Dixon vê pole escorrer pelos dedos em Sonoma, mas dá novo passo para penta com grande performance

Scott Dixon perdeu a pole para Ryan Hunter-Reay com o cronômetro zerado, mas o sábado passa bem longe de ter sido decepcionante. Em segundo no grid de Sonoma e consideravelmente na frente do rival Alexander Rossi, Dixon deu ótimo passo para ser pentacampeão

Scott Dixon foi o grande nome e o grande vencedor do sábado (15) em Sonoma. Sim, foi Ryan Hunter-Reay quem fez a pole. Sim, Dixon perdeu a posição de honra no grid já com o cronômetro zerado, mas isso pouco deve abalar o neozelandês, que novamente levou a Ganassi bem além do limite e, mais importante de tudo, ganhou o primeiro duelo com Alexander Rossi.
 
Dixon vai partir de segundo, enquanto seu rival sai da sexta colocação. Além disso, é dele também a vantagem em pontos – 29 de frente – e, por mais que a Andretti pareça estar na frente mais uma vez, a Ganassi mostrou alguma capacidade além do que demonstrava nos outros circuitos mistos.
 
Bom deixar claro também que, além dessa melhora da Ganassi, Dixon teve uma atuação de gala. Prova disso é que seu companheiro Ed Jones sequer chegou à segunda fase da classificação, enquanto o veterano quase fez pole. É mais um milagre operado por Scott, que no domingo vai poder marcar Rossi em paz.

"Acho, sinceramente, que eu tinha grande chance de pole, mas eu cometi um erro, isso vai na minha conta. Parabéns ao Hunter-Reay e também Andretti pela pole, de qualquer jeito. Temos um carro rápido aqui e estivemos sempre nas primeiras posições. Espero que a gente siga por ali amanhã e feche a temporada forte", disse o neozelandês sem mencionar o pentacampeonato que se aproxima.

Scott Dixon sai em segundo em Sonoma (Foto: IndyCar)

Rossi, definitivamente, não teve um dia legal. Até foi bem nos primeiros grupos, mas fracassou no Fast Six e não passou da sexta colocação. A boa notícia, porém, é que a sua Andretti está na pole com Hunter-Reay.

 
Aliás, indo além, essa é a principal vantagem de Rossi: tem companheiros que podem, de fato, ajudar na corrida. Além do pole Hunter-Reay, tem Marco Andretti saindo de quarto, Zach Veach em nono e até, eventualmente, Pato O'Ward, que brilhou em quinto em uma Harding apoiada pela Andretti em Sonoma, já numa prévia de 2019.

"Acho que cometemos um erro de estratégia ao tentar ser mais agressivos. Não funcionou. No fim, acho que eu não tinha o ritmo do Ryan, por isso que tentamos mudar as coisas, ver onde chegávamos na tática. São 85 voltas na corrida, não acho que começar atrás do Dixon seja um problema tão grave, só precisamos realmente ter um carro competitivo, trabalhar nisso hoje. Não ter o warm-up amanhã é duro, vai ser uma coisa meio de adivinhação, mas vamos lá. Tenho bons companheiros perto de mim, vamos aproveitar isso dentro e fora da pista", comentou Alexander. 

Alexander Rossi é sexto no grid (Foto: IndyCar)
Podemos dizer que, não fosse essa a decisão da temporada, o grande destaque além do pole iria para O'Ward. O jovem Pato, campeão da Indy Lights, provou que está pronto para a Indy e mudou a Harding de patamar em Sonoma.

"Foi muito legal. Sinceramente, nem sei o que pensar. Quando me vi no Fast Six com Newgarden, Dixon, Hunter-Reay, Andretti e Rossi, só nome pesado, eu desacreditei. É o que eu sonhava desde criança. Esses caras estão fazendo sucesso aqui há muito tempo. Foi um momento único. Você começa a acreditar que pode superar eles aos poucos. É um sentimento novo, nem sei descrever. Muito feliz pela Harding e por ter dado a eles o primeiro Fast Six. É uma oportunidade incrível, eu só queria um top-10, então, comecei bem", falou Pato.
 
