Penske chega na Indy 500 com status de figurante e pode comprometer temporada toda

O desempenho tenebroso na classificação faz a Penske já temer uma Indy 500 ainda pior do que a do ano passado. Se isso acontecer, as chances de título de Josef Newgarden podem ficar completamente comprometidas

A Penske foi a enorme decepção do fim de semana de classificação da Indy 500. Neste sábado (22), a equipe não passou nem perto de ter a performance que tiveram Ganassi, Honda e até Carpenter, flertando fortemente com um vexame histórico ao ver Will Power parando na disputa do Bump Day.

O australiano escapou da eliminação e se garantiu no grid de 33 carros do próximo domingo (30), é verdade, mas nada que diminua a preocupação da Penske. A verdade é que a gigante não se encontrou em momento algum das atividades em Indianápolis, mas foi ainda pior a partir da classificação.

A explicação mais fácil para tanta dificuldade é a diferença entre os motores Honda e Chevrolet. Mais uma vez, a montadora americana está atrás dos japoneses na principal corrida do ano, isso é um fato. Só que não dá para jogar toda culpa nas costas da fabricante e de sua unidade de potência. A Carpenter, afinal, está aí para mostrar como se faz.

Will Power quase caiu no Bump Day (Foto: IndyCar)

Especialista no IMS e, principalmente, em classificações em Indianápolis, a equipe colocou Ed Carpenter e Rinus VeeKay na briga de verdade pela pole, praticamente ignorando qualquer deficiência do motor Chevrolet. Foi um caso isolado no grid, é verdade, mas a Penske é justamente quem costuma ser os casos isolados, quem mais beira a perfeição normalmente.

Bem ou mal, o desempenho na Indy 500 reflete, de alguma maneira, o que a Penske tem sido em 2021. É claro que no IMS a coisa foi acentuada, ficou quase catastrófica, mas em nenhuma das outras cinco etapas o time mais tradicional do grid havia sido dominante, pelo contrário, esteve sempre na média, não muito mais do que isso.

Nas 500 Milhas de Indianápolis, a gigante vai passar por um cenário parecido com o do ano passado. Em 2020, a melhor posição no grid havia sido a de Josef Newgarden, em um modesto 13º lugar. Na base de uma tática certeira, a Penske ainda salvou um improvável top-5 com o americano. Em 2021, porém, o buraco está mais fundo: Scott McLaughlin sai de 17º e Josef só de 21º, tendo de escalar um Everest para pontuar bem.

Scott McLaughlin foi o menos pior da Penske (Foto: IndyCar)

Para piorar a coisa, o carro não vem mostrando nada de desempenho. Sem tráfego, com tráfego, em condição alguma. O TL8, logo depois da classificação, foi novamente desanimador, sem bons resultados e ainda com um motor estourado para Simon Pagenaud. Considerando o cenário todo, é difícil imaginar que a Penske fique em situação pior.

Só uma tática fantástica e uma corrida muito tumultuada parecem ser capazes de jogar a Penske no bolo da frente. Por enquanto, há pelo menos seis equipes em condições melhores para a vitória. O objetivo, então, precisa ser um só: reduzir os danos e evitar um estrago completo na temporada.

Josef Newgarden vai largar no fundo do grid (Foto: IndyCar)

É que Newgarden tem como grande rival, mais uma vez, Scott Dixon. E todo mundo sabe que não se pode deixar o neozelandês escapar muito na liderança, como foi em 2020. Com Dixon largando na pole e sendo favorito a uma vitória que rende pontuação dobrada, cada posição que Josef ganhar precisa ser celebrada.

Recordista absoluta em Indianápolis com 18 triunfos, a realidade da Penske, pelo segundo ano seguido, é a de não ser apenas uma figurante. Aos trancos e barrancos, o time entra na pista para evitar o pior e, no momento, o pior seria colocar o campeonato de Newgarden a perder.

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