O’Sullivan vê safety-car virtual no fim e vence corrida 2 da F2 em Mônaco. Bortoleto é 8º

Zak O’Sullivan contou com um safety-car virtual caído do céu no exato momento em que faria o pit-stop, a duas voltas do fim, e venceu a corrida 2 da Fórmula 2 em Mônaco, realizada neste domingo (26). Com uma estratégia ousada e esticando a parada até o último instante, o britânico retornou à pista à frente de Isack Hadjar, então líder por boa parte da prova.

Apesar da fila indiana, a corrida foi muito mais tática, com as escolhas de pneus e instantes de paradas tendo papel determinante no resultado final. Oliver Bearman, por exemplo, apostou nos supermacios para o primeiro stint e deu ótimo salto na largada. O pit-stop também veio na hora certa, deixando o britânico de cara pro vento o bastante para virar rápido e logo saltar para o virtual terceiro posto depois das demais paradas, um belo trabalho de recuperação da Prema.

Até o giro 40 de 42, o top-3 era formado por Hadjar, Paul Aron e Bearman, os dois primeiros com pneus macios no stint inicial, só que as trocas foram na metade da prova. Na frente, O’Sullivan, que largou apenas em 15º, poupou bem a borracha sem perder ritmo e passou a torcer por um safety-car para fazer valer a estratégia.

E ele veio, ainda que virtual, assim que Joshua Dürksen — outro que esticou o pit — deixar os boxes e acertar com tudo Zane Maloney. Imediatamente, a ART chamou o novato e não titubeou na troca de pneus. O’Sullivan voltou até com folga na liderança e teve mais duas voltas para soltar o grito da vitória — algo que deixou Hajdar, que tinha a corrida nas mãos, revoltado.

Aron terminou em terceiro, com Bearman na quarta posição. Juan Manuel Correa foi mais um que apostou no stint longo e subiu de 13º para quinto, colocando-se à frente de Dennis Hauger. Andrea Kimi Antonelli, Gabriel Bortoleto, Victor Martns e Zane Maloney fecharam o top-10. Enzo Fittipaldi ficou em 12º.

Com o resultado da corrida 2 em Mônaco, Paul Aron assume a liderança da competição, seguido por Hadjar e Maloney, agora em terceiro. Bortoleto segue em quinto.

ATUALIZAÇÃO: Após a corrida, Dürksen tomou dez posições na próxima corrida em que participar por conta do incidente com Maloney, acumulando ainda mais três pontos na carteira.

A Fórmula 2 faz uma pausa e retorna no final de junho, entre 21 e 26, para a rodada da Espanha, em Barcelona. O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades.

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Confira como foi a corrida 2 da F2 em Monte Carlo:

Logo após a F3, os pilotos da F2 partiram para a disputa da segunda prova da rodada com 19,5°C de temperatura ambiente, 22,8°C de asfalto e 74% de umidade relativa do ar. Nas escolhas de pneus, Bortoleto, em nono, Fittipaldi (11º), Bearman (12º), Maloney (14º), Cordeel (17º), Crawford (18º) e Martí (20º) eram os que resolveram arriscar os supermacios para o primeiro stint, na tentativa de ganhar o máximo possível de posições no travado circuito de rua de Monte Carlo.

Luzes apagadas, e o carro de Martins — na primeira fila ao lado do pole, Verschoor — engasgou, sendo engolido pelo pelotão. Hadjar, atento, logo pulou para segundo, trazendo Aron para a terceira colocação. Enquanto isso, atrás, Bortoleto efetuava bela manobra sobre Hauger por fora na Loews e subia um posto, assim como Maloney sobre Barnard.

O melhor desempenho de largada foi o de Bearman, que ganhou cinco posições e saltou para o sétimo posto, logo à frente de Gabriel. Já a falha de Martins no começo o fez despencar para 15º — 13 posições a menos.

A largada ainda teve um breve incidente entre Maini e Crawford, mas que foi julgado pelos comissários como de corrida. Primeira volta, portanto, limpa, e, dali em diante, foi a já costumeira fila indiana, com os pilotos se revezando nas voltas rápidas.

Na liderança, Verschoor já conseguia colocar mais de 1s sobre Hadjar, que tinha quase 2s para Aron. Colapinto, em quarto, vinha um pouco mais distante do piloto da Hitech, com Antonelli colado no carro da MP, a 0s5.

