Retrospectiva 2023: Dixon brilha com vice e mostra que ainda tem gás na Indy

Com um fim de temporada mágico, Scott Dixon não foi necessariamente uma ameaça ao bi de Álex Palou, mas mostrou que tem gás o suficiente para manter o sonho do hepta vivo

Aos 43 anos de idade, Scott Dixon parece mais em forma do que nunca. O neozelandês hexacampeão mantém as esperanças de igualar A.J. Foyt com sete títulos na Indy. Não dá para dizer que passou perto em 2023 com tanto domínio de Álex Palou, mas é difícil ver uma temporada de vice-campeão tão boa quanto a de Scott nos últimos anos.

E a temporada brilhante do neozelandês passou por um fator muito característico de toda a sua carreira: a regularidade. Se Palou fez um ano com 100% de presenças no top-10, Dixon ficou com 94%. A única ausência foi no GP de Long Beach, quando se envolveu em acidente com Pato O’Ward.

Fora isso, uma temporada de elite. Iniciou o ano com uma recuperação e pódio no maluco GP de St. Pete, fechando em terceiro. No oval do Texas, até largou da primeira fila, mas não teve o mesmo ritmo dos adversários e precisou se contentar com o quinto lugar.

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Scott Dixon (Foto: IndyCar)

Após o abandono em Long Beach, foi modesto no Alabama, mas ainda segurou um sétimo lugar. No misto de Indianápolis, quando Palou começou a disparar de vez no campeonato, o neozelandês foi sexto, posição que repetiu nas 500 Milhas de Indianápolis, onde viu o companheiro de equipe Marcus Ericsson ficar no segundo lugar.

Em Detroit, foi o quarto colocado, resultado que foi repetido na corrida seguinte, em Road America, mas com um adicional importante: teve péssima classificação e largou de 23º, registrando uma das recuperações mais incríveis da temporada. A regularidade foi premiada com um retorno ao pódio em Mid-Ohio, em dobradinha com Palou. Naquele estágio, Scott já era o segundo colocado do campeonato, e manteria a sequência de bons resultados com um novo quarto posto em Toronto.

No oval de Iowa, o cenário era muito complicado com o domínio da Penske. Logo, sair com um par de sextos lugares em Newton ficou de bom tamanho, assim como o quinto posto no GP de Nashville, depois de largar de 12º.

Com desvantagem imensa para Palou, que já tinha o título encaminhado, começou de vez o brilho de Scott na temporada. No GP de Indianápolis 2, largou em 15º e rodou ainda na primeira volta. Com uma estratégia perfeita e uma pilotagem absurda, conseguiu dar o bote na concorrência para sair com uma surpreendente vitória.

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Scott Dixon teve recuperações fantásticas na Indy 2023 (Foto: IndyCar)

No oval de Gateway, sofreu uma punição por troca de motor e largou apenas em 16º. Fazendo dois pit-stops a menos que os concorrentes, se valeu da batida do então favorito Josef Newgarden, da Penske, para sair com mais uma vitória incrível, também com base em uma pilotagem inteligente e sabendo se valer muito bem da economia de equipamento.

Em Portland" target="_blank">Portland, chegou a liderar parte da corrida, mas foi o terceiro colocado e viu Palou levantar o título com antecedência após mais uma vitória. Porém, ainda tinha tempo de mais brilho do neozelandês. Também com estratégia ousada, deu um bote geral no GP de Laguna Seca, saindo de 11º após uma troca de motor para o terceiro triunfo da temporada, fechando o vice-campeonato com 90 pontos de distância para Scott McLaughlin.

Palou foi absolutamente imparável em 2023 e não teve concorrência, mas o ano de Dixon merece muitos elogios e é uma das temporadas de vice mais marcantes dos últimos tempos na Indy. Mesmo perto dos 44 anos, o gás de Scott ainda não acabou, e a lenda da categoria demonstra que, com um pouco mais de assertividade no começo dos campeonatos, tem condição de chegar ao hepta.

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