Da Costa reage e alcança pole da Fórmula E em Mônaco. Sette Câmara bate
A briga em Mônaco ficou entre António Félix da Costa e Robin Frijns. O português foi apenas 0s012 mais rápido, garantindo a pole-position. Os brasileiros tiveram dificuldades
A Fórmula E foi para Mônaco com um traçado maior, quase idêntico ao usado pela Fórmula 1. Mesmo com mais quilômetros por percorrer, o treino classificatório deste sábado (8) seguiu decidido nos milésimos de segundo. António Félix da Costa levou a pole-position, mas com apenas 0s012 de vantagem sobre Robin Frijns.
Frijns liderou a primeira fase do treino classificatório, e com vantagem até grande sobre os adversários diretos. Só que Da Costa encontrou tempo na hora da verdade, anotando 1min31s317. Frijns completa a primeira fila, com Mitch Evans em terceiro e Jean-Éric Vergne em quarto. Maximilian Günther fechou o top-5.
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Para os brasileiros, sofrimento. Lucas Di Grassi, na inusitada condição de se classificar no quarto grupo, seguiu lento e conseguiu apenas o 17° melhor tempo. Pior que isso, só para Sérgio Sette Câmara: o brasileiro perdeu a traseira e bateu na última curva de Mônaco, ficando sem tempo de volta. Em outras palavras, terá de largar em 24° na corrida de daqui a pouco.
Saiba como foi a classificação do eP de Mônaco
Grupo 1: Nyck de Vries, Stoffel Vandoorne, Sam Bird, Robin Frijns, Mitch Evans, René Rast
A classificação começou com um clássico: os seis pilotos vindo para a pista virtualmente ao mesmo tempo, nos últimos segundos possíveis. Vandoorne era o primeiro na fila indiana, mas quem brilhou mesmo foi Frijns. O holandês conseguiu 1min31s638, mesmo tocando o muro de leve.
A volta foi 0s1234 melhor que a de Evans, que tinha mandado bem nos treinos livres. Rast, Vandoorne, Bird e De Vries ficaram atrás, já com chances pequenas de ir à superpole. Decepcionante, dado que tal grupo inclui dois pilotos da Mercedes e um da Jaguar.
Grupo 2: Jean-Éric Vergne, Jake Dennis, Edoardo Mortara, Pascal Wehrlein, Nico Müller, Oliver Rowland
O segundo grupo, por sua vez, não deixou tudo para o último momento. Uma coisa começou a ficar imediatamente clara: a pista não estava evoluindo tão rapidamente.
Frijns conseguiu sustentar a liderança, algo raro, e ainda com Evans em segundo. O melhor fo grupo foi Vergne, mas apenas em terceiro. Rowland e Wehrlein se alocaram em quarto e quinto, com Rast levando o sexto posto. Dennis e Müller, por sua vez, ficaram fora e já se viram eliminados.
Grupo 3: Alexander Sims, António Félix da Costa, Alex Lynn, André Lotterer, Nick Cassidy, Oliver Turvey
Percebendo que não havia muita evolução de pista, o terceiro grupo não se importou em esperar antes de ir para a pista.
Da Costa chegou a fazer o melhor primeiro setor, indicando que vinha forte para derrubar Frijns, mas perdeu bastante tempo nas últimas curvas. O português se viu em terceiro. Os outros do sexteto não foram particularmente brilhantes, salvo Cassidy, provisoriamente em sexto. Sims, Lynn, Lotterer e Turvey já estavam fora do top-6.
Grupo 4: Lucas Di Grassi, Sérgio Sette Câmara, Maximilian Günther, Sébastien Buemi, Norman Nato, Tom Blomqvist
O quarto grupo começou com alguns pilotos de peso. Buemi e Di Grassi, com temporadas difíceis até aqui, vinham na rabeira do treino classificatório. Quem vinha melhor, entretanto, era Günther: o alemão subiu para terceiro e tirou Cassidy do top-6.
Di Grassi, por sua vez, manteve o martírio de 2021 com apenas o 16° melhor tempo. Pior ainda, só Sette Câmara: o compatriota perdeu controle na última curva, batendo e forçando bandeira vermelha. Isso impediu Buemi e Blomqvist de fazer voltas rápidas.
A direção de prova, entretanto, usou o regulamento para permitir que Blomqvist e Buemi fizessem suas voltas em condições normais. Nada que mudasse a cotação do dólar: Buemi foi 13°, com Blomqvist em 21°.
Superpole: Robin Frijns, Mitch Evans, Maximilian Günther, António Félix da Costa, Jean-Éric Vergne, Oliver Rowland
Rowland foi o primeiro na pista, e já com um tempo mais rápido que o de Frijns. O problema: o piloto foi acusado pela direção de prova de deixar o pit-lane com luzes ainda vermelhas. De um jeito ou de outro, Vergne foi para a pista na sequência e conseguiu volta 0s171 mais rápida, tomando a pole provisória. E, de fato, a direção de prova, deletou o tempo de Rowland logo depois.
Da Costa veio na sequência e conseguiu volta melhor que a de Vergne, mesmo que apenas por 0s059. Dessa vez, uma volta mais difícil de superar. Que o diga Günther, pior que a dupla da Techeetah e provisoriamente em terceiro.
Evans veio na sequência, sendo 0s05 pior que Da Costa. Parecia apertado, mas ficaria ainda mais: Frijns chegou a sinalizar que poderia levar a pole-position, mas acabou 0s012 atrás.
Fórmula E 2021, Mônaco e-Prix, Classificação:
1 | A.F. DA COSTA | DS Techeetah | 1:31.317 | ||
2 | R FRIJNS | Virgin Audi | 1:31.329 | +0.012 | |
3 | M EVANS | Jaguar | 1:31.368 | +0.051 | |
4 | J.E. VERGNE | DS Techeetah | 1:31.376 | +0.059 | |
5 | M GÜNTHER | BMW | 1:32.039 | +0.722 | |
6 | O ROWLAND | Nissan | Sem tempo | ||
7 | N CASSIDY | Virgin Audi | 1:31.853 | +0.536 | |
8 | P WEHRLEIN | Porsche | 1:31.900 | +0.583 | |
9 | A LYNN | Mahindra | 1:31.952 | +0.635 | |
10 | N NATO | Venturi Mercedes | 1:31.964 | +0.647 | |
11 | R RAST | Audi | 1:32.125 | +0.808 | |
12 | A SIMS | Mahindra | 1:32.146 | +0.829 | |
13 | S BUEMI | Nissan | 1:32.209 | +0.892 | |
14 | J DENNIS | BMW | 1:32.247 | +0.930 | |
15 | S VANDOORNE | Mercedes | 1:32.277 | +0.960 | |
16 | S BIRD | Jaguar | 1:32.281 | +0.964 | |
17 | L DI GRASSI | Audi | 1:32.303 | +0.986 | |
18 | E MORTARA | Venturi Mercedes | 1:32.329 | +1.012 | |
19 | A LOTTERER | Porsche | 1:32.339 | +1.022 | |
20 | N MÜLLER | Dragon Penske | 1:32.344 | +1.027 | |
21 | T BLOMQVIST | NIO | 1:32.630 | +1.313 | |
22 | O TURVEY | NIO | 1:32.633 | +1.316 | |
23 | N DE VRIES | Mercedes | 1:33:070 | +1.753 | |
24 | S. SETTE CÂMARA | Dragon Penske | Sem tempo |