A janela de pit-stops começou para valer na volta 11, com Martí trocando os compostos supermacios para os macios. Na 15, foi a vez de Maloney realizar a troca, só que Martí se valeu dos pneus aquecidos e passou o piloto da Rodin, que havia largado bem mais à frente do espanhol da Campos.

A troca de Enzo foi no giro 16, mas perdeu tempo por conta da roda roda dianteira direita. Bearman veio na sequência e retornou à frente de Martí, em 17º. Enquanto isso, na pista, Antonelli sofria sem conseguir uma brecha para passar Colapinto.

Na volta 19, Bortoleto fez a troca e retornou com Bearman próximo. Na frente, Verschoor surgia lento e relatando algum tipo de problema — semelhante ao que aconteceu com o #3 da Prema na sprint, quando o carro deu uma semiapagada, mas logo voltou.

A rodada de paradas da turma dos macios começou para valer no giro 21, com Stanek. Na sequência, foi a vez de Aron, assim como Antonelli — que voltou à frente do companheiro de equipe, com muito mais ação por já ter os pneus na temperatura certa. E foi uma bela disputa da Prema, com direito a X de Bearman sobre Kimi na Loews.

O líder da prova entrou na volta 24 e voltou à frente de Hadjar, mas ainda sofrendo com o carro, agora com pneus também frios, sem velocidade de reta. O neerlandês foi presa fácil para o francês da Campos na reta dos boxes, contornando a Sainte-Dévote por fora. Aron e Bearman efetuaram o mesmo movimento; depois, no túnel, foi a vez de Antonelli e Bortoleto deixarem Verschoor para trás — que ainda tomou 5s de punição por cortar a chicane na saída do túnel e levar vantagem sobre Aron. O abandono veio na sequência.

Na pista, Correa e Hauger, que retardaram a parada ao máximo, entraram nos pits e voltaram no meio do pelotão da frente, entre Bearman, o virtual terceiro, e Colapinto. Vendo o pódio surgir como chance real, o representante da DAMS partiu para cima de Oliver, tendo de sustentar o terceiro posto com os macios já desgastados.

Enquanto isso, O’Sullivan, também sem parada, passou a ser o líder, com uma considerável distância de mais de 20s para Hadjar. Seria preciso, contudo, uma intervenção do carro de segurança para sonhar com a vitória. Até então, a preocupação de Isack era cuidar dos pneus, sem acelerar o que realmente podia, já que a vitória parecia segura.

Parecia, só que era Mônaco, como muito bem lembrou o engenheiro da Campos ao francês após a linha de chegada. Quando Dürksen enfim parou, deixou os pits sem olhar no retrovisor. Resultado: acertou em cheio Zane Maloney, que chegou a ser catapultado, mas seguiu na corrida. O paraguaio, por sua vez, parou em uma das agulhas, mas foi o bastante para o safety-car virtual entrar em ação.

Com as velocidades limitadas, a ART só teve de não errar na troca de pneus, e o timing foi perfeito. Zak retornou à frente de Hadjar, que explodiu pelo rádio assim que recebeu a bandeirada. “Vocês estão de brincadeira! Não fala comigo!”, bradou o rapaz, que ouviu de volta: “Isso é Mônaco.”

Fórmula 2 2024, rodada de Mônaco, Monte Carlo, corrida 2:

1	Z O’SULLIVAN	ART	42 voltas
2	I HADJAR	Campos	+0.580
3	P ARON	Hitech	+8.053
4	O BEARMAN	Prema	+9.118
5	J M CORREA	DAMS	+9.586
6	D HAUGER	MP	+9.945
7	A K ANTONELLI	Prema	+17.540
8	G BORTOLETO	Invicta	+17.847
9	V MARTINS	ART	+18.021
10	Z MALONEY	Rodin	+26.555
11	T BARNARD	AIX	+26.983
12	E FITTIPALDI	Van Amersfoort	+27.418
13	F COLAPINTO	MP	+30.213
14	J M MARTÍ	Campos	+31.662
15	R MIYATA	Rodin	+32.386
16	R STANEK	Trident	+33.309
17	K MAINI	Invicta	+33.796
	J DÜRKSEN	AIX	NC
	R VERSCHOOR	Trident	NC
	R VILLAGÓMEZ	Van Amersfoort	NC
	A CORDEEL	Hitech	NC
	J CRAWFORD	DAMS	NC

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