Circuitos de rua são “principal dificuldade e principal atrativo” de FE e eTrophy, diz Bueno

Após um ano pilotando nas mesmas pistas da Fórmula E pelo Jaguar I-Pace eTrophy, Cacá Bueno analisou ao GRANDE PRÊMIO as pistas das categorias. E as vê como a principal dificuldade, ao mesmo tempo em que são um grande atrativo

Tanto a Fórmula E como o Jaguar I-Pace eTrophy se encerram no próximo final de semana, com a rodada dupla em Nova York. E, com as pistas semelhantes, há como analisar as disputas de ambas, mesmo que o piloto só ande em uma das versões de carros elétricos.

Desta forma, Cacá Bueno falou ao GRANDE PRÊMIO sobre como enxerga o tema das apertadas pistas que ambos os campeonatos têm como palco – no caso do eTrophy, ainda mais destacado pelas poucas ultrapassagens vistas durante o ano.

O problema, para o brasileiro, é que o lado bom e o lado ruim das categorias convergem: "Acho que a principal dificuldade é o principal atrativo. A principal dificuldade são os circuitos. O principal atrativo é correr em circuitos de rua nas grandes capitais do mundo. Então é um jogo muito difícil de ser equilibrado", analisou Bueno.

Cacá Bueno (Foto: Jaguar eTrophy)

A falta de ultrapassagens, para ele, não é problema exclusiva das categorias elétricas. Na Fórmula 1, em provas de rua, também é algo que chama a atenção: "A FE tem esse estilo, mas na F1 em circuito de rua também tem pouquíssimas ultrapassagens. É difícil falar em ultrapassagem em um campeonato tão equilibrado, em pistas tão estreitas e com curvas tão travadas. É um problema de circuito de rua, não da categoria."

"A FE tem descoberto alternativas: aumentaram o tempo de corrida, porque tem a questão da bateria, então tem que andar mais lento em algum momento por causa dela, e também tem o modo ataque, que é ter mais potência em determinado momento. Mas vale lembrar que em pistas como Paris em Roma nem assim conseguiam ultrapassar. Então isso acontece" completou.

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Arquibancadas vazias

Um dos problemas nas etapas recentes do eTrophy foi a realização da corrida após o final da FE, o que causou falta de público nas arquibancadas. Mas, para Bueno, há também um lado positivo.

"A gente teve arquibancadas um pouco mais vazias nessas duas últimas, mas o horário para a televisão no Brasil foi muito melhor, então a gente conseguiu ter um alcance. É preciso lembrar que nossos patrocinadores são brasileiros, então foi bom, apesar da arquibancada estar bastante mais vazia (que a Fórmula E)."

As muitas horas de atividades na pista e a falta de costume com a categoria também pesam, segundo o brasileiro: "É um primeiro ano, nem todo mundo que foi ao evento sabia sequer que ela faria parte do espetáculo, então muita gente acaba indo embora."

"É um final de semana de experiência maravilhoso, mas também muito longo. Tudo começa muito cedo, é tudo no mesmo dia. Então é longo. Tem muita gente que acaba abandonando a arquibancada. Pensando no público ‘in loco’ seria legal correr antes, pensando no Brasil foi legal desse jeito, então não tenho uma ideia tão formada do que seria melhor para a gente, foi bom as duas maneiras", concluiu.

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