Dixon acusa diretor de provas da Indy e rejeita desculpas de Power por Baltimore: "Foi apenas estupidez"

Neozelandês acusou Beaux Barfield de não ter liberado o retorno de sua Ganassi aos boxes da equipe após acidente em Maryland, e alegou que tinha condições para prosseguir na prova e marcar pontos: "Isso está além da minha compreensão", bradou o piloto

 
O GP de Baltimore ainda não foi adequadamente digerido por Scott Dixon. Habitualmente cortês e polido – tanto dentro quanto fora das pistas –, o vice-líder da temporada 2013 da Indy soltou o verbo e disparou contra o diretor de provas da categoria, Beaux Barfield, por conta não apenas do incidente com Will Power quanto também pela reclusão de sua Ganassi após o acidente, no qual o australiano jogou seu carro para cima do neozelandês e o prensou contra o muro em uma das últimas relargadas da etapa de Maryland.
 
Furioso, o bicampeão reclamou acintosamente dos critérios adotados pelo diretor para distribuir punições e, principalmente, o acusou de não ter devolvido seu monoposto de volta aos boxes da equipe, alegando que apenas um braço da suspensão havia sido danificado e que ele tinha condições de retornar à prova e marcar pontos.
 
"Simplesmente não há consistência", bradou Dixon. "[Graham] Rahal me tocou, [Oriol] Servià fez o mesmo na relargada seguinte e foi punido, mas Power atropelou uma mangueira em um pit-stop e não levou nenhuma penalidade."
 
"O que me deixou puto é que apenas um braço da suspensão estava curvado. Perdemos um tempo extra para termos certeza de que havia um outro conjunto pronto para colocarmos na frente do carro. Levaria, talvez, três ou quatro minutos para trocar."
Scott Dixon em seu 'momento foca' (Foto: Chris Jones/IndyCar)
"Para eles não trazerem o carro de volta, o que claramente está no regulamento… Se faltassem dez voltas para o final, então talvez fosse justo, porque não haveria muito a percorrer. Mas naquele momento, restavam 27 voltas pela frente, então não ter o carro para consertá-lo está além da minha compreensão."
 
"Tivemos essa mesma situação com Beaux em Long Beach, há dois anos, onde ele me deixou de fora de toda a corrida", relembrou o neozelandês, revelando antigo ressentimento com o diretor. "Tivemos um problema no motor que poderia ter sido corrigido em pouco tempo, e ele nunca nos deixou voltar para a pista. É muito óbvio que Beaux não pode fazer seu trabalho. Ele não é capaz disso e precisa sair."
 
Dixon também reclamou de Power. O australiano, que o tirou da etapa de Baltimore em um acidente aparentemente involuntário mas que levantou suspeitas a respeito de uma possível decisão da Penske para favorecer Helio Castroneves, líder do campeonato, pediu desculpas publicamente – algo que o piloto da Ganassi se recusou a aceitar.
 
"Naquela velocidade, em quarta marcha, não há chance de o carro sair. Ele sabendo ou não que estávamos lá, foi apenas estupidez, realmente. Foi engraçado no rádio. Nós estávamos ouvindo a Penske, e o [Tim] Cindric [presidente da equipe] estava dizendo a ele exatamente o que ele precisava dizer quando saísse do carro", encerrou, polêmico.

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