O’Ward vê Indy com potencial de crescimento e pede renovação: “Precisamos de público”

O mexicano da McLaren analisou o que a categoria pode fazer para renovar o público e se tornar mais interessante, afinal em sua visão, acredita que falta algo que a Indy precisa decifrar

Pato O’Ward deu uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira (11) e falou sobre o futuro da Indy. A categoria teve um ciclo difícil neste período de férias, sobretudo com o atraso na implantação do sistema híbrido até depois das 500 Milhas de Indianápolis. Por isso, o mexicano aponta que a chave para seguirem crescendo passam por mudanças e evolução.

A Indy sempre vive às voltas de captar recursos interessantes aos fãs que, para manter seu interesse, querem mais inovações, especialmente em um cenário onde as séries de automobilismo como Drive to Survive, da Netflix, e MotoGP Unlimited, no Star+, têm sido uma maneira de aumentar a popularidade do esporte a motor nos últimos tempos.

Assim, o piloto da McLaren foi perguntado sobre o que acredita que a categoria precisa fazer para crescer. “Tenho apenas 24 anos, sei que tem pessoas mais experientes do que eu, mas quando você não evolui e não muda, o crescimento não aparece. E a única maneira de fazer isso é mudar, o mundo é diferente do que era 30 anos atrás”, analisou.

Pato pode não ter vivido a década de 90 na Indy, mas como amante de automobilismo, ouviu diversas histórias pela sua família. Por isso, por mais que acredite que faz parte de um bom produto, aponta que a categoria precisa de um algo mais.

O’Ward ficou em quarto no campeonato de 2023 com 484 pontos (Foto: IndyCar)

“Em última análise, o que precisamos é que o público esteja presente, que façam parte de algo que não seja carros de corrida andando em círculos. Nossas provas são ótimas, mas falta algo que precisamos decifrar e os exemplos em outras categorias estão aí”, disse.

A Indy mantém congelado o uso do chassi Dallara DW12 e do motor V6 de 2.2 litros desde 2012, por exemplo. A cada ano que passa, fica cada vez mais difícil atrair fãs e renovar o interesse pelas corridas. O’Ward concorda que essas mudanças são fundamentais e passam, por exemplo, pela realização de uma corrida em seu país natal, o México.

Para 2024, se por um lado o cenário é positivo pela volta de Milwaukee no calendário com rodada dupla e a corrida All-Star, com premiação de US$ 1 milhão, que vai acontecer no circuito do The Thermal Club, em Palm Springs, sem valer pontos para o campeonato, por outro, a Indy vive um cenário de incertezas com a ameaça da Honda de deixar o fornecimento de motores em um futuro breve.

Pato subiu ao pódio sete vezes na temporada 2023 da Indy (Foto: IndyCar)

No entanto, o piloto acredita que o caminho para crescer é experimentar novos conceitos de entrenimento aos fãs, com estratégias agressivas e fazer uma avaliação do que funcionou a partir daí.

“Temos potencial para ser duas ou três vezes maiores, de ter ganhos massivos, não crescer 5 ou 10% ao ano. Sei que sou apenas uma voz, podem concordar comigo ou não, mas faço o meu melhor para ajudar a renovar nosso público para que venham nos assistir e que permaneçam por muito tempo”, completou. O’Ward.

O mexicano chega a sua quinta temporada completa na Indy em 2024 e vai dividir os boxes da McLaren com Alexander Rossi e David Malukas.

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