Power admite pressão e busca “garantir na pista” renovação com Penske
Aos 43 anos, Will Power deseja continuar por mais anos na Indy, de preferência na Penske, onde está desde 2009
A temporada de 2025 é a última do atual contrato de Will Power com a Penske. Mesmo após brigar pelo título de 2024 até a decisão do campeonato contra Álex Palou, o australiano pode não renovar o contrato com a equipe. O piloto se armou e, pela primeira vez, tem uma empresa agenciando sua carreira: a A14 Management. Porém, o atual #12 quer responder na pista para garantir um novo acordo com o time de Roger Penske.
Power destacou o fato de ter vencido três corridas em 2024, sendo o maior vencedor da temporada ao lado de Scott McLaughlin e Pato O’Ward. Porém, a Penske tem preparado o terreno para um possível substituto. A parceria técnica com a Foyt tem servido para desenvolver funcionários e Roger Penske deseja fazer o mesmo com pilotos, o que estaria por trás da chegada de David Malukas ao time liderado por Larry Foyt.
“A temporada passada foi muito boa, mas fiquei decepcionado por perder o campeonato. Estamos muito determinados para 2025. O pacote da Penske é muito forte, sou um sortudo por correr por eles, a melhor equipe da Indy. Mas a Honda trabalhou muito, a Chevrolet também. Acho que Colton [Herta] estará forte, como a McLaren, agora com [Christian] Lundgaard e também Pato [O’Ward]. Tem a Ganassi na disputa. Vai ser mais um ano muito duro”, falou Power em entrevista coletiva que o GRANDE PRÊMIO acompanhou.
“Entendo que possa ser complicado [por ser último ano de contrato], mas vencer corridas é o melhor argumento. Ganhei três corridas no ano passado, o que é muito difícil na Indy. Então, acho que tenho feito um grande trabalho”, completou.

Por outro lado, não foi sem motivos que Power assinou com a A14. Durante a entrevista coletiva, o australiano mencionou o desejo de correr as 24 Horas de Le Mans, mas ressaltou que o foco está totalmente voltado à Indy após ser perguntado sobre repetir Helio Castroneves e disputar a Daytona 500. O australiano também falou sobre o relacionamento que Oriol Servià, ex-piloto da Indy e responsável pelo braço norte-americano da A14, possui na categoria.
“Fui companheiro do Oriol em 2008 e ficamos muito amigos. Tenho um enorme respeito por Alonso, que tem muitos contatos na Europa, importante quando se quer um carro capaz de ganhar em Le Mans. Oriol, por outro lado, conhece todo mundo na Indy. O fato é que o piloto precisa estar focado em desempenho e cada detalhe conta na Indy. Por isso, optei por ter alguém para cuidar desse lado para mim”, comentou Power.
“Sempre estarei aberto a fazer coisas que nunca fiz. Não está no meu radar agora [a Daytona 500], pois estou focado na Indy, que é muito competitiva”, continuou.
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Recordista em pole-position na Indy — 70 ao todo —, Will Power fez um mea culpa e admitiu que o desempenho nas classificações esteve um pouco abaixo nos últimos anos. Para ele, um bom resultado na sessão classificatória é chave para a corrida.
“A classificação é chave na Indy. Estar entre os seis primeiros no grid de largada é meio caminho andado, mas não é tão fácil fazer uma pole. Eu não faço mais diversas poles em um ano. Talvez tenha sido conservador em 2024, não estive, por exemplo, tão focado em ser o mais rápido nas classificações em ovais. Mas largar na frente e andar com o ar limpo tem uma enorme vantagem”, finalizou.
A Indy retorna somente no dia 2 de março do próximo, com o GP de St. Pete, na Flórida, que abre a temporada 2025. O GRANDE PRÊMIO faz cobertura completa de todos as atividades.

