Rosenqvist mostra braço de campeão, mas falha da Mahindra deixa Vergne abrir um pouco mais. E Buemi se torna ameaça

A corrida estava talhada perfeitamente para que Felix Rosenqvist abrisse uma senhora distância no universo de um campeonato tão truncado como tem sido a Fórmula E nesta temporada 2017/18. O carro da Mahindra não acompanhou e forçou um abandono. Não apenas Rosenqvist perdeu sua chance como viu Vergne abrir um pouco mais e novos perigos surgirem

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Os treinos livres começaram a dar o tom de uma equipe que tinha dois carros fortíssimos na luta pela vitória do eP da Cidade do México deste sábado (3). A Mahindra era um destaque, sem dúvida. Na classificação, Nick Heidfeld chegou perto de entrar na Superpole – fez um péssimo terceiro setor, mas os dois primeiros haviam sido muito bons. E Felix Rosenqvist cravou a pole-position. Era o começo de uma série de contas que cairiam por terra de forma retumbante.

 
Sim, Rosenqvist garantiu os três pontos da pole. E mais sim ainda, começou a corrida com ampla margem de sobras. As contas eram muito favoráveis: Jean-Éric Vergne vinha fora do top-5 e Sam Bird, punido, sequer pontuava. O sueco largou bem e contou com um Oliver Turvey que tinha uma NIO rápida o bastante para evitar que alguém se aproximasse dele, mas não o suficiente para alcançar o líder. 
 
Enquanto esteve na corrida, desfilou na Cidade do México. Abria ampla vantagem para os mais rápidos Sébastien Buemi e Daniel Abt, até então terceiro e quarto, e anotava volta mais rápida em cima de outra. A chance era clara de abrir ao menos uma dezena de pontos na liderança.
 
Até o carro parar. Nem metade de uma corrida que parecia ganha, mas o destino de Rosenqvist estava traçado. "Estava tudo incrível, o carro estava incrível. Eu vinha saindo da última curva e [o carro] simplesmente morreu. O carro parou e voltou de novo. E parou e voltou de novo. E continuou acontecendo. Eu defini que alguma coisa estava errada e decidimos parar para trocar pelo segundo carro", afirmou. 
 
"Tinha que dar umas 35 voltas naquele carro, mas uma hora os líderes começaram a me alcançar e eu não queria interromper a corrida por estar lento demais", seguiu.
Felix Rosenqvist venceu em Marrakech (Foto: Reprodução/Twitter)

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"Ainda não sabemos o que aconteceu, mas parece estranho que tenha acontecido em um carro e não no outro [Heidfeld também teve problemas, mas não especificados pelo time indiano]. Talvez tenha sido algo com a bateria ou nesse sentido. Com a temperatura não foi, talvez alguma coisa tenha quebrado. Mas é muito estranho, eu nunca tive antes e recebi uma mensagem do carro que jamais tinha recebido antes", encerrou.

 
A fraquejada da Mahindra, que qualificou o problema como erro de sistema, jogou fora uma chance que não deve se apresentar sempre. O braço é de campeão, mas o carro precisa andar junto.
Daniel Abt (Foto: Audi)

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Enfim, a primeira vitória

 
Daniel Abt até já venceu pela primeira vez na temporada mais cedo no atual campeonato. Mas naquela ocasião, a segunda corrida da rodada dupla de Hong Kong, uma violação do código de barras no trem de força da Audi custou uma desclassificação. Agora, enfim, Abt pode comemorar a vitória. 
 
E chegou com muitas provações e algum teor de sorte. Era evidente que Abt teria problemas para alcançar o líder Rosenqvist, que largou na pole e se mandou – ainda que o ritmo fosse comparável ao dele. Quando o sueco abandonou a corrida com um problema no carro da Mahindra, porém, Abt viu a oportunidade. Já tinha passado António Félix da Costa e logo deixou Sébastien Buemi para trás. Faltava Oliver Turvey, de quem se aproximou ferozmente e ultrapassou durante a troca de carros.
 
"Espero que possamos manter dessa vez. Que dia quente e difícil!", exclamou. "O carro estava fantástico e a equipe fez um trabalho incrível no pit-stop. Nós sabíamos que éramos rápidos [no pit], mas realizar a troca de carros na corrida é diferente que no treino. E eu acho que fomos até mais rápidos que antes", falou.
 
