Sem pódios e longe de Dixon, Rosenqvist caminha para ampliar ‘maldição do carro #10’

Felix Rosenqvist não tem sido um desastre completo em seu primeiro ano na Indy, mas o rendimento está bem abaixo do que o sueco pode e deveria ter. Em uma Ganassi bastante impaciente, já corre riscos até de nem ficar para 2020

Felix Rosenqvist era o novato centro das atenções antes do início da temporada da Indy. Muito técnico, rápido e com experiência em diversos grandes campeonatos ao redor do mundo, o sueco era tido como grande candidato a repetir o sucesso que Robert Wickens teve em 2018.
 
E a situação era ainda melhor para Felix no comparativo com o canadense. Apesar de idades próximas, Rosenqvist vinha de briga por título na Fórmula E e caneco conquistado na F3. Além disso, tinha andado de quase tudo que era possível e, principalmente, teria uma Ganassi em suas mãos, um dos três times mais poderosos do grid.
 
Só que não era qualquer Ganassi, era o carro #10, um assento que não tem sido o mais tranquilo do grid desde a aposentadoria de Dario Franchitti em 2013. E Felix está mantendo a escrita do insucesso.
Felix Rosenqvist segue sem pódio em 2019 (Foto: IndyCar)

Na realidade, o problema é ainda maior: nos últimos seis anos, ninguém além de Scott Dixon consegue brigar pelo título. Vitórias? Apenas uma solitária de Tony Kanaan na decisão da temporada 2014 no oval de Fontana.

 
Foi justamente o brasileiro quem mais teve sucesso enquanto companheiro de Dixon nos últimos anos. Entre segundo, terceiro e até quarto carros da Ganassi passaram Charlie Kimball, Ryan Briscoe, Sage Karam, Sebastián Saavedra, Max Chilton e Ed Jones, todos zerados. Na realidade, até os pódios foram raros no período e isso tudo enquanto Dixon aparecia brigando pelo caneco ano após ano e inclusive levantando a taça em duas oportunidades.
 
Desde o fim de 2017, Chip Ganassi começou a ficar mais impaciente e ser companheiro de Dixon tem sido uma tarefa inglória. De um ano para o outro, o dono do time cortou dois carros e trocou Tony por Ed Jones e aí, na temporada seguinte, sacou Jones e escalou Rosenqvist.
Felix Rosenqvist pode deixar a Ganassi (Foto: IndyCar)
Com essa mudança de comportamento repentina de Chip, não é nada irreal crer que Felix já rode ao final da temporada, afinal, um ano que começou tão promissor desde a classificação em St. Pete vem sendo bastante irregular, sem sequer um pódio conquistado mesmo cravando a pole no GP de Indianápolis, por exemplo.
 
Para se ter uma ideia de como Rosenqvist não engrena, o quarto lugar em São Petersburgo, na primeira prova, ainda é o melhor resultado do nórdico na Indy, marca que só foi igualada na corrida 1 de Detroit. 
Felix Rosenqvist é mais um companheiro de Scott Dixon que sofre (Foto: Indycar)
Outro número que chama a atenção de forma negativa é o fato do sueco ter ficado de fora do top-10 em quatro corridas e ter sido décimo em outras duas. Em Toronto, mesmo chegando em quinto, a sensação que deu foi de um resultado mediano, já que o carro da Ganassi estava ótimo e Dixon, mesmo com cotovelo machucado, foi segundo.
 
É bem verdade que Dixon concentra nele as ações do time, é quem toma praticamente todas as decisões, mas não é de graça, afinal, estamos falando de um dos maiores pilotos da história da Indy. Assim, cabe a Rosenqvist se adaptar para ter resultados melhores, não perder o obrigatório troféu de novato do ano e, principalmente, o emprego ao final de 2019, o que comprovaria a tese da 'maldição do carro #10'.

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