Giovinazzi admite dificuldades na Fórmula E e compara: “É como pilotar um F1 na chuva”

Antes de sua primeira temporada na Fórmula E, Antonio Giovinazzi reconheceu dificuldades de adaptação e previu desvantagem em relação aos concorrentes no início de 2022

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Antonio Giovinazzi terá uma nova etapa pela frente em sua carreira em 2022, ao partir para o desafio de pilotar na Fórmula E, categoria de monopostos elétricos. O italiano fechou com a Dragon para 2022, e já sentiu na pele as dificuldades de se adaptar a uma nova modalidade. Após os primeiros testes de pré-temporada em Valência, o piloto reconheceu as mudanças pelas quais precisará passar após deixar a Fórmula 1.

Além disso, Giovinazzi comparou os carros atuais da Fórmula E com os de Gen1, que o italiano teve a oportunidade de pilotar há três anos, em 2018. Antonio reconheceu a melhora na dirigibilidade do monoposto, mas ressaltou que ainda possui dificuldades.

“Esse é melhor, com certeza, mas eu estava esperando que fosse ser um pouco mais fácil”, explicou Giovinazzi ao portal The Race após sua primeira experiência com o carro da segunda geração. “Foi muito complicado em termos de frenagem. Lembro que no primeiro dia eu estava completamente perdido”, admitiu.

Antonio Giovinazzi fez sua última corrida na Fórmula 1 no GP de Abu Dhabi (Foto: Alfa Romeo)

“Eu precisava de novos comandos em minha mente, porque é um carro diferente de tudo que já pilotei antes em termos de equilíbrio”, ressaltou. “Tudo era novo, sem som. Então fomos para o gerenciamento de energia e era tudo novo para mim”, disse.

Giovinazzi foi piloto da Alfa Romeo na Fórmula 1 de 2019 a 2021, com um total de 62 corridas completadas pela equipe, mas não teve o contrato renovado para a temporada de 2022. Assim, o piloto encontrou uma nova casa na Dragon — onde será companheiro de equipe do brasileiro Sérgio Sette Câmara — e lida com as dificuldades de se adaptar a uma categoria diferente.

“Você precisa frear muito levemente e não tem muita aderência, então também não tem pressão aerodinâmica, e não pode carregar muita velocidade na entrada das curvas”, opinou Giovinazzi, que comparou a sensação a “pilotar um carro de F1 na chuva”.

A temporada da Fórmula E está marcada para começar na Arábia Saudita, com o primeiro ePrix de 2022 marcado para 28 de janeiro, em Daria. E Giovinazzi espera por um início complicado de campeonato, já que os demais competidores já possuem um entendimento melhor da categoria do que o estreante italiano.

Giovinazzi não teve o contrato renovado pela Alfa Romeo e deixou a equipe após três anos (Foto: Alfa Romeo)

“Ainda não estou me sentindo 100% no carro”, reconheceu. “Mas é algo que eu gosto, tentar fazer o melhor trabalho possível com apenas alguns dias com o time e o carro. Infelizmente tenho apenas dois dias antes da primeira corrida, então é um desafio. A primeira parte da temporada, as primeiras corridas, eu vou ter problemas comparado aos outros”, previu.

“Mas minha motivação é melhorar, melhorar, melhorar, e no final da temporada ter um bom resultado”, espera. “É um novo desafio para mim e estou realmente motivado para isso”, animou-se.

O próprio Giovinazzi já admitiu que pensa em retornar à Fórmula 1 no futuro, mas garante que seu foco atualmente está todo depositado na Fórmula E. Além da função de titular na Dragon, o italiano mantém o posto de piloto reserva da Ferrari para 2022, assim como Mick Schumacher — que permanece na F1 e vai para mais uma temporada na Haas.

“Em 2022, eu sei que minha prioridade vai ser a Fórmula E. Eu sei que estou indo para um carro mais lento, com menos aderência, mas será meu campeonato e vou dar tudo”, disse. “Talvez eu goste mais da Fórmula E. Não sei o que pode acontecer em 2023”, encerrou.

Giovinazzi foi o último companheiro de Kimi Räikkönen na Fórmula 1 (Foto: Alfa Romeo)
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