GUIA 2025: Ilott retorna com Prema após ano fora e exalta competitividade da Indy

Callum Ilott fechou com a Prema e retorna ao grid da Indy após saída de poucos esclarecimentos da Juncos. Ao GRANDE PRÊMIO, inglês exalta competitividade da categoria

Callum Ilott está de volta como um piloto integral na Indy. Depois de uma estranha saída da Juncos ao fim de 2023 e participações esporádicas pela McLaren em 2024, o britânico deixou o WEC de lado e apostou no projeto da Prema, equipe pela qual competiu na Fórmula 3 Europeia, em 2017, para retornar aos Estados Unidos.

Desde a estreia na categoria, em 2021, Ilott teve 38 largadas. Conseguiu destaque pela Juncos, mas abruptamente saiu do time argentino no fim de 2023. Com exclusividade ao GRANDE PRÊMIO, Callum exaltou a competitividade do certame e vê o retorno como uma “reunião natural”, especialmente com a Prema.

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“A Indy tem sido um lugar incrível para correr, muito competitivo. E especialmente com a Prema voltando, foi como uma reunião natural para juntar-se. Mas correr no WEC, eu adorei, e comecei a construir uma boa base como piloto nas corridas de endurance, então não foi uma decisão fácil sair. Mas ao mesmo tempo, eu, sabe, amo a Indy e amo a Prema. Então sim, é bom estar reunido com uma equipe tão boa”, declarou.

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Callum Ilott (Foto: Indycar)

Apesar de conquistar bons resultados com a Juncos entre 2021 e 2023, Ilott ficou de fora do grid para 2024. Callum falou sobre a ausência de assento na categoria e a transição para o WEC, onde competiu pela Team Jota, com direito a uma vitória nas 6 Horas de Spa. Com a lesão no punho de David Malukas, chegou a correr pela McLaren em algumas ocasiões, inclusive nas 500 Milhas de Indianápolis.

“Foi uma decisão neutra. Obviamente, foi bastante tarde na temporada, o que significava que eu não tive chance de olhar para outras vagas, porque as únicas vagas restantes eram as que exigiam orçamento. E, sabe, primeiro tentar encontrar orçamento tão tarde na temporada não é fácil, e segundo, tentar encontrar orçamento no primeiro lugar não era algo que eu estava planejando fazer. Então, sim, foi… vamos dizer que foi inesperado, mas foi uma decisão mútua, muito tarde. E aí, olhando para outros lugares, apareceram oportunidades no WEC, e eu tinha essa oportunidade com a Jota, e não havia razão para deixar passar. Sabe, esperar pela talvez última vaga restante na Indy E claro, inesperadamente, no começo do ano, o David [Malukas] se machucou, e então surgiu a chance de correr pela McLaren em algumas corridas do ano passado. Obviamente, tivemos conversas sobre, sabe, talvez isso se tornasse um contrato full-time, talvez não. Mas eu estava com contrato no WEC e não ia quebrar esse contrato. Então, sim, me comprometi com o WEC e tive um ano bem legal”, declarou.

Ilott também falou sobre a transição de mentalidade de carreira após a passagem nas categorias de base. Callum foi vice-campeão da Fórmula 2 em 2020, mas não subiu para a Fórmula 1, enquanto pilotos como Yuki Tsunoda, Mick Schumacher e até Nikita Mazepin subiram após aquela temporada.

“É muito difícil, e não é fácil aceitar isso, porque quando você está no kart, você só vê a Fórmula 1. Honestamente, quando eu estava no kart, durante os sete, oito anos que corri de kart, era Fórmula 1, Fórmula 1, Fórmula 1. E quando você vai para os carros de fórmula, e especialmente quando você está em um programa de pilotos como o da Red Bull ou Ferrari, que eu estava, é tudo para a Fórmula 1”, comentou.

