o diretor-técnico da categoria, Pierre-Alain Michot, ressaltando ainda que a busca pelo desempenho “está indo na direção certa”.

Foram três dias de atividades no circuito da Catalunha com turnos pela manhã e à tarde. No primeiro, Gabriel Bortoleto foi o mais rápido com a Invicta, enquanto os pilotos da Campos comandaram dias 2 e 3, com Josep María Martí e Isack Hadjar, respectivamente.

As sessões aconteceram no longo intervalo entre as rodadas da Austrália, última realizada até então, e Emília-Romanha, que acontece no próximo final de semana, em Ímola. Diferente do que aconteceu no Bahrein, na pré-temporada, as equipes puderam estudar os dados coletados na prática nas seis corridas já disputadas.

Michot explicou ao site oficial da F2 que “o novo carro tem a mesma geometria traseira do carro anterior, mas a frente mudou bastante”. “Além disso, por conta do novo requisito aerodinâmico, as equipes têm um pouco mais a entender em termos de como o carro se comporta linkado ao novo pacote, com o visual da F1”, salientou.

Pepe Martí foi o mais rápido do dia 2 de testes da F2 em Barcelona (Foto: Getty Images)

“Pode ser algo mais complicado para alguns pilotos se acostumarem e para algumas equipes encontrarem um bom acerto para explorar o melhor do carro. Essa é a principal razão para algumas diferenças de performances este ano”, completou.

Ao todo, foram mais de 4 mil voltas completadas em Barcelona — teste “mais importante que os do Bahrein”, na visão do diretor. “As equipes têm todos os dados das três primeiras rodadas, juntamente com os da pré-temporada. Em Sakhir, foi a primeira vez que puderam realmente compreender o comportamento do carro.”

“Elas agora conseguiram trabalhar no carro nas três primeiras rodadas, usando corretamente os dados que coletaram até agora e vieram para Barcelona com o intuito de entender melhor o que está certo e talvez o que não esteja na temporada. São muito mais dados para trabalhar agora no que diz respeito à compreensão do carro, executando ideias que poderão ser exploradas na pista”, frisou.

“Talvez elas quisessem explorar algumas maneiras diferentes de trabalhar ou apenas ajustar o que já descobriram e acabou sendo eficiente. É por isso que esse teste feito durante a temporada foi tão importante, porque é o fim da compreensão do novo carro”, completou Michot.

O diretor-técnico também enfatizou que os tempos de volta obtidos pelos pilotos com o carro novo comparados com os do ano passado mostram que “estamos indo na direção que queríamos”. “Todos estão tentando entender como funciona o novo bebê, e, para isso, ter dados do início do campeonato é muito importante”, concluiu.

A Fórmula 2 retorna em maio, dos dias 17 a 19, com a rodada da Emília-Romanha, a primeira da perna europeia da competição.

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