Fórmula E causa controvérsia no grid com novo modo ataque para 2023

Fórmula E pretende implementar um novo sistema nas ativações do modo de ataque na próxima temporada, mas alterações no regulamento a dois meses da estreia causam incômodo

A Fórmula E já se aproxima da abertura da próxima temporada, marcada para o dia 14 de janeiro, mas as mudanças na categoria continuam acontecendo — e em profusão. Enquanto a ideia de criar pit-stops de recarga de bateria nas corridas foi adiado — por enquanto —, o portal inglês The Race deu conta de que um novo modo de ataque irá surgir em 2023. A ideia do novo formato é permitir mais possibilidades estratégicas aos pilotos, mas nem tudo tem agradado no paddock.

Enquanto a categoria ainda finaliza a formatação de seu regulamento esportivo para 2023 — a apenas um mês do início da pré-temporada —, uma nova ideia surgiu com o nome de “Validação de Carga de Ataque [ACV, em inglês]”, durante um encontro da direção da categoria. No entanto, o formato ainda precisa passar pelo Conselho Mundial de Automobilismo antes de entrar em prática nos testes de Valência.

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A ideia em torno do “novo modo de ataque” é dar opções aos pilotos sobre como utilizar a potência extra concedida pelo traçado externo. Até a temporada de 2022, os competidores podiam escolher o momento da ativação, mas esta seria de uma só vez, em contagem regressiva. A partir do ano que vem, a sugestão é permitir combinações — em uma ativação de quatro minutos, por exemplo, alguns pilotos poderiam utilizar intervalos de 2+2 min, 1+3 min ou até 3+1 min.

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A falta de definição de um regulamento esportivo incomoda os pilotos da Fórmula E (Foto: Reprodução/FE)

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A flexibilidade traria um componente extra para a corrida, já que em um grid composto por 22 carros, a variedade de estratégias poderia permitir cenários bastante movimentados. Essa, inclusive, era a ideia por trás da implementação dos pit-stops — gerar variações estratégicas que multipliquem cada vez mais as possibilidades.

No entanto, nem tudo tem sido felicidade na categoria. Algumas equipes têm enfrentado graves problemas em suas baterias — fornecidas especialmente para a Fórmula E pela Williams Advanced Engineering —, que apresentam superaquecimento, baixíssima confiabilidade e até mesmo vazamentos, que interromperam testes de Porsche e DS.

Os incômodos não se relacionam apenas aos problemas de confiabilidade, mas com a demora na entrega de novas partes e a eficiência do suprimento de peças, que se provou insuficiente a apenas um mês do início da pré-temporada.

Por fim, a falta de um regulamento esportivo definido a apenas dois meses da abertura oficial da temporada desagrada fortemente aos pilotos, que não escondem a insatisfação por não saberem as regras que serão estipuladas para o ano que vem — o que traz uma sensação de “amadorismo” ao campeonato, como definiu um piloto que preferiu não se identificar ao portal inglês.

A pré-temporada da Fórmula E acontece entre os dias 14 e 16 de dezembro, em Valência, um mês antes da abertura oficial da temporada — que será realizada em 14 de janeiro, no Autódromo Hermanos Rodríguez, com o eP da Cidade do México

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