Campeonato segue apertado, mas DS Techeetah mostra cartas, e Vergne é líder mais adequado que Frijns

A DS Techeetah enfileirou a segunda vitória na temporada e o quarto pódio nas últimas quatro corridas. É a equipe que desponta como a do momento, a mais regular, ao passo que Jean-Éric Vergne mostra as cores do campeão e reafirma o tamanho da força que tem na Fórmula E

Corrida: E-Prix de Mônaco 
Pista: Circuit de Monaco
Extensão: 1.765 km, 12 curvas
Pilotos inscritos: 22 
Pneus: Michelin Pilot Sport all-weather
Vencedor: Jean-Éric Vergne
Pódio: Oliver Rowland e Felipe Massa
Brasileiros: Massa em terceiro e Lucas Di Grassi abandonou
Palavra do vencedor: "Foi fantástico. Obviamente eu queria muito ganhar em Paris, mas tudo deu errado para mim em casa. Mas aqui é tipo a França. Amo esse lugar, amo essa cidade, significa muito ganhar aqui, é um sentimento incrível. Acho que tive o controle, tive a chance de abrir uma boa vantagem e até um ponto em que eu sabia que ninguém poderia me passar. A partir daí foi só acertar a equação entre controlar o ritmo sem arriscar nada até o final."
Momento da corrida: Rowland atacar Vergne na última volta com o uso do modo ataque, mas o atua campeão resiste ao ataque e vence a prova.

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A temporada da Fórmula E segue extremamente apertada mesmo após Jean-Éric Vergne vencer o eP de Mônaco deste sábado (11). A distância de 23 pontos ainda separa os oito primeiros colocados – qualquer um desses pode assumir a liderança com uma vitória em Berlim, dentro de duas semanas. Portanto não há aqui uma conclusão sobre uma equipe ou um piloto que tenha aparecido como grande favorito ao título. Não é nada disso. São apenas dois elementos: a DS Techeetah é que mais deu demonstrações de força até agora, enquanto Jean-Éric Vergne é alguém que se mostra uma resposta afirmativa na hora de responder quem é o líder da FE.

 
Passaram nove etapas do campeonato e, neste momento, a DS Techeetah tem líder e vice-líder do campeonato de Pilotos e, obviamente, é quem assume as rédeas do campeonato de Equipes: 34 pontos de frente para a Virgin e 36 para a Audi. Nada muito gritante, mas a equipe franco-chinesa acertou o prumo e foi ao pódio nas últimas quatro corridas. Num ano de completa incerteza sobre quais equipes vão responder em que tipo de traçado, uma sequência como essa mete medo.
Jean-Éric Vergne (Foto: DS Techeetah)

O mais curioso é que, ao menos neste momento, a equipe que segue a DS Techeetah em regularidade é a Nissan. O rendimento de Oliver Rowland e Sébastien Buemi, ou de ao menos um deles, é de alto nível a cada etapa, mas as coisas não acontecem. Seja por um erro de pilotagem, um pneu furado ou uma conta errada com relação à energia, os percalços evitam que o time franco-japonês fique fora da lista de sete equipes que já venceram uma prova na temporada.

 
E Vergne. Numa análise publicada na semana passada, em vídeo, a opinião de que Robin Frijns ser líder do campeonato após oito etapas foi tomada por alguns leitores como um desrespeito ao piloto. Não é foi o caso, mesmo porque Frijns é chamado de bom piloto no vídeo. A questão é objetiva: um campeonato de ponta não pode ter como protagonista de sua temporada, que já passa da metade, um piloto que foi coadjuvante em todas as etapas – até na que venceu. Frijns pode responder, tomar conta do campeonato nas últimas etapas ou no ano que vem e, óbvio, a análise será diferente. Ao dizer que era inaceitável tê-lo como líder após cerca de 60% do campeonato, a referência não era ao piloto enquanto talento, mas em relação às atuações até aqui.
 
Vergne quebrou o rodízio de oito vencedores em oito provas, ganhou a segunda corrida dele e foi, novamente, dominante. Vergne hoje é um piloto maduro e continua bem rápido, como sempre foi. Dominou as duas corridas que venceu e dominava também a abertura do campeonato, em Ad Diriyah, quando teve tiradas as chances de vitória por uma punição quase que ininteligível. O francês cometeu seus erros jogos alguns pontos para fora, mas tomou outros no fórceps. Tem a força de imposição de um protagonista, de um campeão.
Jean-Éric Vergne (Foto: Fórmula E)

O vencedor da prova comemorou ter conseguido 'tipo vencer em casa' após não ter conseguido emplacar em Paris. 

 
"Foi fantástico. Obviamente eu queria muito ganhar em Paris, mas tudo deu errado para mim em casa. Mas aqui é tipo a França. Amo esse lugar, amo essa cidade, significa muito ganhar aqui, é um sentimento incrível", disse.
 
"Acho que tive o controle, tive a chance de abrir uma boa vantagem e até um ponto em que eu sabia que ninguém poderia me passar. A partir daí foi só acertar a equação entre controlar o ritmo sem arriscar nada até o final", explicou.
 
"O campeonato está bem aberto e acho que o vencedor será decidido na última corrida.
Oliver Rowland (Foto: Nissan)

Oliver Rowland lamentou a punição que custou a pole, mas comemorou o fato de estar evoluindo na compreensão do carro. 

 
"Estou bem feliz. Tivemos a pole, depois uma punição, mas consegui voltar. Estou muito feliz porque a equipe fez um grande trabalho. E é minha primeira grande corrida de verdade. Sofri muito, como um novato, para controlar a energia, entendendo as corridas. Terminei hoje com muita energia no tanque, algo positivo para mim, então estou bem feliz", opinou.
 
Massa, que conquistou a primeira pole dele e da equipe na casa de ambos, também encheu Monte Carlo de vibração.
 
"É uma sensação fantástica. A corrida foi incrível, é a prova de casa para a equipe. Incrível sensação de anotar o primeiro pódio pela primeira vez, até porque foi em casa. Espero que daqui para frente estejamos sempre lutando por pódios, o tempo todo", apontou logo após a corrida.
 
"É maravilhoso ver Gildo [Pastor, presidente da Venturi] chorando no pódio, meu filho está aqui… Isso me dá felicidade extra e motivação extra para fazer o que eu tenho feito", falou.
Felipe Massa (Foto: Fórmula E)
Já Lucas Di Grassi ficou fora dos pontos. O piloto da Audi brigava para subir no pelotão intermediário quando colidiu com Alexander Sims e foi ao muro. Di Grassi segue na briga, somente 17 pontos atrás do líder Vergne.
 
“A corrida vinha sendo muito boa até o momento em que o Sims me empurrou para o muro. Acho que eu chegaria em sexto ou sétimo. Foi uma coisa completamente desleal. Eu não pude fazer nada, estávamos lado a lado, e ele me jogou no muro, quebrando as duas rodas. Fim de prova”, acusou.
 
“Começamos bem nos treinos livres, mas na classificação não foi legal, então a estratégia para a corrida era brigar por pontos. Essa foi a primeira corrida que não pontuei este ano. É justamente o oposto do nosso objetivo – pontuar sempre neste campeonato tão competitivo. Perdemos um pouco de terreno em relação ao novo líder do campeonato, mas o jogo ainda está bastante aberto. Agora, vamos focar na etapa de Berlim, daqui duas semanas. Lá, teremos uma nova chance”, finalizou.
 
O campeonato volta em duas semanas, direto de Berlim.

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