Sette Câmara revela oferta de equipe “grande e uma das favoritas” da FE após fechar com NIO

De contrato assinado para a defender a NIO a partir de 2023 na Fórmula E, Sérgio Sette Câmara revelou que foi procurado por uma das “favoritas” do grid no ano que vem. Em entrevista exclusiva concedida ao GRANDE PRÊMIO, o brasileiro destacou que a aproximação aconteceu depois de ter firmado vínculo com o time chinês, o que impediu o avanço das negociações entre as partes.

“Eu assinei com a NIO, e três semanas depois veio uma equipe muito grande do campeonato, que deve ser uma das favoritas no ano que vem, e me contactou querendo [me contratar] de qualquer jeito”, revelou Sette Câmara. “Mas não foi possível fazer a mudança, eu já estava comprometido com a NIO. O que eu busco é estar uma posição de ter um carro rápido e brigar por vitórias aonde for”, afirmou.

Sette Câmara foi anunciado pela NIO no dia 14 de setembro, em acordo que já havia sido encaminhado um mês antes. Naquele momento, McLaren e Maserati — que se preparam para incorporar as duas primeiras colocadas do Mundial de Construtores, Mercedes e Venturi, a partir do ano que vem — não tinham suas duplas de equipe definidas para 2023.

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A equipe inglesa, inclusive, ainda não tem — anunciou apenas René Rast. Vale lembrar que Sette Câmara já foi piloto de testes e desenvolvimento da Fórmula 1 pela McLaren em 2019, e a equipe ficou a ver navios depois que Felix Rosenqvist deixou claro que preferia deixar a equipe para continuar correndo na Indy do que retornar à Fórmula E.

Por outro lado, a Maserati tinha as mãos atadas por um motivo diferente: ainda aguardava o desfecho da novela Nyck de Vries — o holandês já tinha um acordo para correr pela equipe no ano que vem, mas uma vaga de titular na Fórmula 1 tinha o poder de cancelar o plano. Foi o que aconteceu, com o holandês anunciado pela AlphaTauri em 7 de outubro.

Assim, a Maserati só anunciou sua dupla titular nesta última quinta-feira (3): Edoardo Mortara, que era dado como certo para mais uma temporada após obter sucesso com a Venturi, e Maximilian Günther, que deixou a Nissan após uma Era Gen2 frustrante para a equipe japonesa.

“Quem sabe, no futuro eu vou poder falar sobre isso”, disse Sette Câmara. “Tive de fazer um exercício de virar a chave. Pensei: ‘não vou ficar aqui lamentando que poderia ser a oportunidade da minha vida’. No fim das contas, não foi possível. Tem de virar a chave e começar a trabalhar para as coisas acontecerem”, salientou.

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Questionado sobre a possibilidade de correr em outras categorias, Sette Câmara avaliou que poderia ser um passo interessante para o futuro. Na opinião do piloto da NIO, o mais importante é estar em um lugar no qual seja possível brigar por grandes resultados e a afirmação de seu nome. No entanto, admitiu que a vontade principal é de se sobressair na Fórmula E.

“Depois da Fórmula 1, acho que estar em uma equipe de ponta da Fórmula E é muito interessante”, ressaltou o brasileiro. “Indy e WEC também são campeonatos interessantes. Tem o IMSA, mas aí você precisa passar muito tempo nos Estados Unidos, tira o seu foco de outros campeonatos. São campeonatos que, se eu tiver a oportunidade de brigar por títulos, vitórias, construir uma carreira de sucesso, é lógico que eu vou olhar com carinho”, admitiu.

“Mas se puder ser feito na Fórmula E, eu vou dar preferência”, destacou. “Obviamente, descartei a Fórmula 1 dessa lista porque não é onde meu foco precisa estar. Se falarem meu nome, quem sabe eu viro o foco”, completou.

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