“Então, você é moldado e preparado para correr na Fórmula 1. E quando, sabe, eu… eu consegui alcançar bastante coisa, talvez não tanto quanto alguns que chegaram lá, e outros que também não chegaram, e quando você sente que talvez tenha alcançado o suficiente e não conseguiu, isso é bem difícil. E demorou um pouco para eu aceitar mentalmente que, sabe, não é que você não seja bom o suficiente, mas que as circunstâncias não funcionaram e você precisa olhar para outras opções. Mas ao mesmo tempo, depois que você supera isso, é incrível como há tantas boas corridas, boas corridas de qualidade, pilotos incríveis fora da Fórmula 1. E, sabe, primeiro, não sou o único nessa posição. Tem muitos que eu poderia citar. Mesmo que eu tenha acabado de correr contra, em Daytona: Antonio Felix da Costa, Robin Frijns, para citar alguns — esses caras provavelmente fizeram um trabalho ainda melhor do que eu nos carros de fórmula e não chegaram à Fórmula 1”, seguiu.

Callum Ilott (Foto: Indycar)

Algo que Ilott exaltou sobre a Indy é o equilíbrio da categoria e comparou com a passagem que teve pela Fórmula 2. Até aqui, o melhor resultado do britânico foram quintos lugares conquistados nos GP de St. Pete e de Laguna Seca em 2023, mesmo com um carro que não era considerado como um dos melhores.

“Mas sim, a Indy é incrível. É muito competitiva. Aqueles caras estão lá há 20 anos e têm sido competitivos desde o começo. E quando você vem da Fórmula 2, onde, sabe, os três primeiros, os seis primeiros são bem competitivos, e vai para a Indy, onde os 20 primeiros são competitivos, só com carros diferentes, é incrível as batalhas que você pode ter, mas é muito difícil”, seguiu.

Perguntado pelo GP sobre o que mais sentiu falta na Indy, Ilott voltou a exaltar a competitividade da categoria, além da versatilidade exigida para competir em diferentes tipos de pista e também para aprender a gerenciar o equipamento ao mesmo tempo em que não conta com tanta ajuda.

“Primeiramente, a competitividade. Eu acho que é provavelmente a categoria mais competitiva em que já corri. Os carros são tão parecidos, e você precisa ser muito versátil nas diferentes disciplinas: misto, rua e oval. E as equipes também precisam ser versáteis. Elas precisam ser rápidas para se adaptar. Mas como piloto, tem muita coisa que você precisa, eu diria, ser rápido para aprender. Sabe, você tem que ser muito bom em economizar combustível, muito bom em economizar pneus, tem que ser bom na estratégia e trabalhar bem com a equipe para se colocar em uma posição onde eles possam fazer o melhor por você. E você tem que ser rápido. E eu acho que, como na Fórmula 1, claro, você tem que ser bom em várias dessas coisas, mas tem muita coisa para te ajudar, do lado eletrônico, do lado pessoal. Na Indy, é mais bruto, sabe? Muitas coisas que você precisa ser rápido para adaptar, tanto do lado da equipe quanto do piloto. E além disso, eu gosto das corridas em oval. Demorou um pouco para começar, mas eu primeiro adorei as corridas em ovais curtos, e mais recentemente, os superspeedways, conforme você vai se acostumando com isso e entendendo como funciona”, completou.

Como companheiro de equipe, Ilott terá o israelense-russo Robert Shwartzman. Apesar de ambos terem um longo histórico com a Prema, jamais dividiram a garagem anteriormente ao mesmo tempo. Callum apontou sobre a importância que o novato terá ao encontrar pessoas conhecidas na estrutura do time italiano.

“Sim, é muito bom. E eu acho que para o Robert também, isso facilita bastante a transição dele para os Estados Unidos, porque, de novo, isso não é uma coisa fácil de fazer. É um ambiente bem diferente, e tem um tipo de corrida muito diferente. Mas a equipe também, você tem uma mistura dos Estados Unidos, uma mistura da Itália, e também uma mistura de pessoas de diferentes disciplinas — Fórmula 1, corrida GTD, categorias de base, e Indy — e juntar todos eles para trabalharem juntos, vai ser ótimo a longo prazo. Então sim, é muito bom. Muitas caras conhecidas, e muitas pessoas que me conhecem ou me conheceram quando eu era mais jovem, e talvez viram uma mudança, mas isso facilita muito a comunicação porque eles sabem, sabe, como todo mundo se comporta, e não tem aquela fase de descoberta ou aprendizado. Claro, para algumas pessoas novas, sim, mas eu acho que, para os blocos de construção da equipe, tem sido bem tranquilo e muito bom”, completou.

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