Cindric admite pedido para mudar função na Penske e explica escolha para seguir na Indy
Presidente da Penske, Tim Cindric revela que pediu a Roger Penske para ter menos funções dentro da equipe para "fazer outras coisas fora das corridas"
Presidente da Penske, Tim Cindric terá um novo escopo de trabalho em 2025. Ao invés de supervisionar todos os programas da equipe, o dirigente vai liderar somente o projeto na Indy, deixando de lado endurance, Nascar e V8 Supercars. O norte-americano explicou que foi um pedido dele diminuir o ritmo dentro da estrutura e esfriou os rumores de uma possível mudança de comando por parte de Roger Penske.
Em 2024, com Cindric à frente, a Penske viu Josef Newgarden e Scott McLaughlin serem desclassificados por conta de uma fraude no sistema do push-to-pass na abertura da temporada da Indy, em St. Pete, o que permitiu aos pilotos acionarem o botão de ultrapassagem em momentos proibidos — antes da linha de chegada durante largadas e relargadas. O dirigente chegou a ser suspenso durante o mês de maio, quando teve a disputa da Indy 500, vencida por Newgarden. Alguns rumores apontavam que a mudança no escopo de trabalho na Penske teria passado por isso.
Aos 56 anos, Cindric explicou que quer diminuir o ritmo e ter tempo para fazer outras coisas fora do mundo das corridas. Trabalhando com Indy, Nascar, endurance e V8 Supercars, o dirigente tinha ocupado quase todos os finais de semana do ano, sempre viajando para acompanhar corridas..
“Muitas pessoas esquecem do começo. Entrei para a equipe em 1999 e meu cargo era presidente da equipe da Indy. Fiquei nisso por cinco ou seis anos, e naquela época, era um time com dois carros. Então, Roger me pediu para iniciar o programa da American Le Mans (em 2005) e fizemos isso. Um ano depois, ele disse: ‘Ei, gostaria que você liderasse minha equipe da Nascar e ajeitasse tudo, mudando para Mooresville, na Carolina do Norte.’ Depois começamos a equipe de Supercars na Austrália, assumi isso e continuei tentando atender às expectativas”, disse Tim Cindric à revista norte-americana Racer.
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“E então 25 anos da minha vida se passaram e não tive tempo para mais nada. Alguém na casa dos 50 anos ainda tem um tempo pela frente, ou que possa haver algo por trás dessa decisão, mas não aconteceu nada. No fim das contas, é simplesmente um ‘se eu continuar nesse ritmo para sempre, não vou viver muita coisa fora do automobilismo'”, comentou.
“Nos últimos 20 e poucos anos, foi difícil planejar qualquer coisa. As pessoas perguntam se eu teria interesse em fazer isso ou aquilo fora das corridas. Quero aprender e fazer outras coisas, mas, ao mesmo tempo, não quero comprometer minhas responsabilidades. Quero entregar e atender às expectativas que vêm com o legado Penske. Todo ano durante o processo, me pergunto: ‘quanto tempo eu consigo continuar fazendo isso nesse nível?’, pois nunca queria deixar isso em um lugar ruim ou enfraquecer”, completou.
Cindric revelou que quis esperar as férias passar para conversar com Roger Penske para ajustar sua jornada de trabalho. O dirigente não escondeu que temia que pudesse ser o fim da linha de sua passagem pela equipe, mas que uma conversa com o fundador da Penske, em Detroit, definiu o novo escopo.
“Eu disse: ‘tenho uma participação na equipe da Indy, não quero que você compre ou algo do tipo, mas se quiser continuar os negócios como estão, eu vou tentar. Consigo encontrar equilíbrio com 17, 20 fins de semana no calendário’. E Roger disse: ‘Seria ótimo se fizesse isso, nós vamos resolver o resto. Temos ótimas pessoas nos outros lugares'”, encerrou o presidente da Penske.
A Indy retorna somente no dia 2 de março do próximo, com o GP de St. Pete, na Flórida, que abre a temporada 2025. O GRANDE PRÊMIO faz cobertura completa de todos as atividades.

