Diretor-técnico da Seletiva, Paulo Carcasci fala da preparação dos equipamentos para final de 2013

Paulo Carcasci explicou como funciona o processo de preparação dos karts para a final da Seletiva de Kart Petrobras – os 12 finalistas recebem equipamentos iguais

Heptacampeão brasileiro de kart, Paulo Carcasci está envolvido com o projeto da Seletiva de Kart Petrobras desde a concepção do torneio. Como diretor-técnico, ele sempre acompanhou o irmão Binho na preparação dos eventos e, especialmente, tomando conta dos equipamentos usados pelos kartistas em cada decisão.

Idênticos, os motores Biland e os chassis da Birel são testados por Paulo nas semanas que antecedem cada final. O objetivo é dar aos pilotos o máximo possível de igualdade.

Além disso, Paulo falou também sobre o formato da Seletiva e as características que fizeram o campeonato se firmar no cenário do kartismo brasileiro.

Paulo Carcasci conversa com pilotos em final de Seletiva (Foto: Mario Ferreira)

GRANDE PRÊMIO: No papel de diretor-técnico da Seletiva de Kart Petrobras, quais são as suas atribuições?
 
Paulo Carcasci: Como diretor-técnico, sou responsável pelo desempenho dos karts, por verificá-los e mantê-los equiparados antes e durante a Seletiva. Sou responsável pelos ajustes feitos por cada piloto em seus karts, adição de lastro, combustível etc., além de verificar se não existe nenhuma falha nem malandragem por parte dos pilotos. Outra atribuição é definir a pista da final. Tento sempre escolher um traçado diferente daquele usado normalmente, adicionando um grau maior de dificuldade para os finalistas.
 
GP: Quando é iniciada a preparação dos equipamentos utilizados na final da Seletiva e como é o processo?
 
PC: A preparação dos equipamentos começa mais de um mês antes da final, quando todos os motores são revisados e pré-testados. Todos os chassis Birel são encomendados, além das rodas, bancos e peças reservas. Daí, testamos tudo junto na semana da Seletiva, e, então um check-up final, aonde eu mesmo guio todos os karts já na pista para a final.
 
GP: Quais as peculiaridades dos motores Biland e o que os pilotos precisam fazer para se adaptar a eles?
 
PC: Os Biland, por serem de quatro tempos, exigem uma pilotagem diferente dos outros motores dois tempos, e o melhor jeito para entender isso é guiando um igual.
 
GP: Como o piloto pode fazer uso dos ajustes que ele pode fazer no kart para levar vantagem?
 
PC: Para levar vantagem na Seletiva, o piloto tem de se adaptar muito rápido às várias condições da final e ajustar seu kart adequadamente para cada nova situação que vai encontrando, pois são bem diferentes. Uma volta de tomada de tempos exige uma calibragem bem diferente do que a soma de seis voltas seguidas.
 
GP: Para você, qual é a principal característica da Seletiva?
 
PC: A Seletiva, além de dar um super prêmio, exige dos pilotos muito mais do que em uma simples competição, pois o piloto é analisado de várias maneiras e oportunidades. O piloto que leva a Seletiva, com certeza, é o melhor kartista do Brasil naquele ano.
 
GP: A Seletiva possui um formato bem diferente de outros campeonatos. O que vocês conseguem extrair dos pilotos com esse regulamento?
 
PC: Acho que o regulamento da Seletiva traz muita segurança aos finalistas, pois evita as grandes confusões das provas normais. Em 15 anos, praticamente, há apenas três penalizações de que me lembro.
 
GP: O que fez a Seletiva se firmar no kart do Brasil?
 
PC: A Seletiva se firmou pois sempre ouve muito fair play nas provas finais, além de equilíbrio enorme nos equipamentos.

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