Em “vida que não mudou tanto” após F1, Massa vê 1º desafio na FE: “Resolver problemas da Venturi”

Ainda ‘engatinhando’ na carreira como piloto da Fórmula E, Felipe Massa entende que sua vida não mudou tanto em relação à F1. No fim das contas, a luta é a de sempre, buscar a melhor performance possível. E para chegar lá, o brasileiro sabe que a Venturi deve ser mais competitiva — e ter menos problemas

Felipe Massa chegou à Fórmula E com status de grande estrela. Não é à toa: dono de 269 largadas, 11 vitórias, 16 poles, passagens de destaque pela Ferrari e Williams e o vice-campeonato em 2008, o brasileiro de 37 anos aportou à categoria dos carros elétricos chamando a atenção pelo seu currículo. Contratado pela equipe Venturi, o piloto garante que a vida de piloto não mudou tanto em relação aos tempos de F1, onde correu entre 2002 e 2017. Massa, porém, já tem seus desafios nesta nova fase da carreira.
 
Em entrevista coletiva no Parque O’Higgins, palco do eP de Santiago da Fórmula E, o brasileiro lembrou que ainda está em processo de adaptação e ressaltou sua grande missão neste início de trajetória na categoria dos carros elétricos: ajudar a solucionar os problemas dos carros da Venturi.
 
“Pra falar a verdade, não mudou tanta coisa [na vida como piloto depois de deixar a F1]. Estou tentando me adaptar o mais rápido possível. A questão é que a gente precisa resolver os nossos problemas, porque todos os carros — os da Venturi e o da HWA — tiveram problemas de todos os tipos nos dois finais de semana, tanto que os quatro têm zero ponto”, comentou.
Felipe Massa ressaltou que ainda está em fase de adaptação à dinâmica da Fórmula E (Venturi)

A monegasca Venturi é responsável também pelos carros da HWA, braço da Mercedes que entrou nesta quinta temporada na FE. Assim como Felipe, a marca, que conta com Gary Paffett e Stoffel Vandoorne como pilotos, também vive um processo de adaptação em meio ao novo mundo elétrico.

 
Massa, de fato, não teve vida fácil nas duas primeiras etapas da temporada 2018/19 da FE. Em Ad Diriyah, na Arábia Saudita, Felipe fez boa corrida, se destacou pelas ultrapassagens, mas acumulou duas punições — 5s por uso impróprio do Fanboost e 25s por uso excessivo do sistema de recuperação de energia, conhecido como Regen. Em Marrakech, no Marrocos, apresentou potencial de melhora, mas completou a prova em 18º. 
 
No fim das contas, tudo faz parte de um nem sempre fácil processo de adaptação, o que compreende um carro completamente novo, a dinâmica das corridas e fatores não menos importantes, como os pneus. 
 
“Tem toda essa adaptação a um sistema onde o pneu é o mesmo — e para o fim de semana, a previsão é de 38ºC, então tem a questão de administrar —, o freio, a aerodinâmica bem diferente à da F1”, pontuou.
 
Na corrida mais próxima do Brasil na temporada — Massa vai ter sua corrida em casa no eP de Mônaco, em 11 de maio —, o piloto se mostrou feliz por seguir tendo o carinho dos fãs por onde passa ao redor do mundo. “O que fazia na F1 estou fazendo igual, e eles sempre me acompanharam em toda minha carreira e continuam me acompanhando, torcendo e se divertindo também”, concluiu.
 
O GRANDE PRÊMIO cobre 'in loco' o eP de Santiago da FE com o jornalista Victor Martins. Acompanhe tudo aqui.
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