"No começo [a prova] estava difícil porque eu estava preso atrás de Sébastien [Buemi] e vi Oliver [Turvey] fugir. Não estava fácil ultrapassar [Buemi], mas consegui forçá-lo a cometer um erro e depois tirei a distância para Turvey e passei no pit", encerrou.
 
Oliver Turvey (Foto: Nio)

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Missão México

 
Oliver Turvey chegou à Fórmula E no fim da primeira temporada da categoria e se manteve na mesma equipe durante melhores e piores tempos. Nestes quase três anos, liderou apenas três provas do campeonato: o eP da Cidade do México de 2015, o eP da Cidade do México de 2016 – do qual foi pole, mas abandonou – e, claro, o eP da Cidade do México de 2017. Desta vez conseguiu segurar o pódio após uma feroz batalha com Buemi pelo segundo posto.
 
"Absolutamente orgulhoso de todo mundo da NIO. Estamos trabalhando tão duro aqui e mostramos bom ritmo no começo da temporada. Aqui, me senti confortável com o carro, fiz uma boa classificação e consegui abrir uma vantagem [na corrida]. O pit-stop não foi tão bom, perdemos tempo lá, mas o pessoal fez um grande trabalho. Tentei defender o segundo lugar, mas estava difícil com Buemi atrás. Mas estou muito feliz por cruzar a linha de chegada e levar a NIO ao primeiro pódio", comemorou.
Sébastien Buemi (Foto: Renault)

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Alçou a mira

 
Por outro lado, Buemi fechou na terceira colocação. Não teve como segurar Abt, algo que ele argumentou ser quase impossível, mas mesmo assim pontuou bem mais que a trinca de primeiros colocados da temporada. Se chegou a ficar uma eternidade atrás na classificação, agora já se coloca 29 atrás de Vergne. Ainda é muito, sim, mas é uma distância que pode ser tirada em um único fim de semana. A liderança da FE está oficialmente na alça de mira do campeão da segunda temporada.
 
"Eu sabia que não dava para ganhar, porque Daniel [Abt] era muito rápido. Eu estava tentando fazê-lo ficar numa posição muito ruim nas últimas três voltas, mas ele fez uma grande corrida. Ele é um piloto esperto. Eu só tive uma oportunidade e não fiz um grande trabalho", lamentou. 
 
"Mas, no fim das contas, foi bom. Usei o FanBoost na hora certa para passar JEV [Vergne]. O pit-stop foi difícil, porque Nico [Prost] entrou quando eu estava saindo do pit e quase batemos. Mas é outro pódio", celebrou.
Nelson Piquet Jr. (Foto: José Mário Dias)

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De grão em grão…

 
Nelsinho Piquet voltou a terminar na quarta colocação após superar Vergne e o companheiro Evans. A Jaguar por enquanto parece ter neste o seu limite, mas é excelente que consiga repetir o limite sucessivamente. Piquet já soma 45 pontos e é o quinto colocado do campeonato.
 
"Foi uma boa corrida, o carro se comportou bem. Arrisquei na estratégia, fiquei uma volta a mais na pista antes do pit-stop. Com o segundo carro forcei bastante e no geral o resultado foi bom. A Jaguar agora está em terceiro no campeonato de equipes, o carro é consistente, não quebra, e isso é bom", disse. 
 
"Só falta a gente colocar tudo junto, classificar um pouquinho melhor. Vamos continuar trabalhando e estamos chegando perto! Em todas as corridas temos chegado perto e vai chegar a nossa hora", encerrou.
Lucas Di Grassi (Foto: Audi)

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Fim da seca

 
Quem saiu da seca de pontos na temporada 2017/18 foi Di Grassi. Largando em último e ainda com uma punição a cumprir, Lucas conseguiu ganhar um caminhão de posições e chegar na nona colocação. Aos dois pontos do P9, junta mais um da volta mais rápida. É pouco, mas pelo menos é alguma coisa. 
 
"Minha melhor corrida na Fórmula E. omeçamos em último, cumpri uma punição de 5s e passei metade do grid – duas vezes – e fiz a melhor volta e a série mais rápida da corrida para terminar em nono. O eP da Cidade do México é sempre incrível", falou.
 
A FE para por pouco tempo e volta em dois sábados, no dia 17 de março, para o eP de Punta del Este.
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