Jaguar culpa “erros processuais” por quebra do teto de gastos e punição na Fórmula E
Após ser identificada pela FIA como uma das equipes que quebraram o teto de gastos da temporada 2022/23, junto à Nissan, a Jaguar enviou um posicionamento ao GRANDE PRÊMIO e culpou erros processuais pela infração
Punida com a ausência na primeira atividade de pré-temporada da Fórmula E, em Valência, por infringir o teto de gastos da categoria, a Jaguar culpou “erros de arquivamento processual” pela quebra do regulamento financeiro relativo à temporada 2022/23. Em contato com o GRANDE PRÊMIO, a equipe britânica emitiu um comunicado explicando o erro e garantiu que, não fosse o equívoco no preenchimento dos arquivos, a marca estaria dentro das regras.
“Como todas as equipes de Fórmula E, saudamos a introdução do Regulamento Financeiro da Fórmula E e trabalhamos de forma transparente e cooperativa com a Administração do Teto de Gastos ao longo deste primeiro período completo do relatório, que cobriu a temporada 9”, iniciou a Jaguar.
“É um processo extremamente complexo e, embora em todos os momentos a Jaguar tenha agido de boa fé, com honestidade, integridade e espírito de transparência e cooperação, reconhecemos que erros de arquivamento processual levaram a uma pequena violação de 0,6%, ou £ 73 mil (cerca de R$ 546 mil)”, afirmou.
Apesar de a infração ter sido causada por um erro, a Jaguar admitiu que enviar novos documentos não é algo previsto no regulamento. Como a quebra do teto de gastos não envolveu uma grande diferença, ficando em torno de 0,6% acima do limite, o time inglês optou por assinar o ‘Acordo de Reconhecimento de Infração‘ (ABA) para encerrar a questão.

“Após consulta com a FIA, acreditamos que se tivéssemos preenchido tudo corretamente, teríamos sido totalmente compatíveis com o teto de gastos das equipes e a pequena violação de gastos excessivos não teria ocorrido. Infelizmente, entendemos que um novo arquivamento não é permitido pelas regras atuais. Portanto, devido a esses erros processuais, estamos em uma posição de gastos excessivos muito pequena”, prosseguiu.
“Em nenhum momento buscamos ou obtivemos alguma vantagem técnica ou desportiva, como pode ser visto e confirmado pelas conclusões da Administração do Teto de Gastos e pela natureza da ‘ABA’. Continuaremos a trabalhar em estreita colaboração com a FIA no desenvolvimento e aplicação do teto de gastos e nos melhores interesses da Fórmula E – o auge das corridas elétricas”, finalizou a Jaguar.
Além das punições, as duas equipes foram multadas. A Nissan, que ultrapassou o limite em 1,96% (cerca de € 270 mil ou R$ 1,6 milhão), terá de pagar € 300 mil (R$ 1,8 milhão); a Jaguar, por sua vez, infringiu a regra em 0,6%, o que dá cerca de € 88 mil (R$ 540 mil). Assim, a multa foi de € 100 mil (R$ 614 mil).

Apesar da quebra do teto orçamentário, a FIA reconheceu a cooperação das duas equipes e ressaltou o fato de que a temporada 2022/23 compreendeu a primeira investigação completa prevista pela regra. A análise concluiu que não houve evidências de qualquer atitude “desonesta, de má fé ou fraudulenta” e garantiu que Nissan e Jaguar não esconderam informações da entidade.
Desta forma, Mitch Evans, Nick Cassidy, Oliver Rowland e Norman Nato, respectivamente as duplas de Jaguar e Nissan, terão três horas a menos de testes do que os demais concorrentes do grid. A partir da segunda sessão, entretanto, os quatro estarão liberados para voltarem à pista. As punições não afetam as participações das duas equipes no teste exclusivo de pilotas, programado para o dia 7 de novembro.
A Fórmula E retorna com atividades de pista somente entre os dias 4 e 7 de novembro, com a pré-temporada na pista de Valência, que terá cobertura IN LOCO do GRANDE PRÊMIO, diretamente da Espanha. A temporada 2024/25 começa aqui no Brasil, com o eP de São Paulo, marcado para o fim de semana do dia 7 de dezembro.
Inscreva-se nos dois canais do GRANDE PRÊMIO no YouTube: GP | GP2

