A Ducati fez um 2023 quase impecável na MotoGP, mas ainda não ficou satisfeita. Chefe da Ducati Corse, a divisão de corridas, Gigi Dall’Igna avaliou que a Red Bull teve um ano melhor na Fórmula 1 e, assim, traçou a meta de replicar o desempenho da marca dos energéticos. O GRANDE PREMIUM colocou LADO A LADO as campanhas das duas gigantes
Ducati e Red Bull foram duas gigantes na temporada 2023. Nas respectivas categorias, as duas marcas tiveram campeonatos dominantes, que culminaram com o bicampeonato de Francesco Bagnaia na MotoGP e o tricampeonato de Max Verstappen na Fórmula 1.
Mas se engana quem pensa que a fábrica de Borgo Panigale ficou completamente satisfeita. Chefe da Ducati Corse, a divisão de corridas, Gigi Dall’Igna avaliou que a Red Bull teve um ano melhor na F1 e agora mira reproduzir na MotoGP uma campanha semelhante em 2024.
“No ano passado [2022], eu disse que seria difícil repetir, mas, ao invés disso, conseguimos fazer ainda melhor. Então, quem sabe, trabalharemos para fazer ainda melhor no próximo ano”, ponderou Dall’Igna em entrevista à emissora italiana Sky Sport. “A Red Bull na F1 se saiu melhor do que nós, então temos exemplo para imitar”, indicou.
No LADO A LADO desta quinta-feira (18), o GRANDE PREMIUM comparou as duas campanhas em diversos quesitos, usando o aproveitamento como critério para medir as forças de cada um.
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Antes de mais nada, é preciso destacar que a MotoGP teve mais corridas. Desde o ano passado, a classe rainha do Mundial de Motovelocidade adotou um novo formato, com corridas sprint em todas as etapas. Assim, nas 22 paradas do calendário, a elite do motociclismo disputou um total de 43 corridas, uma vez que a sprint da Austrália foi cancelada por causa do clima. Na Fórmula 1, por outro lado, foram as mesmas 22 etapas, mas apenas seis corridas sprint, totalizando 28 disputadas.
Com oito pilotos — dois na equipe oficial, dois na Pramac, dois na VR46 e dois na Gresini —, a Ducati equipa 36,4% dos competidores da MotoGP. A Red Bull, por sua vez, como manda a regra da F1, conta com apenas dois pilotos — apesar dos laços com a AlphaTauri, apenas Max Verstappen e Sergio Pérez contam para o Mundial de Construtores, diferente do que se passa na MotoGP.
Assim, das 43 vitórias possíveis na MotoGP, a Ducati conquistou 34, um aproveitamento de 79,1%. A Red Bull conseguiu 26 vitórias em 28 corridas. Ou seja, o time rubro-taurino triunfou em 93% das provas que disputou em 2023.
No quesito pódios, os muitos pilotos da Ducati conseguiram 43, 33,3% do total, enquanto a Red Bull registrou 39, chegando a 38,2% de aproveitamento.
No campo das poles, é preciso primeiro fazer mais uma diferenciação entre as categorias. A MotoGP faz uma única classificação, com os grids da sprint e do GP tradicional permanecendo inalterados — salvo no caso de punições esportivas, que se aplicam apenas nas disputas longas. Na Fórmula 1, as sprint têm grids próprios, formados a partir de uma classificação separada.
Desta forma, a Ducati assegurou pole em 17 das 22 etapas. Ou seja, 77,3%. A Red Bull, por outro lado, largou na frente em 17 das 28 corridas do ano, o que representa 60,8%.
As duas categorias também são diferentes no que diz respeito à pontuação do Mundial de Construtores. Enquanto a MotoGP considera apenas o melhor piloto de cada fabricante na pontuação, a F1 soma os tentos de cada um dos competidores da equipe. Desta forma, a classe das motos teve 802 pontos em jogo, com a Ducati somando cerca de 87,3% deles, com 700. No caso da F1, foram disputados 1.021 pontos pelos Construtores — 43 a cada GP e 15 a cada sprint —, dos quais a Red Bull acumulou 860, ou seja, 84,2%.
No Mundial de Pilotos, Bagnaia somou 467 pontos no caminho ao bicampeonato, 58,2% dos 802 possíveis, e fechou a temporada com 39 a mais do que Jorge Martín, o segundo colocado.
Na Fórmula 1, Verstappen fez 575 pontos, 96,1% do total de 598 pontos. O #1 fez, ainda, 290 pontos a mais do que Sergio Pérez, o segundo na classificação.
Na frieza dos números, a campanha da Red Bull foi efetivamente melhor, especialmente no quesito vitórias. Dall’Igna, porém, conta com um reforço que a Red Bull não tem. Verstappen e Pérez vão seguir representando a equipe dos energéticos, mas a Ducati tem uma mudança em 12,5% do elenco, com Marc Márquez chegando à estrutura de Bolonha graças a uma vaga na Gresini.
Com o seis vezes campeão da MotoGP no elenco, a Ducati tem todas as chances de fazer um 2024 ainda mais forte. Mesmo que não seja pelas mãos da equipe principal.
A MotoGP volta a acelerar entre 6 e 8 de fevereiro de 2024, com os testes de pré-temporada na Malásia, no circuito de Sepang. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade durante todo o ano.
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