Engenheiros citam “carros andando juntos” e pedem que F1 siga aerodinâmica da Indy

A F1 está próxima de anunciar novidades para 2021 e, para dois dos principais engenheiros de Racing Point e Red Bull, a categoria precisa olhar para a Indy se quiser ter mais competitividade

A F1 vai passar por importantes reestruturações no regulamento para 2021, mas, por enquanto, ainda há um grande debate sobre qual caminho seguir, especialmente na parte da aerodinâmica. Para dois dos principais responsáveis por carros do grid, a Indy é uma inspiração para a categoria, principalmente pela competitividade e nível das corridas.
 
Diretor-técnico da Racing Point, Andrew Green lembrou que a F1 precisa ser o máximo de tecnologia e desenvolvimento de carros, mas quer que a Indy sirva para mostrar como deve ser uma corrida, com carros muito mais próximos.
 
"Precisamos de um efeito novo nas corridas e a Indy é uma ótima inspiração. Basta olhar para lá para vermos carros andando muito próximos, é o que eu acho a coisa certa, faz todo sentido se inspirar neles. Mas precisamos também ter a F1 como exemplo do máximo a ser seguido, o máximo da tecnologia. Então, precisamos ter não apenas carros andando colados, mas também aquele fator que diferencie a F1, não dá para perder isso", comentou.
A Indy deve ser um modelo a ser seguido pela F1 para 2021 (Foto: Indycar)

Engenheiro-chefe da Red Bull, Paul Monaghan foi numa linha parecida, citando o downforce como questão fundamental, com a forma como os carros da Indy ficam em relação ao chão e vendo a aerodinâmica da Indy como bem interessante para 2021.

 
"O jeito que os carros deles geram downforce seria bem interessante para nós. A questão é mesmo ver se dá para os nossos carros andarem próximos e mesmo assim seguirem com uma boa diferença, algo que marque eles como é hoje. Acho que precisamos ter nossa mente aberta  e ver o que podemos aprender com eles, assumir que não está tudo perfeito aqui. Abrir a mente é o que precisamos para evoluir", explicou.
 
O regulamento de 2021
 
A FIA (Federação Internacional de Automobilismo) obteve recentemente a aprovação unânime das equipes do grid da Fórmula 1 para adiar para outubro a decisão sobre o regulamento de 2021 – a maior das categorias do esporte a motor no mundo discute diferentes regras para o novo contrato entre os competidores, os detentores dos direitos comerciais, a própria entidade e fornecedores.
 
Segundo as regras da FIA, o regulamento para a temporada 2021 precisava ser aprovado até 30 de junho, que marca 18 meses antes do início do ano em que as alterações começarão a valer. Por isso, a entidade necessitava do apoio unânime das dez equipes do grid para levar a definição até outubro.
 
A ideia do atraso partiu do próprio Jean Todt, presidente da FIA, que promoveu uma reunião com chefes de equipe em Montreal. Enquanto times grandes como Ferrari e Mercedes concordaram com a opinião de Todt, times menores como McLaren, Renault, Alfa Romeo e Williams assinaram uma carta condicional, pois temiam que as rivais maiores pressionassem a FIA para um teto orçamentário além do esperado, entre outros itens do regulamento. As esquadras do pelotão intermediário defendem uma mudança mais drásticas nas regras. 
 
Entende-se que pontos técnicos, que variam da aerodinâmica aos motores, figuram no maior impasse entre os times, mas agora falava-se que também os fatores financeiros estão sendo questionados, sobretudo o orçamento. Entre outros aspectos, a FIA e o Liberty Media, grupo proprietário da F1, desejam aprovar regras que ajudem a tornar o esporte mais competitivo e equilibrado. E essas medidas, portanto, atendem desde a parte técnica até a distribuição da premiação e os limites de gastos. 

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