Manobra improvável faz Di Grassi colocar ‘nome no chapéu’ em briga por título de campeonato apertado

Lucas Di Grassi fez uma ultrapassagem incrível, ponto alto da campanha dele na temporada até agora e que será separada como o momento que se colocou na disputa pelo título. O eP da Cidade do México termina com a FE toda embolada e o anúncio de que não tem vencedores óbvios na campanha 2018/19

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Minha 

Ela não foi só um instante
Como mentiam as cartomantes
Como eram falsas as bolas de cristal
 
A análise pós eP da Cidade do México começa com Cartola e a música/poesia 'Minha'. E começa com Cartola porque Lucas Di Grassi tirou da, olha só, cartola, a manobra que embora não lhe tenha garantido a primeira vitória na temporada da Fórmula E é a imagem do ano até agora. É o momento, embalado a vácuo para demonstração e separado do resto da corrida, é o instante que coloca Di Grassi dentro do esgarçado leque de candidatos ao título. 
 
Foram somente quatro corridas até agora, é bem verdade, e o campeonato está bem longe de ser decidido. Mas Lucas não tinha sequer uma dezena de pontos, viveu dificuldades de ordens distintas e não se impusera com a Audi em ritmo de corrida até agora. Mas agora fez tudo isso acoplado à imagem da persistência mordaz. Num campeonato em que os dez primeiros colocados estão separados por somente 26 pontos, o público tem tudo para se animar.
 
E destacamos Cartola, essa música em específico, por um verso. "Minha ela não foi só um instante". Para Lucas, curiosa foi a prova, é o extremo oposto. O eP da Cidade do México foi dele por um instante. Um instante e nada mais. O último. O mais importante. Di Grassi, incrível como possa parecer, não liderou uma volta sequer na temporada apesar de ter feito pole e ganhado corrida. 
Lucas Di Grassi faz bela ultrapassagem sobre Pascal Wehrlein para vencer no México (Foto: Twitter/Autoweek)

"Hoje foi minha melhor corrida na FE em todos os tempos", afirmou. "Foi muito difícil. Wehrlein estava muito arisco, fechando a porta, mudando de direção várias vezes, então eu tentei colocar pressão e fazer com que ele usasse energia. Na última curva ele diminuiu a velocidade, tentou fechar a porta e eu cruzei a linha de chegada de lado", afirmou.

 
Segundo Di Grassi, foi o indicativo de que a Audi está pronta para o combate. 
 
"Fizemos um trabalho incrível. Quero agradecer todo mundo na Audi, grande trabalho mesmo. Tivemos um começo de temporada difícil, mas estamos de volta. Vamos comemorar muito hoje à noite", garantiu.
 
António Félix da Costa foi o segundo colocado após Pascal Wehrlein ser punido por cortar uma chicane e cair do segundo para o sexto posto. O português ficou bastante satisfeito com o que sentiu do carro da BMW. 
António Félix da Costa (Foto: BMW)

"Para ser honesto não éramos tão rápidos… Acho que nosso carro era o mais eficiente. Buemi estava na frente, mas aguentamos muito mais que eles [com a energia] e tínhamos um ritmo melhor. Então é uma indicação ótima", falou.

 
No fim da prova, o foco de Da Costa era um só: não ser acertado por alguém. 
 
"Sabia que íamos nos remontar, foi o que falei para meu engenheiro. Era recuperar e seguir aqui [na briga]. Foi uma última volta louca, eu só queria levar o carro para casa e me livrar do caos", seguiu.
 
"O time merece. É uma pena para o Alex, que foi atingido logo no começo, mas foi bom', finalizou.
 
O terceiro colocado, Edoardo Mortara, ressaltou que os tempos na Venturi, embora ainda não sejam ótimos, são muito mais positivos que há um mês, por exemplo.
Edoardo Mortara (Foto: Venturi)
"Não sei bem o que aconteceu na última volta, mas nós tivemos uma boa corrida, ritmo ótimo. Para ser honesto, nas últimas três ou quatro voltas eu podia notar que estava alcançando os carros na minha frente. Só estava rezando para que eles não estivessem cometendo nenhum erro e para que não houvesse nenhum contato, porque eu tinha Jérôme [D'Ambrosio] na minha cola e não podia perder tempo", avaliou.
 
"Quarto lugar em Santiago e terceiro aqui, então, sim, melhor. Os tempos não são ótimos, mas são melhores. Tivemos uma temporada passada e um começo de ano difíceis, mas estamos melhorando. Sabíamos que íamos ter atualizações chegando e funcionaram", comentou.
Nelsinho Piquet bateu no México (Foto: Reprodução/TV)

Felipe Massa enfim foi aos pontos na FE. Terminou em oitavo após passar o dia quase inteiro em sexto. Importante para tirar a poeira e sair do zero. A Venturi melhora e, após duas etapas com nada, marca 31 tentos nas duas seguintes. É o único caminho para um time que vislumbra crescer. 

 
19º colocado, Felipe Nasr não pode ser recriminado. Até a sexta-feira jamais tinha guiado o carro da FE, mas fez um bom papel, classificou melhor que o companheiro José María López e foi vítima do meio do pelotão na corrida, especialmente com um toque de Oliver Turvey no começo do qual não teve como se recuperar. 
 
Nelsinho Piquet foi quem teve a corrida mais curta e perigosa. Com um carro rápido, começou a ganhar posições logo de partida até ficar preso na defesa de Jean-Éric Vergne, um incidente de corrida, e levantar voo. Piquet ficou com a frente da Jaguar destruída, foi mandado ao centro de saúde e logo liberado sem maiores problemas fora o susto e a corrida sem pontos. 
 
A FE agora volta em 10 de março com o eP de Hong Kong.
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