Juncos admite “orçamento menor” para 2025 e fala em “contrato em aberto” de Grosjean
Após reconhecer que negocia com interessados na compra da equipe, Ricardo Juncos admite que terá orçamento enxuto na Indy 2025
Ricardo Juncos já admitiu que conversa “com muitas pessoas” interessadas em comprar parte da sua equipe, que não vive um momento bom no aspecto financeiro. E isso pode impactar diretamente na permanência de Romain Grosjean. O dirigente admite não ter definido nenhum piloto para 2025 em decorrência de um orçamento menor.
Ficou evidente que a Juncos pouco conseguiu arrecadar com patrocinadores em 2024. Ao longo do ano, nenhuma marca ocupou a posição de naming rights ou apoiador principal, com poucas estampas nos carros pretos e verdes da escuderia. Eles perderam o apoio governamental da Argentina. A eleição de Javier Milei como presidente trouxe cortes radicais no orçamento do país, o que impactou diretamente a Juncos.
A situação ficou ainda mais séria após o rompimento do acordo técnico e comercial com a McLaren, depois de toda confusão que envolveu os torcedores de Agustín Canapino, despejando ódio a Théo Pourchaire nas redes sociais depois do francês ter acertado o argentino no GP de Detroit. Pelos lados da equipe de Zak Brown, disseram que faltou veemência por parte da Juncos contra o discurso usado.
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Ricardo Juncos e Brad Hollinger, sócio do time, foram atrás de soluções. A primeira foi tentar Nolan Siegel. Às pressas, “licenciaram” Canapino do GP de Road America e promoveram o norte-americano, então na Indy NXT. A tentativa de amealhar alguns milhões de dólares ficou no desejo. A McLaren correu para fechar com Siegel, o colocando como substituto de Pourchaire.
Na sequência, Juncos iniciou negociações com a família de Devlin DeFrancesco, numa tentativa de mudança da estrutura acionária da equipe. O GRANDE PRÊMIO pode confirmar duas reuniões entre as partes, sendo uma antes da pausa da categoria e outra no período de recesso durante os Jogos Olímpicos de Paris, sendo realizadas em Miami, onde reside o piloto canadense.
Ainda não está definido como será a Juncos no futuro, se terá ou não DeFrancesco na sociedade, mas, enquanto não estipula o orçamento para 2025, a equipe não consegue concluir os contratos dos pilotos do próximo do ano — e dá margem para a saída de Grosjean.
O franco-suíço ocupa a 17ª posição no campeonato, longe do desempenho que mostrou na Dale Coyne e Andretti, quando anotou poles e pódios. Mas também não repetiu os acidentes em sequência, que, ao menos da equipe de Michael Andretti, foram cruciais para não renovação do contrato.
Também vale lembrar que Grosjean tinha o melhor resultado da Juncos até o último final de semana, quando Conor Daly conquistou o terceiro lugar, fazendo o time subir pela primeira vez ao pódio na história. Antes de Milwaukee, o francês foi quarto no GP de Laguna Seca.
“Estamos definindo os orçamentos, que, sem dúvidas, serão menores do que em 2023 e 2024. Dependemos de poder fechar os patrocinadores do ano que vem o quanto antes. Estamos negociando juntos de Hollinger. Uma vez que tenhamos o orçamento, vamos ver dentro das opções para saber com quais pilotos fecharemos. Hoje temos os contratos abertos”, destacou Ricardo Juncos ao site argentino Carburando.
A Indy retorna com a etapa final da temporada 2024 em duas semanas, no dia 15 de setembro, com a corrida no oval de Nashville, localizado em Lebanon, no Tennessee. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa.
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