Penske realça trabalho da Indy após fraude em St. Pete, mas admite “perguntas sem respostas”

Dirigente garantiu que Indy tem independência para tomar qualquer decisão e que não houve ingerência após punição da Penske na Flórida

Roger Penske garantiu que a Indy tem independência em qualquer tipo de ação, sobretudo após a categoria determinar punição ao trio da Penske no GP de São Petersburgo, realizado no início de março — o time burlou o sistema do push-to-pass e conseguia acionar o dispositivo antes da linha de chegada durante a largada e as relargadas. O dirigente afirmou que todas as decisões pelo episódio foram tomadas pelo corpo técnico, sem passar por ele, dono da organização. No entanto, reconheceu que “muitas perguntas talvez não sejam respondidas”.

Em entrevista à revista americana Racer, Penske quis reforçar o discurso de que não há conflito de interesses pelo fato de ser proprietário da Indy, do Indianápolis Motor Speedway e da equipe mais vencedora da história do campeonato. Em muitas das vezes que foi questionado por fatos referentes à desclassificação de Josef Newgarden e Scott McLaughlin, além da retirada de dez pontos de Will Power no campeonato pela controvérsia em St. Pete, o dirigente respondeu dizendo que são perguntas que deveriam ser feitas à organização e aos responsáveis por operar a categoria.

“O que aconteceu foi que, uma vez que a informação foi conhecida, a Indy tomou a decisão sobre a desclassificação. Não estava envolvido, não tive nenhuma conversa. E esse trabalho foi feito”, afirmou Penske sobre o processo da punição para o time, que ocorreu mais de 40 dias após o GP de St. Pete, visto que a fraude foi descoberta somente no warm-up do GP de Long Beach, em 21 de abril.

Questionado se a Penske não deveria ter sido excluída da etapa das ruas da Califórnia, quando foi constatado o escândalo, o dirigente não respondeu como dono da categoria, mas como proprietário da equipe. “Essa é uma pergunta que você precisa fazer à Indy. Eu não estava lá, estava na Europa [nas 6h de Ímola, etapa do WEC]. Então, não tinha conhecimento disso até segunda-feira [pós-GP de Long Beach], quando voltei”, disparou.

Josef Newgarden cruzou a linha de chegada em St. Pete na frente, mas foi desclassificado (Foto: IndyCar)

“No que me diz respeito, não estava lá. Acho que ninguém da Indy pensou nisso, mas você deveria perguntar a eles. Não tínhamos motivos para não correr, a menos que não fosse permitido. Neste momento específico, a ação tomada não foi com base no que aconteceu em St. Pete, pois não houve nenhuma infração do ponto de vista de corrida em Long Beach. A situação ficou aparente, e os membros da equipe falaram sobre o que havia acontecido. E isso é tudo o que sei”, completou.

Enquanto Roger acompanhava o programa da Porsche Penske nas 6h de Ímola, segunda etapa da temporada 2024 do Mundial de Endurance [WEC], membros da alta cúpula da Penske Entertainment, a empresa proprietária da Indy, estavam em Long Beach. O mandatário foi questionado se estes dirigentes não poderiam ter tomado uma decisão e impedido o time de correr no circuito de rua. Na resposta, o estadunidense admitiu que algumas perguntas não terão resposta, mas, ainda assim, indicou a independência da categoria.

“Acho que há muitas perguntas que talvez não sejam respondidas. Mas diria a vocês que se a categoria achasse que os carros não deveriam correr, dependeria deles. Não acho que a Penske Entertainment esteja no processo de determinar quais carros específicos estão dentro ou fora da corrida com base em qualquer infração neste momento”, apontou.

Por fim, Penske ressaltou que confia no resultado da investigação interna realizada, mesmo essa não tendo sido feita por um escritório independente. A conclusão apontou que foi um erro, mas sem intenção de trapaça, mas que resultou na suspensão de Tim Cindric, presidente da equipe. O diretor-geral Ron Ruzewski, Luke Mason, engenheiro de corrida de Newgarden, e Robbie Atkinson, engenheiro de dados sênior, também foram suspensos.

Presidente da Penske, Tim Cindric ficará suspenso durante o mês de maio (Foto: IndyCar)

 “Fizemos uma apuração interna de toda a situação, lideradas pelo nosso chefe do setor jurídico, que entrevistou as pessoas que estavam envolvidas. O software foi instalado no carro há oito meses e a investigação mostrou que não houve intenção maliciosa de ninguém. Acho que os resultados são apropriados”, finalizou.

Indy retorna em menos de duas semanas, no dia 11 de maio, com o GP de Indianápolis, etapa que acontece no circuito misto do Indianápolis Motor Speedway, em Indiana.

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