Günther coroa fase brilhante em Tóquio e reforça ‘modo caça’ da Maserati na Fórmula E

Enquanto a Maserati caça as ponteiras Jaguar e Porsche, Maximilian Günther sobe de nível e mostra que tem qualidade para se envolver na briga pelo título. Mais uma vez, o alemão provou em Tóquio que vive fase exuberante na carreira e foi premiado com a vitória

Na quinta etapa da temporada 2023/24 da Fórmula E, o primeiro eP de Tóquio da história trouxe o quinto vencedor diferente do ano — e da quinta equipe distinta. Maximilian Günther coroou a fase incrível que vive na categoria desde a metade de 2023 e jogou água no chope da mandante Nissan para superar Oliver Rowland e conquistar o triunfo no finalzinho. Mais uma vez, o alemão comprovou que o ‘modo caça’ da Maserati está ligado e farejando as ponteiras Jaguar e Porsche. E tem um dos melhores nomes possíveis para executar o ataque.

O eP de Tóquio trouxe tudo que uma corrida ‘raiz’ de rua da Fórmula E promete. Circuito apertado, desafiador e uma enorme necessidade de gerenciar energia. Se não foi uma prova recheada de ultrapassagens como São Paulo, mostrou que a categoria pode fazer grandes disputas com a modulação correta do nível de bateria permitido — algo que poderia ter tornado o eP de Diriyah uma grande rodada dupla, por exemplo.

Oliver Rowland e a Nissan deram as cartas desde o início, com uma pole conquistada na bacia das almas e uma performance louvável para dar sequência à grande fase que vivem. Pela terceira vez consecutiva, um carro da equipe de fábrica foi ao pódio, e isso sem contar a vitória da cliente McLaren de Sam Bird no Brasil. A fabricante japonesa cresce muito na ordem de forças e prova isso a cada etapa.

Mas a Nissan não é a única a viver uma crescente óbvia na Fórmula E. O trem de força Stellantis, que empurra DS Penske e Maserati, já provou desde o ano passado que está em franca evolução e voltou a mostrar isso em Diriyah, com a pole e o pódio de Jean-Éric Vergne. No Japão, porém, a evolução foi levada a outro nível.

Günther disparou rumo à vitória em Tóquio e reafirmou força da Maserati (Foto: Fórmula E)

Usando a fase exuberante de Günther, que extrai tudo que o carro pode oferecer, a equipe italiana sediada em Mônaco se colocou como uma das candidatas à vitória desde o início. Max ainda perdeu a segunda posição para Edoardo Mortara na largada, mas recuperou o posto com tranquilidade e seguiu na caça de Rowland por praticamente toda a prova.

O alemão esperou bem mais do que o britânico para ativar os dois Attack Modes obrigatórios, e a entrada do safety-car na segunda metade da prova indicava que a estratégia ruiria. Que nada: Günther seguiu colado no piloto da Nissan, aproveitou a melhor gestão de energia para tomar a ponta e abriu o suficiente para ativar a potência extra e ainda voltar na liderança.

A estratégia do alemão se torna ainda mais brilhante ao se considerar que Günther permaneceu em segundo por boa parte da prova por escolha, já que economizava mais bateria do que o primeiro colocado e se colocava em posição de atacar no fim da corrida. Quando Oliver sentiu os efeitos da falta de energia, precisou reduzir demais e sofreu o ataque de Max. O inglês esperava retomar a ponta no momento em que o piloto da Maserati fosse ao Attack Mode, mas percebeu tarde demais que o ritmo do rival era bastante superior. Assim, não conseguiu recuperar a posição.

Sorrindo à toa: Günther não sabe o que é terminar fora dos pontos em 2024 (Foto: Guilherme Bloisi/GRANDE PRÊMIO)

A excelente fase de Günther reafirma que a Maserati é uma real competidora na Fórmula E — pelo menos nas mãos do alemão, já que Jehan Daruvala segue sem dar o ar da graça no campeonato. Com Max ao volante, o carro italiano é um real competidor pela pole e também pela vitória.

O desempenho em São Paulo já mostrou isso, mas foi mascarado por uma nona posição que em nada refletiu o ritmo do alemão. 22º no grid de largada, Günther ainda precisou pagar um stop-and-go de 10s e ainda assim alcançou o top-10 no Anhembi. Neste momento, o piloto não deve em nada em termos de nível para nenhum outro competidor do grid. Com essa velocidade, Max reforça a caça da Maserati aos trens de força dominantes de Jaguar e Porsche e mostra que há, sim, disputa considerável entre os ponteiros em 2024. Ao lado de Pascal Wehrlein, é o único a ter pontuado em todas as etapas até aqui.

Quanto ao campeonato, a briga embolou de vez. Nick Cassidy segue na ponta, mas agora empatado com Wehrlein em 63 pontos. Rowland disparou do sétimo para o terceiro lugar, com 54, enquanto o atual campeão Jake Dennis fica com 53. O próprio Günther fecha o top-5 com 48, uma distância de apenas 15 tentos para a liderança.

Com Günther, Maserati está na caça de Jaguar e Porsche na Fórmula E (Foto: Fórmula E)

É um campeonato totalmente em aberto e, dado o nível demonstrado por Max desde o ano passado, basta alguns passinhos à frente da Maserati para que ele esteja na briga pelo título. Não fosse a punição em São Paulo — em que, na pista, conquistou o terceiro lugar na classificação —, o alemão já poderia estar se intrometendo entre os primeiros. O mote da Fórmula E em 2024 é competitividade, e o domínio de Jaguar e Porsche já não é mais o mesmo. O ‘modo caça’ da Maserati está ativado, e Maximilian Günther sente o cheiro de sangue como nenhum outro neste momento.

A próxima etapa da Fórmula E está programada para acontecer entre os dias 12 e 14 de abril, com a rodada dupla de estreia do eP de Misano. O GRANDE PRÊMIO transmite todas as atividades de pista AO VIVO e COM IMAGENS no YouTube.

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