Sobre o pole, vale o destaque que Hunter-Reay quebrou um jejum de mais de quatro anos sem sair da posição de honra do grid. E é uma recompensa justa para alguém que voltou a ser competitivo em 2018 e que, por pouco, não chegou em Sonoma com chances remotas de ser campeão. 
Ryan Hunter-Reay, pole em Sonoma (Foto: IndyCar)

"Foi um momento de decisão em volta única e estava difícil decidir o pneu que iria usar, mas os macios foram fantásticos no Fast Six. O time me deu um carro fantástico, ótimo eu finalmente conseguir essa pole que estava buscando há anos. Estou fazendo minha parte por ele [Rossi], já tirei um ponto do Dixon. É um esforço grande da Andretti, estamos sempre trabalhando juntos. Sei que eu estaria disputando título sem cinco abandonos, mas é um ano bem positivo. Somos competitivos em todos os cantos, parabéns a esse time e feliz por ter encaixado a volta da pole", analisou Ryan.

 
Josef Newgarden teve um bom desempenho e se classificou em terceiro, sendo bem mais rápido que os companheiros de Penske. O fato de precisar de um milagre completo para ser campeão, entretanto, segue igual.
"Frustrante que essa volta não tenha me dado a pole. Achei nosso carro bem rápido e estava otimista. Achei que vinha pole, veio terceiro lugar, é decepcionante. Espero que eu possa estar rápido amanhã a corrida toda, seria divertido andar sempre no limite. Vamos ver o que nos espera", disse Josef.
Pietro Fittipaldi (Foto: IndyCar)
Entre os brasileiros, destaque para o bom desempenho de Pietro Fittipaldi mais uma vez. Pietro vai partir de 13º, coladinho em Sébastien Bourdais, seu companheiro de Dale Coyne. Cada vez parece mais adaptado, ainda que sem estar 100% fisicamente. 

"Fomos competitivos ontem e também no teste de quinta. As condições climáticas sempre mudam aqui, especialmente vento, mesmo a direção dele. Estava ventando muito na classificação, nas áreas de frenagem, então estava desafiador para todo mundo. A temperatura da pista também estava bem maior de manhã. Acho que foi uma classificação decente, largando em 13º. Queríamos a segunda fase, passamos perto, não era nosso dia. Seguimos progredindo, espero buscar outro top-10 amanhã", comentou Pietro.
 
Na Foyt, muita dificuldade. Dá até para dizer que a 18ª colocação de Tony Kanaan não é das piores. O baiano, que vai largar na 300ª corrida seguida, sai na frente do companheiro Matheus Leist, 23º.
Tony Kanaan acertou uma grande volta, mas não passou de fase (Foto: IndyCar)

"Foi a volta da minha vida. E é uma pena quando você faz uma volta dessas e fica com essa posição de largada. Não estou feliz com onde vamos largar, mas feliz que achamos um caminho para o futuro, mesmo para a pós-temporada. Mas estou satisfeito também comigo mesmo pela volta que eu fiz. É legal quando posso fazer a diferença. Somos um time, quando o carro não está bom, eu tenho de aparecer, uma das minhas melhores voltas que já dei, mesmo sendo esse o resultado. Vamos seguir lutando, eu não desisto, isso não está no meu vocabulário", garantiu Tony.

"Foi uma classificação difícil. Nós perdemos o ritmo hoje, na verdade, no final de semana todo. Tentamos um acerto diferente de classificação, mas não funcionou bem. Vamos reagrupar, ver o que o Tony testou e aí focar na corrida de amanhã. Temos uma chance amanhã, talvez. É a última da temporada, precisamos tentar terminar da melhor forma possível", falou Matheus.

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