Foyt se anima e diz que Hildebrand “pode vencer” Indy 500 dez anos após ficar no quase

Presidente da Foyt, Larry Foyt foi só elogios para JR Hildebrand, que chega para a experiente equipe com moral. O dirigente crê na vitória

Ainda se recuperando de grave acidente na Indy em 2018, Robert Wickens testou carro de turismo (Vídeo: Reprodução/IMSA)

Faz cerca de um mês que a Foyt anunciou o acordo com J.R Hildebrand para a edição 2021 das 500 Milhas de Indianápolis, marcada para o próximo dia 30, e a equipe está animada com as possibilidades. O presidente Larry Foyt rasgou elogios ao novo piloto da casa e destacou experiência e técnica de Hildebrand. Foi taxativo: ele pode vencer a maior corrida dos monopostos dos Estados Unidos.

Larry Foyt, que é filho da lenda AJ Foyt, maior vencedor da Indy 500 e fundador da equipe, ressaltou que o trabalho coletivo e a integração são peças fundamentais em busca de um bom resultado. Além da velocidade para brigar pela vitória, fica a capacidade de identificar necessidades para ajudar o time a fazer o carro evoluir.

“Quando o JR [Hildebrand] ficou disponível, fez o maior sentido do mundo contratar um cara que sabemos que nos dará valiosas informações. Ele ajudará toda a equipe”, disse. “No fim das contas ele pode vencer, e é isso que queremos fazer. Quando todos os aspectos dessa parceria forem colocados em conjunto, não será um quebra-cabeça para nós. Tenho certeza que esse trabalho extra, de toda a equipe, todos juntos, todos comprando a ideia e dizendo ‘Nós faremos isso pois será um bom programa’ será positivo”, seguiu.

“Creio que todos sabem que o JR é um piloto extremamente técnico, o que trará uma excelente adição para a equipe. E obviamente ao lado de [Sébastien] Bourdais, que também é muito técnico. Dalton [Kellett] fez um grande trabalho no último ano, vem para sua segunda Indy 500. Charlie [Kimball] tem grande experiência, sabemos que ele é técnico”, avaliou o quarteto de pilotos com que conta a Foyt.

“Com o pelotão tão próximo agora, muito competitivo, os detalhes de configuração para o dia de classificação serão extremamente importantes. Você não quer fazer parte de nenhum drama no fim de semana de classificação, a não ser que seja pelo ‘fast nine’. O que é um objetivo”, comentou Larry Foyt.

“Tudo vem se encaixando para ser perfeito. Você tem apenas que acertar tudo em questão de números, porque serão muitos carros. Quase todo mundo inscrito é muito, muito bom. Será difícil, sabemos disso. Essa é uma grande contratação [a de Hildebrand] que trará muitas informações técnicas ao time”, concluiu a respeito de seu novo piloto.

JR Hildebrand correrá a Indy 500 pela Foyt em 2021. (Foto: IndyCar)

Hildebrand, claro, chegou perto de vencer a edição 2011 da Indy 500, quando assumiu a ponta nas últimas voltas e se encaminhava para a vitória em seu ano de estreia no Brickyard, mas bateu na curva 4 após passar em trecho sujo da pista enquanto ultrapassava um retardatário, perdendo para Dan Wheldon. Hildebrand lembrou daquilo mais uma vez, mas fez questão de dizer que já foi rápido novamente.

“É uma história incrível. Os altos e baixos, os amigos mortos em corridas. Vencer tanto, as batalhas que teve. A longevidade que ele alcançou é inacreditável. É tudo para ele. Mesmo envelhecendo e amadurecendo ao longo dos anos, você vê aquela intensidade quando volta a Indianápolis. Com certeza eu entendo porque eu que sofro quando os carros não estão funcionando tão bem quanto ele quer”, brincou.

“Obviamente é parte de minha história também. Olhando para trás, aquele foi meu ano de estreia. Eu acho que isso sempre me dá mais confiança: tem muitas coisas que eu não sei a respeito de ser competitivo na Indy e me encontro nessa situação”, afirmou.

“Honestamente, eu tive outras Indy 500 melhores que aquela, da perspectiva de pilotagem. A cada ano eu sinto que chego à Indy 500 com algo a mais, algo novo em minha caixinha, algo que aprendi, uma situação nova que me deixa mais preparado para a próxima vez. Tudo isso me dá confiança”, afirmou.

Lamentou, porém, o fato de seguir há tanto tempo sem disputar uma temporada completa da Indy. “Obviamente eu preferiria ter tido uma temporada completa desde 2011, né? É assim que funciona hoje em dia. Você pega toda pequena experiência que tem com o carro, aprende com isso e vai se tornando melhor e mais preparado para a próxima oportunidade”, disse.

“[Indy 2011] é obviamente uma memória agridoce em alguns aspectos. Para mim, é apenas uma parte de ser um piloto. Coisas acontecem. Acho que no final do dia, é uma coisa positiva para mim ser capaz de olhar para trás e saber que estou pronto para qualquer tipo de situação [se] isso acontecer novamente”, concluiu.

Carro de A.J. Foyt na Indy 500 de 1961. (Foto: Indycar)

Conheça o canal do Grande Prêmio no YouTube! Clique aqui.
Siga o Grande Prêmio no Twitter e no Instagram!

Hildebrand estará a bordo do carro #1, com uma pintura branca e vermelha, homenageando o 60º aniversário do primeiro triunfo de A.J. na Indy 500. Uma comemoração da equipe. E Larry Foyt falou mais sobre a importância do evento na família, com a figura do pai aparecendo tão grande na história centenária.

“Acho que é para isso que ele [AJ] vive, sinceramente. Pensa sobre a Indy 500 de 1º de Junho até voltarmos, em maio. Ele ama aquele lugar. É sempre o primeiro a dizer que foi isso que fez o nome dele. A história dele e tudo que passou, a amizade com Tony Hulman…”, contou Larry.

“Em outras corridas ele fica tipo ‘OK’, às vezes. A Indy 500 ainda acende uma chama diferente de qualquer lugar. Ele vive para isso e acho que sempre viverá. Isso o motiva até que, infelizmente, ele se vá. A Indy 500 sempre será a favorita”, compartilhou.

Neste mês, além da Indy 500, a categoria ainda disputa o GP de Indianápolis no traçado misto do IMS.

Chamada Chefão GP Chamada Chefão GP 🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias da Indy direto no seu celular! Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.