“O segredo do sucesso é sempre buscar o aprimoramento”, afirma Luís Fernando Meinicke

Luís Fernando Meinicke é Gerente de Planejamento e Comunicação da BR Distribuidora (Foto: Divulgação)

Presente na concepção da Seletiva de Kart Petrobras, o Gerente de Planejamento e Comunicação da Petrobras Distribuidora, Luís Fernando Meinicke, não esconde a alegria por ver o torneio se aproximando de sua 15ª edição. Um dos motivos é o fato de a Seletiva ter se consolidado no cenário do kartismo nacional de um jeito que não é muito comum.

Meinicke ressaltou que são poucos os projetos patrocinados que duraram mais de dez anos, quiçá 15, no esporte brasileiro, ainda mais no automobilismo. Por isso, a Seletiva é um motivo de orgulho e satisfação.

O dirigente falou também sobre os planos da Petrobras no automobilismo e ressaltou que a empresa está sempre atenta para perceber novas oportunidades para incentivar o esporte.

GRANDE PRÊMIO: A Seletiva está chegando, em 2013, a 15 anos de existência. Que avaliação você faz desse período?
 
Luís Fernando Meinicke: A Seletiva foi um projeto formatado pelo Binho Carcasci e o irmão dele, o Paulo, exclusivamente para a Petrobras. Nós gostaríamos de ter uma categoria de base apoiada pela Petrobras, e essa categoria não podia ser outra que não o kartismo, pois, com raras exceções, todos os pilotos passam pelo kart. Então é uma satisfação para a gente ver a continuidade do projeto. A gente reconhece que isso no meio esportivo e, em especial, do automobilismo, não é comum de acontecer. Muitos campeonatos começam, terminam e não chegam a esses 15 anos. E acho que o segredo do sucesso é sempre buscar o aprimoramento trazendo inovações.
 
GP: Quando vocês pensaram na formatação da Seletiva, que tipo de campeonato formato procuraram criar e com quais objetivos?
 
LFM: A ideia é que não fosse um campeonato em que são realizadas as etapas, somam-se os pontos e no final tem um campeão, e sim que a gente tivesse uma abrangência nacional e que também tivesse uma premiação para os pilotos selecionados que pudesse ajudar os próximos passos da carreira deles. Com certeza, é o grande problema para esses talentos. Muitos não têm condições financeiras de seguir na carreira, já que é um esporte muito caro. A premiação em dinheiro não é suficiente para a carreira inteira, mas é bom apara o próximo passo da carreira dele.
 
GP: Você acha, então, que a Seletiva consegue cumprir esse papel de ponte para o piloto sair do kart?
 
LFM: Eu creio que sim. A premiação pode não ser suficiente para ele fazer uma temporada completa em outras categorias, mas, com certeza, ajuda, nem que seja para o piloto ir para o exterior, custeando as despesas de viagem, já que, no Brasil, não temos uma categoria de fórmula para o piloto sair do kartismo.
 
GP: Avaliando o lado do marketing, como a Petrobras vê o retorno dado pela Seletiva de Kart Petrobras?
 
LFM: É mais uma oportunidade para trabalharmos o nosso público de interesse. Convidamos clientes do nosso programa de fidelização, para uma experiência única que só a Petrobras pode proporcionar, disputar uma prova formando duplas entre um piloto experiente com um piloto não-profissional. É uma oportunidade de trabalhar pontualmente esses públicos. É mais um canal para a gente fazer nossa central de relacionamento. E os jornalistas são convidados para a tradicional prova que o Binho costuma fazer, o que também é muito bom.
 
GP: Algum momento da Seletiva foi mais marcante?
 
LFM: Acho que os dez anos e, agora, os 15 anos. É um projeto que atingiu um grau de maturidade grande, e chegar a um marco desses, é emblemático. Dá uma satisfação grande para a gente, como patrocinador, ter parceiros como os irmãos Carcasci. Teve finais que tiveram disputas sensacionais até a última prova, envolvendo Bia Figueiredo, Julio Campos, Rafael Daniel, os 12 tops estavam presentes e foi uma disputa muito sensacional. E o aumento do interesse da mídia me deixa com grande satisfação.
 
GP: Você acompanha de perto o automobilismo?
 
LFM: Gostaria de acompanhar mais. Sou um apaixonado pelo automobilismo e o motociclismo, e o fato de a Petrobras e a Petrobras Distribuidora estão envolvidas com vários campeonatos, como a F-Truck, a Copa Petrobras de Marcas, equipe Petrobras Mitsubishi no off-road, F3 Sul-Americana… Isso nos obriga a estar atento ao que acontece no automobilismo de modo geral, para a gente identificar a oportunidade de participação e o fornecimento de produtos para as diversas categorias.
 
GP: Existe algum plano para fomentar ainda mais o kartismo e o automobilismo de base?
 
LFM: Não existe um plano, mas estamos sempre buscando inovações e aprimoramentos para a Seletiva, mas estamos atento à criação de novas categorias. Caso a CBA crie ou homologue uma nova categoria, estaremos atento, tanto para o apoio financeiro quanto para o fornecimento de produtos. Nada programado, mas estamos atentos e, com novas categorias surgindo, avaliaremos sim.