“Não vi ameaça de morte”: Canapino repudia críticas a argentinos após ataques a Pourchaire

Após Théo Pourchaire relatar ameaças sofridas nas redes sociais depois de um incidente com Agustín Canapino no GP de Detroit da Indy, o piloto da Juncos se pronunciou por meio de um comunicado, no qual critica o discurso de ódio, mas condenou quem tem generalizado e classificado todo povo argentino com base no episódio. O #78 foi além e declarou que não viu a comprovação dos relatos de ameaça de morte.

As mensagens de ódio se iniciaram depois de um toque entre Pourchaire e Canapino, que fez o argentino perder algumas posições na etapa do domingo (2). O francês foi punido pelo incidente, considerado contato evitável, e teve de ceder três colocações. No entanto, a penalização não pareceu ter sido o bastante para os torcedores do piloto da Juncos.

Por meio das redes sociais, Pourchaire lamentou ter recebido tantas mensagens de ódio, além de ameaças de morte. Na sequência, McLaren e Juncos, equipe dos pilotos, que possuem parceria técnica na Indy, emitiram comunicado repudiando a conduta dos fãs.

Na Indy desde a temporada passada, Canapino está envolvido indiretamente pela segunda vez em um caso similar. No GP de Long Beach de 2023, Callum Ilott sofreu com ameaças nas redes sociais após deixar os boxes logo à frente do argentino, que liderava a prova naquele momento. Como a categoria não exige que os retardatários sejam obrigados a dar passagem, Ilott lutou para não perder volta, o que atrapalhou seu então companheiro de equipe. Na ocasião, o atual piloto da Jota no Mundial de Endurance [WEC] também afirmou ter recebido ameaças de morte.

“Estou aqui contra o abuso e o hate. É claro que quem faz isso não é parte e nem bem-vindo na nossa comunidade”, declarou. “Também, os argentinos são passionais e eufóricos, mas não é por isso que tem de nos acusar de algo que não somos. Não permitirei veementemente que nos generalizem e nos coloque em um lugar que não merecemos”, continuou Canapino.

“Ainda não vi uma única ameaça de morte por parte daqueles que foram acusados de recebê-las, desde o ano passado até hoje, ninguém em sã consciência faria isso. É uma barbaridade que acuse dessa forma, com tanta leviandade, e não vou permitir. Esta é a razão desse comunicado. Se alguém fez isso, não é parte de nós, e não merecemos que nos julgue dessa maneira, por algum desajustado, que rechaçamos energicamente”, completou.

Por fim, Canapino falou que “escolhe ignorar” o hate nas redes sociais, mas pediu que o respeito seja a base das interações para que a sociedade possa evoluir.

“Nossos fãs, em sua maioria, são pessoas respeitosas e amáveis, a quem apoio e agradeço profundamente o suporte continuo, nas boas e nas más. Recebi e recebo constantemente abuso e hate, aprendi a conviver com isso há anos, como passa com muitíssimas pessoas e escolho os ignorar. Não há nada mais triste e miserável que se esconder atrás de uma rede sociais para insultar”, destacou Canapino.

“Por último, aproveito para convidar a todos, que possamos nos basear no respeito, antes de mais nada, somos livres para expressar nossas emoções e sentimentos, mas com respeito e tolerância. É a melhor maneira de evoluir e sermos melhores como sociedade”, finalizou.

A Indy retorna já neste fim de semana com o GP de Road America, que acontece no circuito localizado em Elkhart Lake, no Wisconsin, com cobertura completa do GRANDE PRÊMIO.

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