Power renasce das cinzas e conquista bi da Indy com consistência e paciência

Depois de seu pior ano na Indy, Will Power mudou sua mentalidade e conquistou o bicampeonato em um ano marcado pela consistência e paciência para obter bons resultados

POWER LUTA PELO BI DA INDY E TENTA AFASTAR MALDIÇÃO DA FINAL

Depois de oito anos e vindo de seu pior ano na Indy, Will Power deu a volta por cima e conquistou o bicampeonato neste domingo (11) em Laguna Seca com um terceiro lugar, seu nono pódio na temporada. Após terminar 2021 apenas na nona colocação, o piloto da Penske mudou sua mentalidade para 2022 e utilizou uma pilotagem menos agressiva para obter resultados consistentemente.

Consistência é a definição perfeita para o início de temporada do australiano: Power terminou todas as cinco primeiras corridas entre os quatro primeiros, com pódios em St. Pete e no GP de Indianápolis 1. A estreia em St. Pete também mostrou outra tendência do ano: uma Penske muito forte e Will quase sempre largando nas primeiras posições.

Uma das poucas exceções veio no Alabama. Power não conseguiu encaixar sua volta na primeira parte da classificação e acabou apenas com a 19ª posição no grid. E aí apareceu a calma do veterano de 41 anos para lidar com as situações adversas da temporada. Will aproveitou as oportunidades de ultrapassagem, contou com uma boa estratégia e bons pit-stops da Penske para terminar em uma impressionante quarta posição.

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Power comemora título da Indy 2022 (Foto: IndyCar)

Com quatro provas, Power era apenas o quarto colocado na classificação da Indy antes do GP de Indianápolis 1. Foi lá que o australiano obteve a primeira de quatro poles na temporada, sua sexta na carreira no Brickyard. Em uma corrida extremamente atribulada, com chuva torrencial em alguns momentos e chuva leve em apenas partes do circuito em outros, o piloto da Penske não correu riscos e trouxe pra casa seu segundo pódio no ano, assumindo pela primeira vez a liderança do campeonato.

Veio então o maior período de irregularidade na temporada. A Indy 500 foi a única etapa na temporada em que a Penske não se encontrou. Power foi o único a da equipe a se classificar entre os 12 primeiros, mas terminou a prova apenas na 15ª posição e viu Marcus Ericsson assumir a ponta após vencer pela primeira vez as 500 Milhas de Indianápolis.

O australiano voltou com tudo e entregou em Detroit a grande corrida de recuperação de 2022. Com uma grande estratégia começando com os pneus duros, Will rapidamente escalou o pelotão e assumiu a ponta na volta 14. Uma volta a mais, e Alexander Rossi provavelmente teria roubado a vitória, mas Power acabou triunfando nas ruas de Belle Isle no que seria sua primeira e única vitória no ano do bicampeonato.

Will Power celebra vitória em Detroit com tradicional mergulho na fonte (Foto: Penske)

A temporada seguiu com mais um bom resultado intercalado com duas corridas ruins. Sem conseguir uma boa posição de largada novamente em Road America, o piloto do carro #3 acabou sendo jogado no muro por Devlin DeFrancesco e terminou a prova em 19º. Um terceiro lugar em Mid-Ohio e um 15º em Toronto, depois de mais uma classificação complicada, e o australiano terminou as 10 primeiras corridas em segundo na classificação, com uma vitória e quatro pódios, mas 35 pontos atrás de Ericsson.

A recuperação na reta final veio muito por conta de uma melhora de Power e da Penske nas classificações. Em todas as sete corridas seguintes, jamais largou abaixo do oitavo lugar. Mais do que isso, foram três poles, nas três provas em ovais curtos em Iowa e Gateway, e Will simplesmente igualou o recorde de pole-positions da Indy de Mario Andretti, com 67 no total.

O australiano não conseguiu converter nenhuma das poles em vitória, mas os três pódios em seguida nas duas provas em Iowa e no GP de Indianápolis 2 lhe devolveram a liderança do campeonato. O abandono de Josef Newgarden quando estava na ponta na segunda etapa no oval de Iowa também ajudou a vida do veterano de 41 anos.

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Will Power anotou a 67ª pole em Gateway (Foto: IndyCar)

O 11º lugar em Nashville trouxe Scott Dixon de volta para a briga, mas um sexto em Gateway e um segundo lugar em Portland deixaram Power em uma situação favorável antes da última corrida em Lagunda Seca, com 20 pontos de vantagem para Dixon e Newgarden, enquanto Marcus Ericsson e Scott McLaughlin corriam por fora.

Mais uma vez, o australiano mostrou sua capacidade impressionante nas classificações e conquistou a 68ª pole-position da carreira em Laguna Seca, batendo o recorde histórico de Mario Andretti. A comemoração do feito parecia destinada a preceder uma outra celebração: a do bicampeonato. Power viu Palou disparar e Newgarden fazer uma prova de recuperação incrível, mas por uma última vez em 2022 terminou entre os três primeiros.

Uma mudança de abordagem após um ano frustrante e Will finalmente conquistou o bicampeonato, um segundo título que já deveria ter vindo muito antes. Apenas uma vitória, mas nove pódios e uma temporada extremamente cerebral de Power, que desde o início do campeonato focou apenas em conquistar a Astor Cup.

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