Juncos abre porta para Colapinto na Indy e revela busca por Drugovich: “Focados na F1”
Em entrevista exclusiva para o GRANDE PRÊMIO, Ricardo Juncos disse não ter feito proposta por Franco Colapinto, mas deixa possibilidade em aberto na Indy
Ricardo Juncos sabe que é difícil, mas segue observando, a média distância, a possibilidade de ter Franco Colapinto na Indy. O dirigente entende que seu compatriota pode ficar sem vaga na Fórmula 1 em 2025 e mantém portas abertas ao atual piloto da Williams. Com um carro disponível para o campeonato do próximo ano, Juncos, em entrevista exclusiva ao GRANDE PRÊMIO, revelou que chegou a procurar o entorno de Felipe Drugovich, mas as respostas foram sempre de que o brasileiro está focado na F1.
Por enquanto, a Juncos Hollinger, equipe que tem Ricardo e Brad Hollinger como sócios, tem confirmado somente Sting Ray Robb para a temporada de 2025. Em entrevista exclusiva ao GRANDE PRÊMIO, o argentino revelou que, sem citar nomes, conversa “com cinco ou seis pilotos” para fechar o segundo carro e que espera mais “uma ou duas semanas” para a definição, justamente quando estará encerrado o campeonato da F1.
Atualmente, Colapinto não tem vaga na Williams para 2025, que contará com Alexander Albon e Carlos Sainz. O argentino estaria próximo de um lugar no guarda-chuva da Red Bull. Antes, os indícios era de que ele substituiria Sérgio Pérez, mas pode pintar na RB. No entanto, nada disso está no papel e, quem sabe, Franco poderia fazer um ano na Indy, conciliando com a vaga de reserva no time de Grove.
Juncos admitiu que conversou com Colapinto, mas disse que se tratou de uma conversa entre amigos. Porém, reconhece que o piloto tem um plano para 2025, seja “na F1 ou não”.
“Obviamente, para a Argentina, Colapinto, é um boom. Está em todos os lados. Há muitos anos que não havia argentino na F1 — acho que 23 anos, o que é muito. Creio que isso até me ajude por conta dessa repercussão [no automobilismo]. Conheço Franco desde que ele tinha dez anos, mais ou menos. Conversamos uns 40 minutos antes do GP dos Estados Unidos. Ele está muito bem”, declarou Juncos.
“Os empresários deles, liderados por María Catarineu, estão fazendo um ótimo trabalho. Ele sabe que tem as portas abertas aqui, como, acho, que em qualquer equipe da Indy. Qual time daqui vai se interessar por um piloto de F1. Mas não tentei nada com Franco, não corresponde com o momento. Agora, ele está tentando a continuidade [na F1]. Acho uma situação muito difícil. É um menino muito bom, com bom agente, converso muito com o pai dele… desejo o melhor, mas, seguramente, há um plano para Franco, caso corra na F1 ou não”, completou.
Juncos aproveitou e criticou o sistema de promoção de pilotos dentro da Fórmula 1, citando Drugovich e Théo Pourchaire, os dois últimos campeões da F2 e que não conseguiram lugar como titular na categoria. Nisso, o argentino revelou que chegou a procurar o brasileiro. Sem revelar se foi antes ou depois do teste que Drugovich fez pela Ganassi, no último mês de setembro, Ricardo disse que sempre foi prontamente impedido de seguir com as iniciativa, pois a resposta era de que o foco do piloto segue na Fórmula 1.
“Veja Drugovich. Campeão da Fórmula 2 e ficou parado. Théo Pourchaire está sem oportunidades. Não é só o melhor piloto, mas há um sistema. Fórmula 1 é negócio e ponto. A gente vê isso todos os anos. Não falei diretamente com Felipe, mas falei com alguns intermediários, que sempre retornaram dizendo que o foco está Fórmula 1”, falou Juncos.
“Agora, se o Drugovich mudou de ideia, é como falei: existe a questão orçamentária nas vagas restantes da Indy. Lamentavelmente, a gente bancou tudo esse ano, com [Romain] Grosjean, [Agustín] Canapino e [Conor] Daly. Para o próximo ano, isso não será possível, vamos precisar de pilotos com orçamento. Não é o que queria, mas não posso roubar um banco”, encerrou.
Enquanto a Indy retorna somente no próximo dia 2 de março, com o GP de St. Pete, na Flórida, o GRANDE PRÊMIO acompanha AO VIVO e EM TEMPO REAL todas as atividades do GP do Catar de F1, em Lusail, e transmite classificações e corridas em segunda tela, em parceria com a Voz do Esporte, na GPTV, o canal do GP no YouTube. Depois das atividades de cada dia, debate tudo o que aconteceu no Briefing. No sábado (30), retornam para a largada da prova curta às 11h (de Brasília, GMT-3). Em seguida, às 15h, disputam a classificação. Por fim, a largada da corrida no Catar será no domingo (1), às 13h.
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