ERT planeja deixar posição de fabricante e virar cliente da Porsche na Fórmula E
Equipe do brasileiro Sérgio Sette Câmara na temporada 2023/24 da Fórmula E, a ERT vai deixar o posto de fabricante para virar cliente da Porsche, em acordo que prevê o uso de trens de força com especificações antigas. Mudanças para a próxima edição incluem até nova alteração de nome
A ERT planeja um anúncio que altera completamente a rota da equipe na Fórmula E para os próximos anos. Último colocado do Mundial de Equipes na última temporada, o time que teve Sérgio Sette Câmara e Dan Ticktum em 2023/24 vai deixar o posto de fabricante para virar cliente da Porsche, segundo o portal inglês The Race. A negociação, que já está completa, prevê o fornecimento de trens de força de especificação antiga.
O acordo, válido por duas temporadas — até o início da Era Gen4 —, marca a primeira vez na história da Fórmula E que uma fabricante vai produzir trens de força para três equipes no grid. Além dos próprios carros e da ERT, a Porsche fornece os motores à Andretti, mas estes de especificação atual.
Inicialmente, não estava nos planos dos alemães fornecer motores para três equipes diferentes. Esse foi, inclusive, um dos fatores que fizeram as conversas com a ABT não avançarem na época do eP de São Paulo. Porém, a Porsche mudou de ideia desde então, viu o formato do contrato agradar e enxerga com otimismo a chance de coletar dados de mais dois carros no grid.
Além da mudança nos motores, o portal informou que a ERT planeja uma nova alteração de nomenclatura, e o objetivo é confirmar a identidade na pré-temporada de Valência, no início de novembro. O time correu apenas um ano com o atual nome, Electric Racing Technology, e já foi inscrita como NIO 333, NEXTEV NIO e Team China Racing em anos anteriores.
Sobre a definição da dupla de pilotos, Ticktum e Sette Câmara ainda surgem como ‘plano A’ para a próxima temporada, mas a equipe manteve conversas recentes com Sacha Fenestraz, que deixou a Nissan e busca uma forma de permanecer no grid.
Sette Câmara disse, em recente entrevista exclusiva ao GRANDE PRÊMIO, que via com bons olhos a mudança da ERT para a condição de cliente na Fórmula E e vislumbrou até a possibilidade de buscar pódios.
“Agora, se você fala: ‘Sérgio, a equipe precisa performar ano que vem, você tem de estar no pódio e buscar o título. Qual é o caminho mais rápido?’ Sem dúvida, fechar um contrato de cliente com uma Porsche, uma Jaguar, as equipes que têm o [melhor] trem de força hoje”, disse o brasileiro.
“Da noite para o dia, com aquele mesmo grupo de pessoas, com a mesma dupla de pilotos, a gente estaria no pódio com certa frequência. Quando não fosse um carro, seria o outro”, destacou.
“O time tem qualidade para isso. Muito da nossa deficiência é do motor. É uma diferença muito grande. Sou a favor de virar uma equipe cliente, mas, por isso, comecei explicando sobre essa dinâmica das inscrições. Há um motivo pelo qual as equipes insistem em não se tornarem clientes. Eu, como piloto, obviamente só olho o resultado”, pontuou.
“Quero estar em um carro rápido, quero estar ganhando corridas. Se pudesse escolher, a gente estaria amanhã com um motor que já mostrou performance e o carro estaria voando, não tenho dúvidas”, finalizou.
A Fórmula E retorna com atividades de pista somente entre os dias 4 e 7 de novembro, com os testes coletivos de pré-temporada na pista de Valência, na Espanha. A temporada 2024/25 começa aqui no Brasil, com o eP de São Paulo, marcado para o fim de semana do dia 7 de dezembro.
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