Da Costa mantém fase iluminada e vence eP de Portland 2 da Fórmula E
António Félix da Costa, da Porsche, garantiu mais uma vitória e gabaritou o fim de semana em Portland com duas vitórias. Foi a quarta vitória do português nas últimas cinco provas
Portland se despediu da Fórmula E presenteando o fã de velocidade com uma segunda corrida totalmente maluca, disputada e repleta de incidentes na pista. Ao contrário da corrida 1 no traçado americano, a última corrida da categoria em Oregon, que será substituída pelo eP de Miami a partir da temporada 2024/25 nos Estados Unidos, foi recheada de toques, escapadas e até safety-car para limpar os destroços deixados pelos pilotos.
A corrida foi definida nas últimas voltas, como é tradicional da Fórmula E, após os pilotos trabalharem a gestão da bateria em um circuito conhecido pelo desgaste das cargas dos trens de força por ser um circuito permanente e com uma reta considerada longa para os carros Gen3.
No fim das contas, melhor para António Félix da Costa, da Porsche, que andou em um ritmo forte do início ao fim, garantiu mais uma vitória e gabaritou o fim de semana em Portland com duas conquistas. Foi o quarto triunfo do #13 nas últimas cinco provas na categoria. Os brasileiros Sérgio Sette Câmara, da ERT, Caio Collet, da Nissan e Lucas Di Grassi, da ABT Cupra, tiveram alguns problemas durante a prova e não conseguiram terminar a corrida na zona de pontuação, cruzando a linha de chegada em 14º, 16º e 17º, respectivamente.
A Fórmula E volta a acelerar entre os dias 19 e 21 de julho, com a rodada dupla do eP de Londres, o último e decisivo fim de semana da temporada 2023/24 da categoria. O GRANDE PRÊMIO transmite todas as atividades de pista AO VIVO e COM IMAGENS nos canais do YouTube e no Kwai.
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Como foi a corrida 2 do eP de Portland:
Os pilotos começaram a primeira das 26 voltas do traçado da Cidade das Rosas cautelosos, como é de costume na categoria. Tradicionalmente caracterizada pelas inúmeras ultrapassagens, o pole-position Jean-Éric Vergne não conseguiu manter seu DS Penske na frente e perdeu a ponta na primeira curva para António Félix da Costa, da Porsche.
Nas primeiras voltas, era visível que muitos pilotos não priorizavam a velocidade, mas sim a economia de bateria para atacar no stint final da prova. Jake Hughes, Nyck de Vries, Vergne, Da Costa e Robin Frijns trabalhavam para se manter nas primeiras posições e conseguir, ao mesmo tempo, poupar as baterias.
A partir da volta 3, o modo ataque passou a ser utilizado pelos pilotos para eliminar a ferramenta e concentrar na gestão de energia para a prova. Na atual temporada, ao invés de tornar um aliado para os competidores, já que aumenta a potência dos carros, o modo ataque é considerado um problema, já que consome muita bateria dos trens de força.
A partir da volta 6, tudo mudou. O vice-líder do Mundial de Pilotos, Pascal Wehrlein, acabou perdendo a asa dianteira do seu Porsche após um choque com um dos carros da Mahindra. O alemão caiu para 13º e seguiu na prova sem a peça.
A asa do alemão virou pelo caminho e acabou sendo atingida pelo carro de Sam Bird, que chegou a invadir o gramado e caiu para a última posição. O azar da McLaren continuou quando, na volta 13, Hughes errou, invadiu a grama e também foi parar no fundo do pelotão.
Cassidy também foi atingido na mesma volta e precisou ir aos boxes. Com isso, o piloto da Jaguar voltou muito atrás do pelotão e não conseguiu brigar pelas primeiras posições. Outro piloto que teve problemas foi o estreante Caio Collet. O brasileiro se envolveu em uma confusão e teve danos no seu Nissan.
A Porsche liderava a corrida a partir da volta 15. Wehrlein reagiu e, mesmo sem asa, assumiu a segunda colocação, atrás apenas de Da Costa. Mas, na volta 18, o safety-car foi acionado por conta dos destroços na pista e juntou todos os pilotos novamente no circuito americano.
A presença do carro de segurança adicionou mais uma volta na corrida e permitiu uma sobrevida de alguns pilotos que estavam administrando suas baterias.
Na retomada, Da Costa manteve o ritmo muito forte na liderança do pelotão e tentou abrir vantagem para Frijns. O neerlandês cresceu na prova, ultrapassou Wehrlein e passou a brigar pela vitória. Na volta 24, Evans também surpreendeu com a Jaguar, deixou Frijns para trás e iniciou a perseguição a Da Costa.
O português manteve a ponta, aguentou a pressão e cravou a segunda vitória no fim de semana, a quarta nas últimas cinco provas. Da Costa gabarita o fim de semana em Portland e sai muito forte dos Estados Unidos.
Fórmula E 2023/24, 14ª Etapa, eP de Portland 2:
1 | A.F DA COSTA | Porsche | 26 voltas | |
2 | R FRIJNS | Envision | +0.332 | |
3 | M EVANS | Jaguar | +3.194 | |
4 | P WEHRLEIN | Porsche | +3.262 | |
5 | J.E VERGNE | DS Penske | +3.683 | |
6 | N MÜLLER | ABT Cupra | +3.785 | |
7 | N NATO | Andretti | +4.887 | |
8 | M GÜNTHER | Maserati | +5.692 | |
9 | S BUEMI | Envision | +6.250 | |
10 | J DENNIS | Andretti | +6.840 | |
11 | S VANDOORNE | DS Penske | +7.490 | |
12 | J DARUVALA | Maserati | +7.928 | |
13 | N CASSIDY | Jaguar | +8.078 | |
14 | S. SETTE CÂMARA | ERT | +10.044 | |
15 | D TICKTUM | ERT | +10.111 | |
16 | C COLLET | Nissan | +11.290 | |
17 | L DI GRASSI | ABT Cupra | +12.575 | |
18 | S FENESTRAZ | Nissan | +20.628 | |
19 | E MORTARA | Mahindra | NC | |
20 | S BIRD | McLaren | NC | |
21 | N DE VRIES | Mahindra | NC | |
22 | J HUGHES | McLaren | NC |